Com os verdes ramos do ARRUDA e lindas flores de CAJUEIRO colhidas na VÁRZEA, desejamos Esperança para os AFLITOS e consolo no Amor ao repicar dos sinos na TORRE dessa nova era.
Para as famílias desejamos uma linda CASA AMARELA no campo, com uma BOA VISTA das montanhas e do PRADO e um gracioso regato de ÁGUA FRIA correndo em seu quintal.
Que jamais estejamos AFOGADOS em nossas angústias, nem atolados no BARRO lodoso de nossos conflitos, mas que sempre tenhamos a convicção inabalada de MADALENA, para tomarmos a decisão correta na ENCRUZILHADA de nossas vidas e a devida cautela no ESPINHEIRO das nossas dúvidas.
Aos que partem, BOA VIAGEM, aos que chegam, a alegria de podermos compartilhar juntos uma NOVA DESCOBERTA nessa aventura da vida, como verdadeiramente DOIS IRMÃOS, após um merecido descanso nas AREIAS brancas à sombra de uma JAQUEIRA ou de uma frondosa TAMARINEIRA.
Decrete-se, pois, a Felicidade já, para que estejamos sempre jubilosos nas GRAÇAS de Deus, com a Fé inabalável no imenso Amor do CORDEIRO. Muita Paz!
Feliz Natal!!!!
Enviado por Adriana
sábado, 25 de dezembro de 2010
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Clarice e o Querer
por Geórgia Alves
Clarice adivinhava o que o mundo vai aos poucos tecendo em fios da inexorável tensão de fatos. Sabia dizer – e registrar para sempre a regra máxima para os quequerem a felicidade: “não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na seqüência de agoras é que você existe.” Do mesmo modo, que previa a necessidade dos outros. Muitas vezes de quere – la ou fazê – la sofrer: como a menina ruiva que estudou com Clarice no Educandário João Barbalho.
“Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.” (pág. 11,Felicidade Clandestina).
Clarice queria ler. E ali, queria um livro. Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. E queria com uma força de se deixar sofrer e maltratar por isso. Um querer que fazia dela uma escrava em suas incessantes idas à casa da menina que fazia barulho com balas de açúcar... Até o dia que a mãe da tal criança é surpreendida com o sofrimento que as aprisionava. A menina por querer “em plano secreto (...) tranqüilo e diabólico” que Clarice sofresse e Clarice por querer O livro que “era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o”.
“Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “”pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.” (idem.)
Clarice também quis em todos os momentos ser brasileira. Disse na entrevista a Affonso Romano e Marina Colasanti. E conseguiu depois da repercussão do primeiro livro, que pode não ter sido por completo recebido ou compreendido, mas foi uma conquista. “Ela fascinava seus amigos, escritores conhecidos, por morar no exterior naquela primeira metade do século passado”. Escreveu Otto Lara Resende numa carta. Foi por intermédio da carreira de jornalista do jornal A Noite, que Clarice publicou Perto do Coração Selvagem. Depois O Lustre, já morando no exterior. Segundo Teresa Monteiro, Clarice só passa a existir de fato quando volta ao Brasil em 1959, depois de uma longa temporada nos Estados Unidos”. Como cidadã brasileira.
claricelispector.com.br
GEÓRGIA ALVES é jornalista, especialista em literatura brasileira e colunista da INTERPOÉTICA
Clarice adivinhava o que o mundo vai aos poucos tecendo em fios da inexorável tensão de fatos. Sabia dizer – e registrar para sempre a regra máxima para os quequerem a felicidade: “não sacrifique o dia de hoje pelo de amanhã. Se você se sente infeliz agora, tome alguma providência agora, pois só na seqüência de agoras é que você existe.” Do mesmo modo, que previa a necessidade dos outros. Muitas vezes de quere – la ou fazê – la sofrer: como a menina ruiva que estudou com Clarice no Educandário João Barbalho.
“Eu já começara a adivinhar que ela me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho. Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.” (pág. 11,Felicidade Clandestina).
Clarice queria ler. E ali, queria um livro. Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. E queria com uma força de se deixar sofrer e maltratar por isso. Um querer que fazia dela uma escrava em suas incessantes idas à casa da menina que fazia barulho com balas de açúcar... Até o dia que a mãe da tal criança é surpreendida com o sofrimento que as aprisionava. A menina por querer “em plano secreto (...) tranqüilo e diabólico” que Clarice sofresse e Clarice por querer O livro que “era um livro grosso, meu Deus, era um livro para se ficar vivendo com ele, comendo-o, dormindo-o”.
“Foi então que, finalmente se refazendo, disse firme e calma para a filha: você vai emprestar o livro agora mesmo. E para mim: “E você fica com o livro por quanto tempo quiser.” Entendem? Valia mais do que me dar o livro: “”pelo tempo que eu quisesse” é tudo o que uma pessoa, grande ou pequena, pode ter a ousadia de querer.” (idem.)
Clarice também quis em todos os momentos ser brasileira. Disse na entrevista a Affonso Romano e Marina Colasanti. E conseguiu depois da repercussão do primeiro livro, que pode não ter sido por completo recebido ou compreendido, mas foi uma conquista. “Ela fascinava seus amigos, escritores conhecidos, por morar no exterior naquela primeira metade do século passado”. Escreveu Otto Lara Resende numa carta. Foi por intermédio da carreira de jornalista do jornal A Noite, que Clarice publicou Perto do Coração Selvagem. Depois O Lustre, já morando no exterior. Segundo Teresa Monteiro, Clarice só passa a existir de fato quando volta ao Brasil em 1959, depois de uma longa temporada nos Estados Unidos”. Como cidadã brasileira.
claricelispector.com.br
GEÓRGIA ALVES é jornalista, especialista em literatura brasileira e colunista da INTERPOÉTICA
domingo, 19 de dezembro de 2010
FALTAM 12 DIAS PARA O ANO ACABAR
O tempo está pasANDO, a cidade está fervilhando, a festa do consumo não para. É tempo de gastar horas nas filas, quilos de energia, rios de dinheiro, fazer as pazes com o mundo, ser solidário, racional e ao mesmo tempo fiel à princípios como a lealdade, verdade e a honestidade.
Não sei ainda o que fazer na noite ou dia de natal, não fiz planos para romper ano. Não sei o que fazer com o cabelo, que roupa usar, para onde me levar... só quero estar bem, com todos os meus, com saúde e paz. O resto vai se arranjando.
Quero um tempo para me perdoar por todos os erros e falhas cometidos durante todo o ano. Quero um mínimo de tempo para me reconciliar com os ceus, todos os deuses e ainda todas as pessoas que por um motivo ou outro causei sofrimento, mesmo sem intenção...imploro que me perdoem!!!
Não sei ainda o que fazer na noite ou dia de natal, não fiz planos para romper ano. Não sei o que fazer com o cabelo, que roupa usar, para onde me levar... só quero estar bem, com todos os meus, com saúde e paz. O resto vai se arranjando.
Quero um tempo para me perdoar por todos os erros e falhas cometidos durante todo o ano. Quero um mínimo de tempo para me reconciliar com os ceus, todos os deuses e ainda todas as pessoas que por um motivo ou outro causei sofrimento, mesmo sem intenção...imploro que me perdoem!!!
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Mensagens & MASSAGENS em 2011 perspectivas
por Jomard Muniz de Britto,
edição-montagem dos textos.
1. O silêncio é uma prece. Agora é NÓS, depois de NÓS é NÓS de novo. Lemas do recital performativo de poemações na COOPERIFA.
2. Poemas assassinos/são feitos para matar o tempo./Os poetas sabem/mas não fazem nada./São cúmplices: SÉRGIOVAZ, Colecionador de Pedras. (global).
3. Não tenho medo da vida, mas medo de viver, sim/A vida é um dado em si/mas viver é que é o nó...: GILBERTO GIL, Fé na Festa.
4. Não se assuste com o tamanho nem do silêncio nem do barulho. Eles são assim, gigantes. Aproveitar o que cada um deles oferece é saudável. Tanto um quanto outro pode te mostrar por dentro: BOTIKA, búfalo(língua geral).
5. Somos apenas possíveis /na falta / deus/ não tem resposta pra tudo/ deus não tem resposta/ pra nada/ somos apenas/ possíveis/ na falta/ a fome que nos move/ é a fome que/ nos mata: arrudA , as menores distâncias podem levar uma vida (edith) .
6. Sem fundamentalismo nem desmagificação: conversa analítica com Abel Menezes.
7. Mas nunca nos faltará a voz de uma deusa que não tem limite, Alzira.
8. www.alzirae.com.br Mensagem/ massagem além e aquém de Mac Luhan.
9. assim como brasília,/ o poema é lógico,/planejado, racional/ imposto à página,/como se não fosse/preciso pedir licença/ às palavras nem ao papel:NICOLAS BEHR,brasilíada (língua geral)
10. E quase todos esqueceram e nos trapacearam mutilando o poeta-calculista Joaquim Cardozo. Maria da Paz (Pat) continua nossa estrela guia nos degredos e segredos.
11. A poesia é falsa. Uma megera magra, fingida, elitista. Que vive rodeada de rimas ricas. A poesia dá muito palpite.: RAPHAEL GANCZ, Contrabandos. (visiteedith.com).
12. Sem rimas nem palpitações, três mulheres na travessia da Balada Literária: Dona Edite interpretando Vozes da América de Castro Alves, no Centro Cultural b-arco. A homenageada da Balada, Lygia Fagundes Telles, a mais delicada presença por nossas memórias reinventadas. Estrela Leminski Ruiz reavivando constelações em presente futurível.
13. São oito horas da noite, véspera/ da véspera de outro Natal./ Já não há lâmpadas feéricas/ vindas da China a iluminar / as ruas. O racionamento/ as eliminou...: ANTONIO CÍCERO, A Cidade e os Livros (Record)
14. Tudo pela TRANSdisciplina do amor. Pela vastidão luminosa, música na cidade dos livros, vivenciando a pansexualidade na Mercearia São Pedro. Pelo L’Opera nas barbaridades críticas de Marcius Cortez que sabe escutar O Silêncio das Xícaras (editora da palavra) de Helena Ortiz e a sutilmente profunda Fina Ficção de Lou Viana (helenaortiz22gmail.com)
15. A Balada Literária é uma instauração cultural, criada e coordenada pelo escritor e professor MARCELINO FREIRE que se responsabiliza pela divulgação desta mensagem/massagem entre os acima citados e homenageados. TUDO NO RITMO DA INTERPOÉTICA.
Recife, dezembro 2010.
edição-montagem dos textos.
1. O silêncio é uma prece. Agora é NÓS, depois de NÓS é NÓS de novo. Lemas do recital performativo de poemações na COOPERIFA.
2. Poemas assassinos/são feitos para matar o tempo./Os poetas sabem/mas não fazem nada./São cúmplices: SÉRGIOVAZ, Colecionador de Pedras. (global).
3. Não tenho medo da vida, mas medo de viver, sim/A vida é um dado em si/mas viver é que é o nó...: GILBERTO GIL, Fé na Festa.
4. Não se assuste com o tamanho nem do silêncio nem do barulho. Eles são assim, gigantes. Aproveitar o que cada um deles oferece é saudável. Tanto um quanto outro pode te mostrar por dentro: BOTIKA, búfalo(língua geral).
5. Somos apenas possíveis /na falta / deus/ não tem resposta pra tudo/ deus não tem resposta/ pra nada/ somos apenas/ possíveis/ na falta/ a fome que nos move/ é a fome que/ nos mata: arrudA , as menores distâncias podem levar uma vida (edith) .
6. Sem fundamentalismo nem desmagificação: conversa analítica com Abel Menezes.
7. Mas nunca nos faltará a voz de uma deusa que não tem limite, Alzira.
8. www.alzirae.com.br Mensagem/ massagem além e aquém de Mac Luhan.
9. assim como brasília,/ o poema é lógico,/planejado, racional/ imposto à página,/como se não fosse/preciso pedir licença/ às palavras nem ao papel:NICOLAS BEHR,brasilíada (língua geral)
10. E quase todos esqueceram e nos trapacearam mutilando o poeta-calculista Joaquim Cardozo. Maria da Paz (Pat) continua nossa estrela guia nos degredos e segredos.
11. A poesia é falsa. Uma megera magra, fingida, elitista. Que vive rodeada de rimas ricas. A poesia dá muito palpite.: RAPHAEL GANCZ, Contrabandos. (visiteedith.com).
12. Sem rimas nem palpitações, três mulheres na travessia da Balada Literária: Dona Edite interpretando Vozes da América de Castro Alves, no Centro Cultural b-arco. A homenageada da Balada, Lygia Fagundes Telles, a mais delicada presença por nossas memórias reinventadas. Estrela Leminski Ruiz reavivando constelações em presente futurível.
13. São oito horas da noite, véspera/ da véspera de outro Natal./ Já não há lâmpadas feéricas/ vindas da China a iluminar / as ruas. O racionamento/ as eliminou...: ANTONIO CÍCERO, A Cidade e os Livros (Record)
14. Tudo pela TRANSdisciplina do amor. Pela vastidão luminosa, música na cidade dos livros, vivenciando a pansexualidade na Mercearia São Pedro. Pelo L’Opera nas barbaridades críticas de Marcius Cortez que sabe escutar O Silêncio das Xícaras (editora da palavra) de Helena Ortiz e a sutilmente profunda Fina Ficção de Lou Viana (helenaortiz22gmail.com)
15. A Balada Literária é uma instauração cultural, criada e coordenada pelo escritor e professor MARCELINO FREIRE que se responsabiliza pela divulgação desta mensagem/massagem entre os acima citados e homenageados. TUDO NO RITMO DA INTERPOÉTICA.
Recife, dezembro 2010.
sábado, 4 de dezembro de 2010
MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS NA AMÉRICA DO SUL CHEGA AO RECIFE
Abertura da Mostra será no dia 06/12, às 20h
Considerado um marco consolidado no calendário anual dos direitos humanos no País, a quinta edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul movimenta a cidade do Recife entre os dias 06 e 12 de dezembro. Realizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com apoio da Prefeitura do Recife, a 5ª Mostra, traz ao Cinema São Luiz obras cinematográficas contemporâneas de todos os países sul-americanos que representem e traduzam questões atuais de direitos humanos.
Criada em 2006 para celebrar o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Mostra vem se firmando como um espaço de reflexão, inspiração e promoção do respeito à dignidade da pessoa humana e tem como principal objetivo garantir o acesso à cultura.
Prevista no eixo Educação e Cultura em Direitos Humanos do Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3, a realização da Mostra possibilita que o cinema seja reconhecido como importante instrumento para o debate, a promoção e o respeito aos direitos fundamentais.
O evento, que tem curadoria do cineasta e produtor cultural Francisco Cesar Filho, acontece em 20 capitais: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Teresina. Foram selecionados para esta edição 41 filmes, separados em três seções: Contemporâneos, Retrospectiva Histórica e Homenagem.
A abertura da Mostra será no dia 06 de dezembro, às 20h, no Cinema São Luiz, com a exibição dos filmes brasileiros “Carnaval dos Deuses” e “Leite e Ferro”, além do argentino “Meu Companheiro”.
Com exibição gratuita, e exibições especialmente destinadas às pessoas com deficiência visual, a 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul terá as sessões sempre nos horários das 14h, 16h, 18h e 20h. A programação completa, com a sinopse dos filmes, pode ser encontrada no site www.cinedireitoshumanos.org.br
Projeto Cine Educação em Direitos Humanos - Das 20 capitais em que acontecerá a 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, duas participarão de um projeto piloto, o Cine Educação em Direitos Humanos: Rio Branco e Recife. Elaborado no âmbito da Mostra, o projeto será implementado pela Via Gutenberg/Cinemateca Brasileira e busca disseminar conteúdos audiovisuais que contribuam para a melhoria da educação no País ao difundir o cinema como veículo de manifestações artísticas e importante para a identificação cultural e a consciência da cidadania.
Baseado na metodologia do programa Cine Educação, com o diferencial de que as atividades serão desenvolvidas com base em filmes apresentados na quinta edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, o projeto tem o objetivo de fundamentar o trabalho pedagógico da rede pública de ensino com a temática de direitos humanos.
O público beneficiado do Cine Educação em Direitos Humanos é a rede pública de ensino, atingindo três públicos distintos: dirigentes escolares; professores e os alunos da rede que participarão de sessões de cinema e, posteriormente, de atividades propostas pelos professores.
Serviço:
5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América da Sul
De 06 a 12 de dezembro
Sessões: 14h, 16h, 18h e 20h.
Cinema São Luiz - Rua da Aurora, 175, Boa Vista - Recife – PE
Considerado um marco consolidado no calendário anual dos direitos humanos no País, a quinta edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul movimenta a cidade do Recife entre os dias 06 e 12 de dezembro. Realizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com apoio da Prefeitura do Recife, a 5ª Mostra, traz ao Cinema São Luiz obras cinematográficas contemporâneas de todos os países sul-americanos que representem e traduzam questões atuais de direitos humanos.
Criada em 2006 para celebrar o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Mostra vem se firmando como um espaço de reflexão, inspiração e promoção do respeito à dignidade da pessoa humana e tem como principal objetivo garantir o acesso à cultura.
Prevista no eixo Educação e Cultura em Direitos Humanos do Programa Nacional de Direitos Humanos - PNDH-3, a realização da Mostra possibilita que o cinema seja reconhecido como importante instrumento para o debate, a promoção e o respeito aos direitos fundamentais.
O evento, que tem curadoria do cineasta e produtor cultural Francisco Cesar Filho, acontece em 20 capitais: Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Maceió, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio Branco, Rio de Janeiro, Salvador, São Luís, São Paulo e Teresina. Foram selecionados para esta edição 41 filmes, separados em três seções: Contemporâneos, Retrospectiva Histórica e Homenagem.
A abertura da Mostra será no dia 06 de dezembro, às 20h, no Cinema São Luiz, com a exibição dos filmes brasileiros “Carnaval dos Deuses” e “Leite e Ferro”, além do argentino “Meu Companheiro”.
Com exibição gratuita, e exibições especialmente destinadas às pessoas com deficiência visual, a 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul terá as sessões sempre nos horários das 14h, 16h, 18h e 20h. A programação completa, com a sinopse dos filmes, pode ser encontrada no site www.cinedireitoshumanos.org.br
Projeto Cine Educação em Direitos Humanos - Das 20 capitais em que acontecerá a 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, duas participarão de um projeto piloto, o Cine Educação em Direitos Humanos: Rio Branco e Recife. Elaborado no âmbito da Mostra, o projeto será implementado pela Via Gutenberg/Cinemateca Brasileira e busca disseminar conteúdos audiovisuais que contribuam para a melhoria da educação no País ao difundir o cinema como veículo de manifestações artísticas e importante para a identificação cultural e a consciência da cidadania.
Baseado na metodologia do programa Cine Educação, com o diferencial de que as atividades serão desenvolvidas com base em filmes apresentados na quinta edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, o projeto tem o objetivo de fundamentar o trabalho pedagógico da rede pública de ensino com a temática de direitos humanos.
O público beneficiado do Cine Educação em Direitos Humanos é a rede pública de ensino, atingindo três públicos distintos: dirigentes escolares; professores e os alunos da rede que participarão de sessões de cinema e, posteriormente, de atividades propostas pelos professores.
Serviço:
5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América da Sul
De 06 a 12 de dezembro
Sessões: 14h, 16h, 18h e 20h.
Cinema São Luiz - Rua da Aurora, 175, Boa Vista - Recife – PE
PORQUE HOJE É SÁBADO...
Ontem, sexta-feirA, foi sábado para mim. Descobri que qualquer dia pode ser sábado. Sim, o sábado é uma ilusão. A gente pode ser o que deseja em qualquer dia da semana e se todo dia é uma ilusão, que sejamos tolos.
Ultimamente, tenho saído com amigos e tenho sentido uma certa vibração, diferente do que geralmente sinto - incômodo e irritação...
Há momentos em que isso é notável. Ontem, combinamos, eu e mais duas amigas, sair para dançar. Estava tudo certo e meia hora depois, tudo mudou, uma delas voltou atrás, então eu e a minha amiga Vera ficamos baratinadas sem saber para onde ir.Dançar seria a proposta inicial, descartamos a primeira opção de lugar, partimos para a segunda opção - estava fechado. Era cedo demais para outros lugares e até para voltar para casa. Resolvemos parar n"A Carreta". Tomamos três vodcas com fanta, rolinhos de macacheira e meio galeto, o que tem de melhor lá. Jogamos muita conversa fora, blefamos, vimos até um papai noel dançando do outro lado da rua!!! Voltamos quase cambaleando para casa...
Não dançamos, não beijamos, mas foi um sábado e tanto.
Ultimamente, tenho saído com amigos e tenho sentido uma certa vibração, diferente do que geralmente sinto - incômodo e irritação...
Há momentos em que isso é notável. Ontem, combinamos, eu e mais duas amigas, sair para dançar. Estava tudo certo e meia hora depois, tudo mudou, uma delas voltou atrás, então eu e a minha amiga Vera ficamos baratinadas sem saber para onde ir.Dançar seria a proposta inicial, descartamos a primeira opção de lugar, partimos para a segunda opção - estava fechado. Era cedo demais para outros lugares e até para voltar para casa. Resolvemos parar n"A Carreta". Tomamos três vodcas com fanta, rolinhos de macacheira e meio galeto, o que tem de melhor lá. Jogamos muita conversa fora, blefamos, vimos até um papai noel dançando do outro lado da rua!!! Voltamos quase cambaleando para casa...
Não dançamos, não beijamos, mas foi um sábado e tanto.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
quintessência
E se nada tivesse uma razão de ser?
E o limite fosse uma dúvida não transposta?
A fuga seria possível e o passado recuperável.
A natureza pudesse ser moldável, o homem divinizado e o filho uma esperança concreta.
Algo mais do que liberdades físicas e misticismo barato.
O infinito na palma da mão.
A ampulheta na horizontal para um tempo não ditador e sim em construção.
Estado e não condição, portanto alheio.
Alheio as necessidades terrenas, as virtudes humanas e seus amores da moda.
Um porre de sucedâneos.
Uma orgia niilista.
Uma trégua entre noite e dia para a permanência do meio e não do óbvio.
DEMÉTRIUS VERAS
10\12\2009
Poema enviado por meu amigo Demetrius para ser apreciado, refletido e se ausentar do óbvio. Valeu!
E o limite fosse uma dúvida não transposta?
A fuga seria possível e o passado recuperável.
A natureza pudesse ser moldável, o homem divinizado e o filho uma esperança concreta.
Algo mais do que liberdades físicas e misticismo barato.
O infinito na palma da mão.
A ampulheta na horizontal para um tempo não ditador e sim em construção.
Estado e não condição, portanto alheio.
Alheio as necessidades terrenas, as virtudes humanas e seus amores da moda.
Um porre de sucedâneos.
Uma orgia niilista.
Uma trégua entre noite e dia para a permanência do meio e não do óbvio.
DEMÉTRIUS VERAS
10\12\2009
Poema enviado por meu amigo Demetrius para ser apreciado, refletido e se ausentar do óbvio. Valeu!
sábado, 27 de novembro de 2010
Sesc Santa Rita realiza Mostra para debater a literatura contemporânea
O evento será realizado entre os dias 26 e 28 de novembro e traz escritores nacionais de peso como Carpinejar, Lirinha, Cida Pedrosa, Xico Sá e João Silvério Trevisan.
O Laboratório de Autoria em Literatura Ascenso Ferreira, do Sesc Santa Rita, promove a Mostra Sesc de Literatura Contemporânea, na próxima semana, entre os dias 26 e 28, com a participação de nomes de peso do cenário literário nacional contemporâneo, como Carpinejar, Marcelino Freire e Xico Sá, além de representantes locais como Lirinha, Cida Pedrosa e Samarone Lima. A programação conta com mesas redondas, oficinas e apresentações culturais.
A abertura será na sexta-feira (26), às 19h, com uma intervenção poética, do Grupo Vozes Femininas, com as escritoras Cida Pedrosa, Silvana Meneses, Mariane Bigio e Susana Morais. Em seguida, Carpinejar (RS) e Schneider Carpeggiani (PE) participam da mesa “Procurando literatura e amor em cada click”. Na mesma noite, o Grupo Zambiola faz ainda uma apresentação musical.
No sábado (27), o escritor Wellington de Melo (PE) dá início à leitura de “O Peso do medo: 30 poemas em fúria”, às 14h30. A programação segue com a mesa redonda “Literatura na rede”, com Samarone Lima (PE / Blog Estuário), André Vallias (RJ / Site Errática), José Aloise Bahia (MG / Revista Online Germina), Pipol (SP / Site Cronópios) e Cida Pedrosa (PE / Site Interpoética). À noite, às 19h, Lirinha (PE/SP), Marcelino Freire (PE/SP), Xico Sá (SP) e Chico Pedrosa (PE), debatem na última mesa do dia “Que prosa é essa?”.
O último dia da Mostra tem a participação de João Silvério Trevisan (SP) e Antonio Cadengue (PE) na mesa “Literatura & Exílio”, além da teatalização do conto de Trevisan “Variações sobre um tema de Mozart”, com Biagio Pecorelli e Roberto Brandão.
Além das mesas de conversa, o público pode participar ainda das oficinas “Narrativas Breves”, com Marcelino Freire, e “Sartre: existencialismo como fundamento”, com Alexandre Furtado (PE), além da roda de conversa “Poesia Narrativa”, com Bráulio Tavares (PB/ RJ), no sábado (27) e domingo (28), das 9h às 12h30. A oficina de Alexandre Furtado tem mais um dia de atividades no sábado seguinte (4).
Para participar da Mostra Sesc de Literatura Contemporânea é preciso se inscrever no setor de cultura do Sesc Santa Rita, das 14h às 18h. Todas as atividades são gratuitas. Mais informações: (81) 3224.7577.
Programação:
Dia 26 (sexta)
19h Intervenção Poética – Grupo Vozes Femininas, com Cida Pedrosa, Silvana Meneses, Mariane Bigio e Susana Morais.
Mesa de abertura: “Procurando literatura e amor em cada click”
Convidados: Carpinejar – RS, Schneider Carpeggiani – PE (mediador)
Apresentação Musical: Grupo Zambiola
Dia 27 (sábado)
14h30 Mesa: “O Peso do Medo: 30 poemas em fúria“
Leitura do escritor: Wellington de Melo – PE
15h Mesa: “Literatura na Rede”
Convidados: Samarone Lima – PE (blog Estuário), André Vallias – RJ (site Errática), José Aloise Bahia – MG (Revista online Germina), Pipol – SP (site Cronópios), Cida Pedrosa – PE (mediadora – site Interpoética)
19h Mesa: "Que prosa é essa? "
Convidados: Lirinha – PE/ SP, Marcelino Freire – PE/SP, Xico Sá – SP, Participação especial de Chico Pedrosa - PE
Dia 28 (domingo)
14h30 Mesa: “Literatura & Exílio”
Convidados: João Silvério Trevisan – SP, Antonio Cadengue – PE (mediador)
Teatralização do conto de João Silvério Trevisan: Variações sobre um tema de Mozart, com a participação de Biagio Pecorelli e Roberto Brandão, direção de Antônio Cadengue.
Ações Formativas:
Dias 27 e 28 (sábado e domingo)
9h às 12h30
Roda de Conversa - Poesia Narrativa, com Bráulio Tavares – RJ
Oficina de Narrativas Breves, com Marcelino Freire – SP
27 e 28/11 e 04/12
9h às 12h30
Oficina Sartre: existencialismo como fundamento, com Alexandre Furtado - PE
Serviço:
Sesc Santa Rita - Cais de Santa Rita, 156, São José | (81) 3224.7577
Mais informações para a imprensa:
Sesc Pernambuco
Daniella Monteiro
Assessora de Comunicação
(81) 3216.1634 | 9606.1624 | imprensa@sescpe.com.br
Camila Wiesiolek
Jornalista Assistente
(81) 3216.1625 | comunica@sescpe.com.br
Multi Comunicação
Maíra Rosas
(81) 3222.4912 | 9235.1624 | maira@multicomunicacao.com
O Laboratório de Autoria em Literatura Ascenso Ferreira, do Sesc Santa Rita, promove a Mostra Sesc de Literatura Contemporânea, na próxima semana, entre os dias 26 e 28, com a participação de nomes de peso do cenário literário nacional contemporâneo, como Carpinejar, Marcelino Freire e Xico Sá, além de representantes locais como Lirinha, Cida Pedrosa e Samarone Lima. A programação conta com mesas redondas, oficinas e apresentações culturais.
A abertura será na sexta-feira (26), às 19h, com uma intervenção poética, do Grupo Vozes Femininas, com as escritoras Cida Pedrosa, Silvana Meneses, Mariane Bigio e Susana Morais. Em seguida, Carpinejar (RS) e Schneider Carpeggiani (PE) participam da mesa “Procurando literatura e amor em cada click”. Na mesma noite, o Grupo Zambiola faz ainda uma apresentação musical.
No sábado (27), o escritor Wellington de Melo (PE) dá início à leitura de “O Peso do medo: 30 poemas em fúria”, às 14h30. A programação segue com a mesa redonda “Literatura na rede”, com Samarone Lima (PE / Blog Estuário), André Vallias (RJ / Site Errática), José Aloise Bahia (MG / Revista Online Germina), Pipol (SP / Site Cronópios) e Cida Pedrosa (PE / Site Interpoética). À noite, às 19h, Lirinha (PE/SP), Marcelino Freire (PE/SP), Xico Sá (SP) e Chico Pedrosa (PE), debatem na última mesa do dia “Que prosa é essa?”.
O último dia da Mostra tem a participação de João Silvério Trevisan (SP) e Antonio Cadengue (PE) na mesa “Literatura & Exílio”, além da teatalização do conto de Trevisan “Variações sobre um tema de Mozart”, com Biagio Pecorelli e Roberto Brandão.
Além das mesas de conversa, o público pode participar ainda das oficinas “Narrativas Breves”, com Marcelino Freire, e “Sartre: existencialismo como fundamento”, com Alexandre Furtado (PE), além da roda de conversa “Poesia Narrativa”, com Bráulio Tavares (PB/ RJ), no sábado (27) e domingo (28), das 9h às 12h30. A oficina de Alexandre Furtado tem mais um dia de atividades no sábado seguinte (4).
Para participar da Mostra Sesc de Literatura Contemporânea é preciso se inscrever no setor de cultura do Sesc Santa Rita, das 14h às 18h. Todas as atividades são gratuitas. Mais informações: (81) 3224.7577.
Programação:
Dia 26 (sexta)
19h Intervenção Poética – Grupo Vozes Femininas, com Cida Pedrosa, Silvana Meneses, Mariane Bigio e Susana Morais.
Mesa de abertura: “Procurando literatura e amor em cada click”
Convidados: Carpinejar – RS, Schneider Carpeggiani – PE (mediador)
Apresentação Musical: Grupo Zambiola
Dia 27 (sábado)
14h30 Mesa: “O Peso do Medo: 30 poemas em fúria“
Leitura do escritor: Wellington de Melo – PE
15h Mesa: “Literatura na Rede”
Convidados: Samarone Lima – PE (blog Estuário), André Vallias – RJ (site Errática), José Aloise Bahia – MG (Revista online Germina), Pipol – SP (site Cronópios), Cida Pedrosa – PE (mediadora – site Interpoética)
19h Mesa: "Que prosa é essa? "
Convidados: Lirinha – PE/ SP, Marcelino Freire – PE/SP, Xico Sá – SP, Participação especial de Chico Pedrosa - PE
Dia 28 (domingo)
14h30 Mesa: “Literatura & Exílio”
Convidados: João Silvério Trevisan – SP, Antonio Cadengue – PE (mediador)
Teatralização do conto de João Silvério Trevisan: Variações sobre um tema de Mozart, com a participação de Biagio Pecorelli e Roberto Brandão, direção de Antônio Cadengue.
Ações Formativas:
Dias 27 e 28 (sábado e domingo)
9h às 12h30
Roda de Conversa - Poesia Narrativa, com Bráulio Tavares – RJ
Oficina de Narrativas Breves, com Marcelino Freire – SP
27 e 28/11 e 04/12
9h às 12h30
Oficina Sartre: existencialismo como fundamento, com Alexandre Furtado - PE
Serviço:
Sesc Santa Rita - Cais de Santa Rita, 156, São José | (81) 3224.7577
Mais informações para a imprensa:
Sesc Pernambuco
Daniella Monteiro
Assessora de Comunicação
(81) 3216.1634 | 9606.1624 | imprensa@sescpe.com.br
Camila Wiesiolek
Jornalista Assistente
(81) 3216.1625 | comunica@sescpe.com.br
Multi Comunicação
Maíra Rosas
(81) 3222.4912 | 9235.1624 | maira@multicomunicacao.com
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
PROJETO ENGOLINDO SAPOS - 5ª Edição
A produtora Nós Pós e o Espaço Pasárgada convidam para a 5ª edição do projeto Engolindo Sapos, que tem o objetivo de criar um elo de contato entre artistas, pensadores, críticos, autores, educadores, promotores da cultura, jornalistas, editores etc. e o público através de um cronograma mensal de dinâmicas e descontraídas palestras no Espaço Pasárgada. O próximo evento acontecerá no dia 1º de dezembro (quarta-feira), a partir das 18h e é aberto ao público.
Após três edições apresentando ao público a oportunidade de entrar em contato mais próximo com o universo criativo e as experiências artísticas e profissionais de nove representantes nas áreas de literatura, artes cênicas, cinema, artes visuais e artes plásticas, a produtora Nós Pós focou a 4ª edição do Projeto Engolindo Sapos numa questão de fundamental importância para o desenvolvimento social e cultural do estado convidando representantes pró-ativos das três esferas governamentais (MinC, FUNDARPE e FCCR/GOLE) para debater o tema Sobre Livros e Leitura: Políticas Públicas, altamente pertinente dentro do cenário cultural do estado.
Na sua 5ª edição o projeto apresenta o tema Corpo, Cinema e Educação: O Papel Transformador, visando explanar as possibilidades de contribuição dessas formas artísticas para a educação. Os convidados são Conrado Falbo (Mestre e Doutorando em Teoria da Literatura, formação artística em dança contemporânea e atuação na área de ensino e criação que inclui performance, corpo e voz e intersemiose), Amanda Ramos (Coordenadora Cineclube AZouganda - Nazaré da Mata e Cineclube Curta Doze e Meia - Recife) e Selma Coelho (educadora e gestora do Espaço Pasárgada). A mediação fica por conta de Johnny Martins (doutorando em Literatura e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba - UFPB).
Traga seus questionamentos, posições, perguntas. Contribua com este descontraído bate papo. A participação do público faz parte da essência do projeto e é fundamental para o enriquecimento do diálogo.
O papel do cinema, do corpo e suas possibilidades pedagógicas como transformadores da sociedade são a pauta do diálogo coletivo da próxima edição do projeto Engolindo sapos, que acontecerá no dia 1º de dezembro, a partir das 18h no Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 – Boa Vista). O evento é aberto ao público.
SERVIÇO
Projeto Engolindo Sapos – 5ª edição
Tema: Corpo, Cinema e Educação: O Papel Transformador
Dia 01/12/2010 – 18h
Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 – Boa Vista).
Aberto ao público
Alexandre Melo
Produção Cultural / Assessoria Comunicação / Programação Visual
Mobile: + 55 81 8711 3581
Skype: f.alexandremelo
asessoria@nospos.org
contato@nospos.org
Após três edições apresentando ao público a oportunidade de entrar em contato mais próximo com o universo criativo e as experiências artísticas e profissionais de nove representantes nas áreas de literatura, artes cênicas, cinema, artes visuais e artes plásticas, a produtora Nós Pós focou a 4ª edição do Projeto Engolindo Sapos numa questão de fundamental importância para o desenvolvimento social e cultural do estado convidando representantes pró-ativos das três esferas governamentais (MinC, FUNDARPE e FCCR/GOLE) para debater o tema Sobre Livros e Leitura: Políticas Públicas, altamente pertinente dentro do cenário cultural do estado.
Na sua 5ª edição o projeto apresenta o tema Corpo, Cinema e Educação: O Papel Transformador, visando explanar as possibilidades de contribuição dessas formas artísticas para a educação. Os convidados são Conrado Falbo (Mestre e Doutorando em Teoria da Literatura, formação artística em dança contemporânea e atuação na área de ensino e criação que inclui performance, corpo e voz e intersemiose), Amanda Ramos (Coordenadora Cineclube AZouganda - Nazaré da Mata e Cineclube Curta Doze e Meia - Recife) e Selma Coelho (educadora e gestora do Espaço Pasárgada). A mediação fica por conta de Johnny Martins (doutorando em Literatura e Cultura pelo Programa de Pós-Graduação em Letras da Universidade Federal da Paraíba - UFPB).
Traga seus questionamentos, posições, perguntas. Contribua com este descontraído bate papo. A participação do público faz parte da essência do projeto e é fundamental para o enriquecimento do diálogo.
O papel do cinema, do corpo e suas possibilidades pedagógicas como transformadores da sociedade são a pauta do diálogo coletivo da próxima edição do projeto Engolindo sapos, que acontecerá no dia 1º de dezembro, a partir das 18h no Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 – Boa Vista). O evento é aberto ao público.
SERVIÇO
Projeto Engolindo Sapos – 5ª edição
Tema: Corpo, Cinema e Educação: O Papel Transformador
Dia 01/12/2010 – 18h
Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 – Boa Vista).
Aberto ao público
Alexandre Melo
Produção Cultural / Assessoria Comunicação / Programação Visual
Mobile: + 55 81 8711 3581
Skype: f.alexandremelo
asessoria@nospos.org
contato@nospos.org
domingo, 21 de novembro de 2010
As Ruas
Há um pouco de sal
nas ruas
que tanto pisei
Os anúncios cospem
sutilezas
hot
arroto
dogues
beijos plebeus de aluguel
fumaça
carros
buzinas
o ar lamenta
as narinas asfixiam
fechem cortinas e janelas
de súbito avanço
o vento oculta
os medos
e a cuba desce
livre
até onde a vista alcança.
nas ruas
que tanto pisei
Os anúncios cospem
sutilezas
hot
arroto
dogues
beijos plebeus de aluguel
fumaça
carros
buzinas
o ar lamenta
as narinas asfixiam
fechem cortinas e janelas
de súbito avanço
o vento oculta
os medos
e a cuba desce
livre
até onde a vista alcança.
sábado, 20 de novembro de 2010
POESIAS DE CLARICE LISPECTOR
Os poemas a seguir, todos de Clarice Lispector, foram retirados do Jornal de Poesia, o mais completo saite de poesia brasileira.
A lucidez perigosa
Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.
Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.
Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade -
essa clareza de realidade
é um risco.
Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.
A perfeição
O que me tranqüiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.
A lucidez perigosa
Estou sentindo uma clareza tão grande
que me anula como pessoa atual e comum:
é uma lucidez vazia, como explicar?
assim como um cálculo matemático perfeito
do qual, no entanto, não se precise.
Estou por assim dizer
vendo claramente o vazio.
E nem entendo aquilo que entendo:
pois estou infinitamente maior que eu mesma,
e não me alcanço.
Além do que:
que faço dessa lucidez?
Sei também que esta minha lucidez
pode-se tornar o inferno humano
- já me aconteceu antes.
Pois sei que
- em termos de nossa diária
e permanente acomodação
resignada à irrealidade -
essa clareza de realidade
é um risco.
Apagai, pois, minha flama, Deus,
porque ela não me serve
para viver os dias.
Ajudai-me a de novo consistir
dos modos possíveis.
Eu consisto,
eu consisto,
amém.
A perfeição
O que me tranqüiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.
O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.
Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.
O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.
Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.
domingo, 14 de novembro de 2010
HOLOFOTE - CIA DE IDEIAS
Rafael Jacinto, Pio Figueiroa, João Kehl e Carol Lopes
Por Daniela de Lacerda
Entrevistávamos as mesmas pessoas, ouvíamos as mesmas histórias, íamos aos mesmos lugares. Mas quando o fotógrafo Pio Figueiroa revelava o filme, víamos tudo diferente. Porque ele percebia aquelas pessoas, histórias e lugares de um jeito tão próprio, e tão bonito, que sempre nos surpreendia. E encantava. Era assim quando trabalhávamos juntos, no tempo em que ele ainda morava no Recife, lá pelos anos 1990. Tempos depois, na São Paulo pós-revolução digital, o pernambucano encontrou João Kehl e Rafael Jacinto, dois fotógrafos paulistas tão peculiares quanto ele. E aí surgiu a Cia de Foto, um coletivo não só no nome, mas na forma de pensar, fazer, pesquisar e viver a fotografia. A essa turma se juntaram Flávia Padrão (coordenadora de produção), Deborah Lindau (coordenadora administrativa) e a dupla da pós-produção, Carol Lopes (fotógrafa e aprendiz de colorista) e Kosuke (fotógrafo e aprendiz da aprendiz de colorista). Desde então, cada novo ensaio, campanha ou filme da Cia de Foto é uma surpresa só. Como naqueles instantes em que íamos desenrolando os negativos contra a luz, ansiosos por descobrir o que Pio trazia da rua. Uma das mais recentes mostras do coletivo, Entretanto, que foi exibida neste mês na Galeria Vermelho, em São Paulo, é foto, é vídeo e é música. Intrincadamente.
A partir de uma imagem do ensaio Carnaval, realizado em Salvador (BA), o DJ Guab, parceiro da Cia, criou Paisagem sonora, peça musical de 25 minutos. Ele extraiu o código binário da foto (veja acima), isolou os bits que identificam o exato momento do clique e construiu um arquivo sonoro baseado naquela mesma sequência de números. “Geramos uma foto de som, um som de foto”, diz Guab (escute: www.ciadefoto.com.br/blog).
Foto do ensaio Carnaval, realizado na Bahia
Em outro trabalho, Longa exposição, foto e filme enveredam um pelo outro. Na série de retratos, personagens como as cantoras Elza Soares e Pitty e o diretor Hector Babenco esperaram o clique, “que só veio no momento em que a situação ficou insustentável”. O que foi exposto foi exatamente o antes, a inquieta espera, registrada pela câmera em modo vídeo.
Esse experimentar inusitado é essência, também, da participação da Cia de Foto em Histórias de Mapas, Piratas e Tesouros, em cartaz no Itaú Cultural, em São Paulo. O coletivo é um dos curadores e convidou o cineasta Marcelo Pedroso (PE), o fotógrafo João Castilho (MG) e a Galeria Experiência (SP) para uma ação-performance, uma pirataria multimídia sem limites para a invenção. Alguns artistas da exposição, que poderiam ter obras reinterpretadas pelo grupo, se recusaram a assinar o termo de autorização. “A gente nem tinha consciência do que fazer ainda e já estávamos gerando consequências”, lembra Pio. Talvez eles surpreendam todo mundo novamente e não se apropriem de imagem nenhuma. E, sim, do bendito termo.
Cia de ideias
A Cia de Foto foi criada em 2003, atua no mercado editorial e publicitário, integra o time da produtora de vídeo Paranoid BR, participa de mostras e workshops mundo afora, tem trabalhos publicados e exibidos em dezenas de países, faz foto, filme, música, livro, curadoria. Saiba mais aqui: www.ciadefoto.com.br.
Co-le-ti-vo. Entendeu?
O grupo não assina nada individualmente. Tudo é Cia de Foto. “É uma caixa de sapato coletiva”, explica Pio Figueiroa, usando como referência o título de um dos trabalhos deles (assista ao vídeo Caixa de sapato no site de Aurora: www.diariodepernambuco.com.br/aurora). Tem gente que implica. Em 2006, a Cia de Foto foi convidada para participar da Coleção Pirelli/Masp de fotografia, mas acabou não entrando porque fez questão de assinar como Cia de Foto (e não como João, Rafael ou Pio). O coletivo está na coleção 2010. Como Cia de Foto.
A academia visita a empresa. E vice-versa
Na Cia de Foto, o trabalho comercial e o de pesquisa interagem o tempo todo. Seja num filme publicitário ou num ensaio documental, o que eles querem é contar histórias. De um jeito que só eles sabem contar.
Professor Rubens
O vídeo é resultado de uma parceria entre a Cia de Foto e o professor Rubens Fernandes Junior, um dos principais pensadores da fotografia no Brasil, diretor da Faculdade de Comunicação e Marketing da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo. O trabalho foi realizado a convite do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre (FestFotoPoa) e será exibido na próxima edição do evento, em abril. Colecionador de fotografias dos outros, o professor Rubens faz uma sensível reflexão a partir de uma caixa de fotos de uma família japonesa, comprada numa de suas andanças pelas feiras de antiguidade.
Sal e prata
Produzido em Boa Viagem, no Recife, faz parte da ação-performance coordenada pela Cia de Foto na exposição Histórias de Mapas, Piratas e Tesouros, em cartaz no Itaú Cultural, em São Paulo, até 19 de dezembro. A ação, com curadoria da Cia, também tem a participação do cineasta pernambucano Marcelo Pedroso, do coletivo paulista Galeria Experiência e do fotógrafo mineiro João Castilho. O grupo de “piratas” se apropriou do título de uma obra do artista ém participa da exposição no Itaú.
(www.diariodepernambuco.com.br/aurora de 14/11/2010)
Por Daniela de Lacerda
Entrevistávamos as mesmas pessoas, ouvíamos as mesmas histórias, íamos aos mesmos lugares. Mas quando o fotógrafo Pio Figueiroa revelava o filme, víamos tudo diferente. Porque ele percebia aquelas pessoas, histórias e lugares de um jeito tão próprio, e tão bonito, que sempre nos surpreendia. E encantava. Era assim quando trabalhávamos juntos, no tempo em que ele ainda morava no Recife, lá pelos anos 1990. Tempos depois, na São Paulo pós-revolução digital, o pernambucano encontrou João Kehl e Rafael Jacinto, dois fotógrafos paulistas tão peculiares quanto ele. E aí surgiu a Cia de Foto, um coletivo não só no nome, mas na forma de pensar, fazer, pesquisar e viver a fotografia. A essa turma se juntaram Flávia Padrão (coordenadora de produção), Deborah Lindau (coordenadora administrativa) e a dupla da pós-produção, Carol Lopes (fotógrafa e aprendiz de colorista) e Kosuke (fotógrafo e aprendiz da aprendiz de colorista). Desde então, cada novo ensaio, campanha ou filme da Cia de Foto é uma surpresa só. Como naqueles instantes em que íamos desenrolando os negativos contra a luz, ansiosos por descobrir o que Pio trazia da rua. Uma das mais recentes mostras do coletivo, Entretanto, que foi exibida neste mês na Galeria Vermelho, em São Paulo, é foto, é vídeo e é música. Intrincadamente.
A partir de uma imagem do ensaio Carnaval, realizado em Salvador (BA), o DJ Guab, parceiro da Cia, criou Paisagem sonora, peça musical de 25 minutos. Ele extraiu o código binário da foto (veja acima), isolou os bits que identificam o exato momento do clique e construiu um arquivo sonoro baseado naquela mesma sequência de números. “Geramos uma foto de som, um som de foto”, diz Guab (escute: www.ciadefoto.com.br/blog).
Foto do ensaio Carnaval, realizado na Bahia
Em outro trabalho, Longa exposição, foto e filme enveredam um pelo outro. Na série de retratos, personagens como as cantoras Elza Soares e Pitty e o diretor Hector Babenco esperaram o clique, “que só veio no momento em que a situação ficou insustentável”. O que foi exposto foi exatamente o antes, a inquieta espera, registrada pela câmera em modo vídeo.
Esse experimentar inusitado é essência, também, da participação da Cia de Foto em Histórias de Mapas, Piratas e Tesouros, em cartaz no Itaú Cultural, em São Paulo. O coletivo é um dos curadores e convidou o cineasta Marcelo Pedroso (PE), o fotógrafo João Castilho (MG) e a Galeria Experiência (SP) para uma ação-performance, uma pirataria multimídia sem limites para a invenção. Alguns artistas da exposição, que poderiam ter obras reinterpretadas pelo grupo, se recusaram a assinar o termo de autorização. “A gente nem tinha consciência do que fazer ainda e já estávamos gerando consequências”, lembra Pio. Talvez eles surpreendam todo mundo novamente e não se apropriem de imagem nenhuma. E, sim, do bendito termo.
Cia de ideias
A Cia de Foto foi criada em 2003, atua no mercado editorial e publicitário, integra o time da produtora de vídeo Paranoid BR, participa de mostras e workshops mundo afora, tem trabalhos publicados e exibidos em dezenas de países, faz foto, filme, música, livro, curadoria. Saiba mais aqui: www.ciadefoto.com.br.
Co-le-ti-vo. Entendeu?
O grupo não assina nada individualmente. Tudo é Cia de Foto. “É uma caixa de sapato coletiva”, explica Pio Figueiroa, usando como referência o título de um dos trabalhos deles (assista ao vídeo Caixa de sapato no site de Aurora: www.diariodepernambuco.com.br/aurora). Tem gente que implica. Em 2006, a Cia de Foto foi convidada para participar da Coleção Pirelli/Masp de fotografia, mas acabou não entrando porque fez questão de assinar como Cia de Foto (e não como João, Rafael ou Pio). O coletivo está na coleção 2010. Como Cia de Foto.
A academia visita a empresa. E vice-versa
Na Cia de Foto, o trabalho comercial e o de pesquisa interagem o tempo todo. Seja num filme publicitário ou num ensaio documental, o que eles querem é contar histórias. De um jeito que só eles sabem contar.
Professor Rubens
O vídeo é resultado de uma parceria entre a Cia de Foto e o professor Rubens Fernandes Junior, um dos principais pensadores da fotografia no Brasil, diretor da Faculdade de Comunicação e Marketing da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), em São Paulo. O trabalho foi realizado a convite do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre (FestFotoPoa) e será exibido na próxima edição do evento, em abril. Colecionador de fotografias dos outros, o professor Rubens faz uma sensível reflexão a partir de uma caixa de fotos de uma família japonesa, comprada numa de suas andanças pelas feiras de antiguidade.
Sal e prata
Produzido em Boa Viagem, no Recife, faz parte da ação-performance coordenada pela Cia de Foto na exposição Histórias de Mapas, Piratas e Tesouros, em cartaz no Itaú Cultural, em São Paulo, até 19 de dezembro. A ação, com curadoria da Cia, também tem a participação do cineasta pernambucano Marcelo Pedroso, do coletivo paulista Galeria Experiência e do fotógrafo mineiro João Castilho. O grupo de “piratas” se apropriou do título de uma obra do artista ém participa da exposição no Itaú.
(www.diariodepernambuco.com.br/aurora de 14/11/2010)
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
Na Caminhada Alta, Média e Baixa Sociedade.
por Ésio Rafael
ALTA: No Parque da Jaqueira.
- Bon jour!
- Este é o meu terceiro estágio antes desse objetivo. Passei na clínica médica para aferir minha pressão, verificar meus níveis de colesterol, triglicerídeo e glicêmico. Tudo sob controle. Para isso, temos um excelente Plano de Saúde. E vocês, estão bem? Eu, nem tanto. O stress do mundo Ocidental não engana ninguém.
Estamos com um probleminha em família, acreditamos ser de ordem passageira, mas incomoda. É que o meu cunhado, uma pessoa bem criada, ótima formação familiar e religiosa. Um padrão de vida financeira bastante confortável, escola de primeira classe. Agora anda envolvido com má companhia. Daí, o que se esperava: foi flagrado durante uma operação policial com dois quilos de pasta de cocaína. A droga estava dentro do seu carro, a polícia, deu ordem de prisão e o algemou na hora.
Meu esposo está aflito, afinal de contas, é sangue do seu sangue. Foi uma pressão, uma correria durante a noite toda. Muitos telefonemas para advogados, pessoas influentes na sociedade. A tarefa mais importante é abafar o caso para que não chegue a ser publicado na imprensa. Difícil. Não acredito. Falei com meu esposo que a saída poderia estar em conduzi-lo a uma Clínica de Repouso. Mas, é difícil. Logo com esse governo que aí está, colocando rico na cadeia?
Estou tensa, tenho de deixar a companhia de vocês. Vou ligar para o meu motorista vir me apanhar. Ele está sabendo de tudo. Ironicamente falou: - Calma madame, todos os mortais estão sujeitos a situações como esta. Olhando-me de soslaio com aquela sobrancelha do cão. Darei notícias, bom final de caminhada.
MÉDIA: Campus Universitário.
- Bom dia!
- Quase que não vinha caminhar com vocês hoje. Minha pressão foi lá pras alturas. Meu colesterol está alterado. Aperreio. È aperreio em cima de aperreio. Meu marido não foi trabalhar hoje. O seu irmão mais novo foi em “cana” durante uma blitz na Vila. Ele estava dentro de um táxi conduzindo um quilo de maconha. Uma tal de: - Manga rosa. Já ouviram falar? Foi o suficiente. Algemado na hora, e levado para a prisão. Uma merda! Que mancada. Essa foi a segunda vez que ele fez essa besteira. Sabem, o cara sempre foi problema. Caçula, os pais separados, revoltado. Só podia dar nisso. Essa semana foi carregada. Cortaram a energia elétrica lá de casa, sem nenhum aviso. E fica por isso mesmo. Cadê os 11% que eles tiraram dos consumidores? Por que não pagaram de uma só vez? E o que é isso? Manda quem pode, minha filha! O meu cartão de crédito estourou. A população não dispõe mais de dinheiro nem pra comprar pão. Os grandes Supermercados engolem tudo. E nada acontece. Isso é o que? Agora acontece essa merda, e o meu cunhado sabe que não tem proteção nenhuma. O que ele fez foi muito menos do que fazem os cartões de créditos com o bolso do consumidor.
O caso já deu no jornal. A rua está cheia. A fofoca tá comendo no cento. Meu marido não tem a mínima condição de contratar um advogado, nem de porta de cadeia. Ele conhece um vereador, mas vereador além de não ter cacife pra isso, não iria se meter nessa onda. Já falei para o meu marido: teu irmão vai mofar na cadeia. Que horas tem? Vou-me embora, além do mais, daqui a pouco a parada de ônibus vai estar lotada, e eu ainda vou buscar o meu netinho na escola. Tô sem crédito no celular. Outro roubo, ou não? Darei notícias pra vocês, através do orelhão. Até logo, rezem por mim.
BAIXA: Na Mata do Uchôa.
- Mulé, quase que eu não vinha hoje medir passadas com vocês. Meu coração está quase pulando pela boca. Fui me receitar no posto médico. Cheguei de madruga para pegar uma ficha. O rapaz que vende o papelzinho, “fura fila”, lavrou porque avisaram que os home tava querendo pegá-lo. Pracabar de acertar, o Doutor falou que eu estava com o sangue grosso, cheio de gordura e, pelos sinais, melado de açúcar. Sofrimento. Sofrimento! Tu achas mulé, açúcar porra nenhuma! Eu pisei foi em rastro de corno. E o Doutor médico ainda disse que eu tinha porque tinha de andar uma hora por dia, sem parar. Depois, ele veio com uma conversa pra eu deixar de comer cuscuz. Quase que eu respondia: e a mãe Doutor, vai deixar de comer cuscuz também? Mas como sou uma pessoa educada... Nem deixo de comer cuscuz, nem o quarentinha.
O macho lá de casa, passou a noite mordido e sem dormir. Não foi nem pro trampo. Ele já amanheceu com os pentei na goma. Deram o flagra no irmão dele na favela, com trinta pedras de crack na cueca. Meia-noite mais ou menos. Os home deram o baculejo e caiu mei mundo de gente. Grampo minha irmã, cana dura na hora. Essa droga ainda vai acabar com nossos filhos, se os home não tomarem de conta. Colocaram logo uma pulseira de baiano, e tacaram ele na cadeia.
Agora veja, o cara nunca deu um prego numa barra de sabão. Não trabalha, não estuda, e só anda com alma sebosa. Taí no que deu! A mãe viúva ganha um salário mínimo da pensão do ex-marido pra segurar a barra de seis pessoas dentro de casa. Aquele frango vendeu tudo que pode de dentro de casa pra comprar droga. Até o único ventilador da mãe doente. Num lugar de calor e muriçoca. Deus me perdoe, mas eu só desejo é que ele encontre aquele negão dentro da cela. Sabe de que Negão eu tô falando, né mulé?
Vou-me embora, o sol está esquentando, e eu vou a pé. Quero chegar a tempo de ver a manchete pela televisão no Programa de Cardinot, com aquele esparro todo. Até mais meninas, fiquem com Deus.
ÉSIO RAFAEL
poeta, professor e pesquisador da cultura popular
Veja Mais no INTERPOÉTICA
ALTA: No Parque da Jaqueira.
- Bon jour!
- Este é o meu terceiro estágio antes desse objetivo. Passei na clínica médica para aferir minha pressão, verificar meus níveis de colesterol, triglicerídeo e glicêmico. Tudo sob controle. Para isso, temos um excelente Plano de Saúde. E vocês, estão bem? Eu, nem tanto. O stress do mundo Ocidental não engana ninguém.
Estamos com um probleminha em família, acreditamos ser de ordem passageira, mas incomoda. É que o meu cunhado, uma pessoa bem criada, ótima formação familiar e religiosa. Um padrão de vida financeira bastante confortável, escola de primeira classe. Agora anda envolvido com má companhia. Daí, o que se esperava: foi flagrado durante uma operação policial com dois quilos de pasta de cocaína. A droga estava dentro do seu carro, a polícia, deu ordem de prisão e o algemou na hora.
Meu esposo está aflito, afinal de contas, é sangue do seu sangue. Foi uma pressão, uma correria durante a noite toda. Muitos telefonemas para advogados, pessoas influentes na sociedade. A tarefa mais importante é abafar o caso para que não chegue a ser publicado na imprensa. Difícil. Não acredito. Falei com meu esposo que a saída poderia estar em conduzi-lo a uma Clínica de Repouso. Mas, é difícil. Logo com esse governo que aí está, colocando rico na cadeia?
Estou tensa, tenho de deixar a companhia de vocês. Vou ligar para o meu motorista vir me apanhar. Ele está sabendo de tudo. Ironicamente falou: - Calma madame, todos os mortais estão sujeitos a situações como esta. Olhando-me de soslaio com aquela sobrancelha do cão. Darei notícias, bom final de caminhada.
MÉDIA: Campus Universitário.
- Bom dia!
- Quase que não vinha caminhar com vocês hoje. Minha pressão foi lá pras alturas. Meu colesterol está alterado. Aperreio. È aperreio em cima de aperreio. Meu marido não foi trabalhar hoje. O seu irmão mais novo foi em “cana” durante uma blitz na Vila. Ele estava dentro de um táxi conduzindo um quilo de maconha. Uma tal de: - Manga rosa. Já ouviram falar? Foi o suficiente. Algemado na hora, e levado para a prisão. Uma merda! Que mancada. Essa foi a segunda vez que ele fez essa besteira. Sabem, o cara sempre foi problema. Caçula, os pais separados, revoltado. Só podia dar nisso. Essa semana foi carregada. Cortaram a energia elétrica lá de casa, sem nenhum aviso. E fica por isso mesmo. Cadê os 11% que eles tiraram dos consumidores? Por que não pagaram de uma só vez? E o que é isso? Manda quem pode, minha filha! O meu cartão de crédito estourou. A população não dispõe mais de dinheiro nem pra comprar pão. Os grandes Supermercados engolem tudo. E nada acontece. Isso é o que? Agora acontece essa merda, e o meu cunhado sabe que não tem proteção nenhuma. O que ele fez foi muito menos do que fazem os cartões de créditos com o bolso do consumidor.
O caso já deu no jornal. A rua está cheia. A fofoca tá comendo no cento. Meu marido não tem a mínima condição de contratar um advogado, nem de porta de cadeia. Ele conhece um vereador, mas vereador além de não ter cacife pra isso, não iria se meter nessa onda. Já falei para o meu marido: teu irmão vai mofar na cadeia. Que horas tem? Vou-me embora, além do mais, daqui a pouco a parada de ônibus vai estar lotada, e eu ainda vou buscar o meu netinho na escola. Tô sem crédito no celular. Outro roubo, ou não? Darei notícias pra vocês, através do orelhão. Até logo, rezem por mim.
BAIXA: Na Mata do Uchôa.
- Mulé, quase que eu não vinha hoje medir passadas com vocês. Meu coração está quase pulando pela boca. Fui me receitar no posto médico. Cheguei de madruga para pegar uma ficha. O rapaz que vende o papelzinho, “fura fila”, lavrou porque avisaram que os home tava querendo pegá-lo. Pracabar de acertar, o Doutor falou que eu estava com o sangue grosso, cheio de gordura e, pelos sinais, melado de açúcar. Sofrimento. Sofrimento! Tu achas mulé, açúcar porra nenhuma! Eu pisei foi em rastro de corno. E o Doutor médico ainda disse que eu tinha porque tinha de andar uma hora por dia, sem parar. Depois, ele veio com uma conversa pra eu deixar de comer cuscuz. Quase que eu respondia: e a mãe Doutor, vai deixar de comer cuscuz também? Mas como sou uma pessoa educada... Nem deixo de comer cuscuz, nem o quarentinha.
O macho lá de casa, passou a noite mordido e sem dormir. Não foi nem pro trampo. Ele já amanheceu com os pentei na goma. Deram o flagra no irmão dele na favela, com trinta pedras de crack na cueca. Meia-noite mais ou menos. Os home deram o baculejo e caiu mei mundo de gente. Grampo minha irmã, cana dura na hora. Essa droga ainda vai acabar com nossos filhos, se os home não tomarem de conta. Colocaram logo uma pulseira de baiano, e tacaram ele na cadeia.
Agora veja, o cara nunca deu um prego numa barra de sabão. Não trabalha, não estuda, e só anda com alma sebosa. Taí no que deu! A mãe viúva ganha um salário mínimo da pensão do ex-marido pra segurar a barra de seis pessoas dentro de casa. Aquele frango vendeu tudo que pode de dentro de casa pra comprar droga. Até o único ventilador da mãe doente. Num lugar de calor e muriçoca. Deus me perdoe, mas eu só desejo é que ele encontre aquele negão dentro da cela. Sabe de que Negão eu tô falando, né mulé?
Vou-me embora, o sol está esquentando, e eu vou a pé. Quero chegar a tempo de ver a manchete pela televisão no Programa de Cardinot, com aquele esparro todo. Até mais meninas, fiquem com Deus.
ÉSIO RAFAEL
poeta, professor e pesquisador da cultura popular
Veja Mais no INTERPOÉTICA
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Preconceito dói, cabra da peste!
Publicado em 05.11.2010, às 14h57
Por Miguel Rios
Preconceito é difícil de sair da gente. Volta e meia, a gente se surpreende, se flagra, e até se orgulha, dizendo, pensando, compartilhando algum estigma contra o outro
Uma nova vilã, daquelas malvadas ao extremo, que dissemina e atrai ódio, de nível igual ou pior que qualquer Odete Roitman ou Nazaré Tedesco, está na mídia. É aquela garota lá do Twitter que nos ofendeu, nós nordestinos, nos indignou mais uma vez, nos fez relembrar preconceitos que pareciam estar se esvaindo, que se mostram ainda vigorosos, que machucam mesmo quem finge não ligar, quem tenta se mostrar acima.
Outra vez, doeu. Outra vez, ele voltou. Aliás, nunca se foi. Só estava mais quieto, nestes tempos de maior patrulha, de menos tolerância com os intolerantes.
Preconceito é difícil de sair da gente. Volta e meia, a gente se surpreende, se flagra, e até se orgulha, dizendo, pensando, compartilhando algum estigma contra o outro.
Mas se é na nossa pele que arde aí nos enfurece. Não pode, não se aceita, é absurdo, é opressor, ultrapassado, injusto.
A pele dos nordestinos queimou. Estigmas e estereótipos queimam mesmo.
A pele de qualquer tuiteiro do Piauí à Bahia ainda está, no mínimo, coçando. Tem aquele cara que posta dia após dia, insistente, resistente, mensagens contra a autora do ataque, sedento por não deixar barato.
"Como posso ser inferior?", pensa ele. "Sou inteligente, universitário, bonito, uso roupa boa, dentição completa, tenho laptop, carro, amigos no exterior, viajado, falo inglês, comecei no espanhol, já planejo meu MBA. Vou ter sucesso garantido! Como se pode dizer que sou inferior? Como se eu fosse um pobre qualquer, um mundiça desses, pipoca da vida, um beira-canal, que só serve para se apertar em ônibus, sujar a praia. Esse bando de assalariado farofa..."
E a roda do preconceito gira:
"Como posso ser farofa?", pensa um dos assalariados. "Ando de ônibus, moro em subúrbio, mas curto bandas legais, livros legais, filmes de arte. Tenho amigos descolados. Somos questionadores do status quo, dos padrões impostos pela sociedade de consumo. Tenho potencial. Farofa eu? Farofa e pipoca é essa negada ignorante, de gosto ruim, que curte pagode e axé, jeito marginal, enchendo o mundo com som alto de funk de CD pirata. Tenha dó!"
E gira...
"Sou negro sim, mas sou lindo! Curto o meu som e meu jeito moleque. Orgulho de raça, de gostar do que eu gosto, das raízes, de saber dançar melhor que branco. De morar onde moro. De me virar e arranjar algum para meu pai e minha mãe. Eles dois que me criaram com esforço e dignidade. Me fizeram um homem, homem mesmo. Se eu ainda fosse um desses veados safados podiam até falar. Aquilo é que é nojeira. Mas eu não tenho do que me envergonhar."
"Sexualidade não define caráter. O que eu faço na intimidade não é da conta de ninguém. Sou decente. Sou homem igual a qualquer outro. Ninguém se envergonha de estar ao meu lado. Sou másculo, não dou pinta, tenho um namorado sem trejeitos também. Não escandalizamos. Podemos frequentar qualquer ambiente. O problema são essas bichinhas afetadas, estes travestis que sujam a barra dos gays. Um horror."
Continua a girar:
"Se dou pinta é porque eu quero. Essa tropa enrustida de metidos a macho fala mal, mas faz as mesmas coisas que eu entre quatro paredes. E tem inveja do meu sucesso. Tenho jeans Diesel, perfumes Armani, óculos Roberto Cavalli. Até minhas sandálias de praia são de grife. Por isso, não me junto. Morram de inveja, bichas pobres, roupa de sulanca, classe D!"
E a roda vai girando, criando novos julgamentos, batendo neste e naquele, se aproveitando de ideias preconcebidas, crendices, rancores...
Você já teve um dia em que se assemelhou à vilã lá do Twitter, aquela babaca, estúpida, condenável, que te revoltou tanto quando jogou o ácido supercorrosivo do preconceito sobre seu orgulho? Você já destilou desprezo sobre alguém? Eu já.
Pense na fulana do Twitter, pense na queimadura, pense em como dói, pense em como cicatriza demorado.
Pense nela antes de carimbar, com raiva, agressão e afinco, loura de burra, rapaz rico de playboyzinho, negro de maloqueiro, gay de molestador devasso, gostosa de piranha, pobre de ignorante, sertanejo de atrasado, gente da capital de pedante.
Pense bem quando tua veia discriminatória, aquela que pulsa toda vez que vem o desejo de diminuir o outro pela ilusão de se autofortalecer, saltar.
Fonte: http://jc.uol.com.br/coluna/o-papo-e-pop/noticia/2010/11/05/preconceito-doi-cabra-da-peste-243240.php
Douglas Barros
www.papo-nerd.blogspot.com
Por Miguel Rios
Preconceito é difícil de sair da gente. Volta e meia, a gente se surpreende, se flagra, e até se orgulha, dizendo, pensando, compartilhando algum estigma contra o outro
Uma nova vilã, daquelas malvadas ao extremo, que dissemina e atrai ódio, de nível igual ou pior que qualquer Odete Roitman ou Nazaré Tedesco, está na mídia. É aquela garota lá do Twitter que nos ofendeu, nós nordestinos, nos indignou mais uma vez, nos fez relembrar preconceitos que pareciam estar se esvaindo, que se mostram ainda vigorosos, que machucam mesmo quem finge não ligar, quem tenta se mostrar acima.
Outra vez, doeu. Outra vez, ele voltou. Aliás, nunca se foi. Só estava mais quieto, nestes tempos de maior patrulha, de menos tolerância com os intolerantes.
Preconceito é difícil de sair da gente. Volta e meia, a gente se surpreende, se flagra, e até se orgulha, dizendo, pensando, compartilhando algum estigma contra o outro.
Mas se é na nossa pele que arde aí nos enfurece. Não pode, não se aceita, é absurdo, é opressor, ultrapassado, injusto.
A pele dos nordestinos queimou. Estigmas e estereótipos queimam mesmo.
A pele de qualquer tuiteiro do Piauí à Bahia ainda está, no mínimo, coçando. Tem aquele cara que posta dia após dia, insistente, resistente, mensagens contra a autora do ataque, sedento por não deixar barato.
"Como posso ser inferior?", pensa ele. "Sou inteligente, universitário, bonito, uso roupa boa, dentição completa, tenho laptop, carro, amigos no exterior, viajado, falo inglês, comecei no espanhol, já planejo meu MBA. Vou ter sucesso garantido! Como se pode dizer que sou inferior? Como se eu fosse um pobre qualquer, um mundiça desses, pipoca da vida, um beira-canal, que só serve para se apertar em ônibus, sujar a praia. Esse bando de assalariado farofa..."
E a roda do preconceito gira:
"Como posso ser farofa?", pensa um dos assalariados. "Ando de ônibus, moro em subúrbio, mas curto bandas legais, livros legais, filmes de arte. Tenho amigos descolados. Somos questionadores do status quo, dos padrões impostos pela sociedade de consumo. Tenho potencial. Farofa eu? Farofa e pipoca é essa negada ignorante, de gosto ruim, que curte pagode e axé, jeito marginal, enchendo o mundo com som alto de funk de CD pirata. Tenha dó!"
E gira...
"Sou negro sim, mas sou lindo! Curto o meu som e meu jeito moleque. Orgulho de raça, de gostar do que eu gosto, das raízes, de saber dançar melhor que branco. De morar onde moro. De me virar e arranjar algum para meu pai e minha mãe. Eles dois que me criaram com esforço e dignidade. Me fizeram um homem, homem mesmo. Se eu ainda fosse um desses veados safados podiam até falar. Aquilo é que é nojeira. Mas eu não tenho do que me envergonhar."
"Sexualidade não define caráter. O que eu faço na intimidade não é da conta de ninguém. Sou decente. Sou homem igual a qualquer outro. Ninguém se envergonha de estar ao meu lado. Sou másculo, não dou pinta, tenho um namorado sem trejeitos também. Não escandalizamos. Podemos frequentar qualquer ambiente. O problema são essas bichinhas afetadas, estes travestis que sujam a barra dos gays. Um horror."
Continua a girar:
"Se dou pinta é porque eu quero. Essa tropa enrustida de metidos a macho fala mal, mas faz as mesmas coisas que eu entre quatro paredes. E tem inveja do meu sucesso. Tenho jeans Diesel, perfumes Armani, óculos Roberto Cavalli. Até minhas sandálias de praia são de grife. Por isso, não me junto. Morram de inveja, bichas pobres, roupa de sulanca, classe D!"
E a roda vai girando, criando novos julgamentos, batendo neste e naquele, se aproveitando de ideias preconcebidas, crendices, rancores...
Você já teve um dia em que se assemelhou à vilã lá do Twitter, aquela babaca, estúpida, condenável, que te revoltou tanto quando jogou o ácido supercorrosivo do preconceito sobre seu orgulho? Você já destilou desprezo sobre alguém? Eu já.
Pense na fulana do Twitter, pense na queimadura, pense em como dói, pense em como cicatriza demorado.
Pense nela antes de carimbar, com raiva, agressão e afinco, loura de burra, rapaz rico de playboyzinho, negro de maloqueiro, gay de molestador devasso, gostosa de piranha, pobre de ignorante, sertanejo de atrasado, gente da capital de pedante.
Pense bem quando tua veia discriminatória, aquela que pulsa toda vez que vem o desejo de diminuir o outro pela ilusão de se autofortalecer, saltar.
Fonte: http://jc.uol.com.br/coluna/o-papo-e-pop/noticia/2010/11/05/preconceito-doi-cabra-da-peste-243240.php
Douglas Barros
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sábado, 6 de novembro de 2010
A poesia está morta? Viva a poesia!
Escrito por Fernando Monteiro
Hoje, o Brasil não apresenta poetas em listas de vendagens de nenhum tipo. Segundo os editores, poemas não vendem
São mais de 10 mil os poetas brasileiros em atividade neste momento. O número exato vai sendo atualizado pela carioca Leila Míccolis, numa espécie de censo, digamos, “poeternético”, no portal de literatura e cultura Blocos on Line.
“É muuuito poeta”, diria o desprezo intenso de nossa perplexidade. Apesar disso, as editoras do Brasil fogem de poesia como o diabo foge da cruz. Para elas, “livro de poesia” é algo indigesto, azarento e – numa palavra – maldito, porque “poesia não vende”, segundo a sentença unânime dos editores (mesmo que alguns nunca tenham experimentado incluir poetas nos seus catálogos de autores). Falsamente pesarosos, eles costumam balançar a cabeça, como se estivessem de fato lamentando: “Poemas, amigo, não vendem m-e-s-m-o”.
Leia a matéria na íntegra na edição 118 da Revista Continente.
outubro / 2010
Hoje, o Brasil não apresenta poetas em listas de vendagens de nenhum tipo. Segundo os editores, poemas não vendem
São mais de 10 mil os poetas brasileiros em atividade neste momento. O número exato vai sendo atualizado pela carioca Leila Míccolis, numa espécie de censo, digamos, “poeternético”, no portal de literatura e cultura Blocos on Line.
“É muuuito poeta”, diria o desprezo intenso de nossa perplexidade. Apesar disso, as editoras do Brasil fogem de poesia como o diabo foge da cruz. Para elas, “livro de poesia” é algo indigesto, azarento e – numa palavra – maldito, porque “poesia não vende”, segundo a sentença unânime dos editores (mesmo que alguns nunca tenham experimentado incluir poetas nos seus catálogos de autores). Falsamente pesarosos, eles costumam balançar a cabeça, como se estivessem de fato lamentando: “Poemas, amigo, não vendem m-e-s-m-o”.
Leia a matéria na íntegra na edição 118 da Revista Continente.
outubro / 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
INJUSTIÇAS DA LINGUA PORTUGUESA
A Sociedade Feminina Brasileira se queixa do
tratamento machista existente
na gramática portuguesa, e com razão...
Vejam os exemplos :
Cão ............ ......... ..melhor amigo do homem.
Cadela ............ .......puta.
Vagabundo ............ . homem que não faz nada.
Vagabunda ............ . puta.
Touro ............. ........homem forte.
Vaca ............ ......... .puta.
Pistoleiro ............ ...homem que mata pessoas.
Pistoleira.. .......... ......puta.
Aventureiro ......... ..homem que se arrisca,viajante,desbravador.
Aventureira ............ .puta.
Garoto de rua ..........menino pobre, que vive na rua,
um coitado.
Garota de rua ..........puta.
Homem da vida........ pessoa
letrada pela sabedoria adquirida ao longo da
vida.
Mulher da vida .......puta.
O galinha ............ ...o 'bonzão', que traça todas.
A Galinha ...............puta.
Tiozinho ............ .....irmão mais novo do pai.
Tiazinha ..................puta.
Feiticeiro ............ ...conhecedor de alquimias.
Feiticeira ............ ...puta.
Temer, Dilma, Ciro, Maluf, Lula, Jader Barbalho, Mercadante,
Renan Calheiros, Collor .........políticos.
A mãe deles ........... putas.
E pra finalizar...
Puto ..................... nervoso, irritado, bravo.
Puta .................... puta.
Depois de ler este e..mail:
O homem ................ vai sorrir.
A mulher ................. vai ficar puta...
Enviado por minha amiga Maria Nilce
tratamento machista existente
na gramática portuguesa, e com razão...
Vejam os exemplos :
Cão ............ ......... ..melhor amigo do homem.
Cadela ............ .......puta.
Vagabundo ............ . homem que não faz nada.
Vagabunda ............ . puta.
Touro ............. ........homem forte.
Vaca ............ ......... .puta.
Pistoleiro ............ ...homem que mata pessoas.
Pistoleira.. .......... ......puta.
Aventureiro ......... ..homem que se arrisca,viajante,desbravador.
Aventureira ............ .puta.
Garoto de rua ..........menino pobre, que vive na rua,
um coitado.
Garota de rua ..........puta.
Homem da vida........ pessoa
letrada pela sabedoria adquirida ao longo da
vida.
Mulher da vida .......puta.
O galinha ............ ...o 'bonzão', que traça todas.
A Galinha ...............puta.
Tiozinho ............ .....irmão mais novo do pai.
Tiazinha ..................puta.
Feiticeiro ............ ...conhecedor de alquimias.
Feiticeira ............ ...puta.
Temer, Dilma, Ciro, Maluf, Lula, Jader Barbalho, Mercadante,
Renan Calheiros, Collor .........políticos.
A mãe deles ........... putas.
E pra finalizar...
Puto ..................... nervoso, irritado, bravo.
Puta .................... puta.
Depois de ler este e..mail:
O homem ................ vai sorrir.
A mulher ................. vai ficar puta...
Enviado por minha amiga Maria Nilce
CRAVOS NEGROS
Mesmo agora
Sempre ouço as vindas e falas dos sábios homens das torres
Onde passaram a juventude a pensar. E, escutando,
Não encontrei o sal dos sussurros do meu amor,
O murmúrio das cores confusas, em que deitados
Ficávamos, quase adormecidos;
Eram palavras sábias, alegres palavras,
Lascivas como água, com o mel da ansiedade.
Mesmo agora
Não me esqueço que amei ciprestes e rosas,
As grandes montanhas azuis, as pequenas colinas cinzentas,
O marulho do mar. E houve um dia
Em que vi estranhos olhos e mãos como borboletas;
Por mim, as cotovias alçaram voo do timo ao amanhecer
E crianças vieram se banhar em pequenos córregos
Mesmo agora
Sei que saboreei o gosto intenso da vida
Erguendo taças de ouro no grande banquete.
Apenas por um momento fugaz e esquecido
Tive plenamente em meus olhos,
Desviados de meu amor,
A torrente alva da luz eterna...
(Poema sânscrito)
Sempre ouço as vindas e falas dos sábios homens das torres
Onde passaram a juventude a pensar. E, escutando,
Não encontrei o sal dos sussurros do meu amor,
O murmúrio das cores confusas, em que deitados
Ficávamos, quase adormecidos;
Eram palavras sábias, alegres palavras,
Lascivas como água, com o mel da ansiedade.
Mesmo agora
Não me esqueço que amei ciprestes e rosas,
As grandes montanhas azuis, as pequenas colinas cinzentas,
O marulho do mar. E houve um dia
Em que vi estranhos olhos e mãos como borboletas;
Por mim, as cotovias alçaram voo do timo ao amanhecer
E crianças vieram se banhar em pequenos córregos
Mesmo agora
Sei que saboreei o gosto intenso da vida
Erguendo taças de ouro no grande banquete.
Apenas por um momento fugaz e esquecido
Tive plenamente em meus olhos,
Desviados de meu amor,
A torrente alva da luz eterna...
(Poema sânscrito)
sábado, 30 de outubro de 2010
A MINHA ALMA, FUGIU PELA TORRE EIFFEL ACIMA
A escritora Lucila Nogueira organizou uma coletânea do poeta português Mário Sá-Carneiro para a Editora Global, onde destaca o lado surrealista e underground da sua poética.
A MINHA ALMA, FUGIU PELA TORRE EIFFEL ACIMA
A minha Alma, fugiu pela Torre Eiffel acima,
- A verdade é esta, não nos criemos mais ilusões
- Fugiu, mas foi apanhada pela antena da TSF
Que a transmitiu pelo infinito em ondas hertzianas…
(Em todo o caso que belo fim para a minha Alma)!...
Agosto de 1915
MSC
Mário de Sá-Carneiro nasceu no dia 19 de Maio de 1890 em Lisboa. Tendo perdido a mãe muito cedo, e estando o pai ausente, foi viver com os avós para uma quinta em Camarate. Aí começou a desenvolver uma sensibilidade complexa, atraída pelo mistério e pelo medo. Aos 9 anos morreu-lhe a avó, tendo ficado a cargo do avô. Começou a escrever pequenas peças de teatro e as primeiras poesias. Fascinado por temas como a loucura e o suicídio, a sua primeira peça, Amizade (publicada em 1912), escrita de parceria com Tomás Cabreira Júnior, ficou marcada pelo suicídio deste no dia 9 de Janeiro de 1911, com um tiro de pistola na cabeça, no pátio do Liceu de S. Domingos. Entretanto, Sá-Carneiro foi dando à estampa algumas novelas e o seu primeiro livro de poemas: Dispersão (1914). Muito se tem escrito sobre as obsessões literárias do poeta: loucura, suicídio, um certo kitsch, narcisismo, homossexualismo velado, delírio, etc. Mário de Sá-Carneiro passou os últimos anos da sua vida entre Lisboa e Paris, levando uma vida de boémia. Suicidou-se a 26 de Abril de 1916.
A MINHA ALMA, FUGIU PELA TORRE EIFFEL ACIMA
A minha Alma, fugiu pela Torre Eiffel acima,
- A verdade é esta, não nos criemos mais ilusões
- Fugiu, mas foi apanhada pela antena da TSF
Que a transmitiu pelo infinito em ondas hertzianas…
(Em todo o caso que belo fim para a minha Alma)!...
Agosto de 1915
MSC
Mário de Sá-Carneiro nasceu no dia 19 de Maio de 1890 em Lisboa. Tendo perdido a mãe muito cedo, e estando o pai ausente, foi viver com os avós para uma quinta em Camarate. Aí começou a desenvolver uma sensibilidade complexa, atraída pelo mistério e pelo medo. Aos 9 anos morreu-lhe a avó, tendo ficado a cargo do avô. Começou a escrever pequenas peças de teatro e as primeiras poesias. Fascinado por temas como a loucura e o suicídio, a sua primeira peça, Amizade (publicada em 1912), escrita de parceria com Tomás Cabreira Júnior, ficou marcada pelo suicídio deste no dia 9 de Janeiro de 1911, com um tiro de pistola na cabeça, no pátio do Liceu de S. Domingos. Entretanto, Sá-Carneiro foi dando à estampa algumas novelas e o seu primeiro livro de poemas: Dispersão (1914). Muito se tem escrito sobre as obsessões literárias do poeta: loucura, suicídio, um certo kitsch, narcisismo, homossexualismo velado, delírio, etc. Mário de Sá-Carneiro passou os últimos anos da sua vida entre Lisboa e Paris, levando uma vida de boémia. Suicidou-se a 26 de Abril de 1916.
Dilma lidera com 50,3% e Serra tem 37,6%
ELEIÇÕES 2010
Pernambuco - 30.10.10 - Atualizado às 20h22
20:24:25
Pesquisa // CNT/Sensus
Dilma lidera com 50,3% e Serra tem 37,6% em pesquisa divulgada este sábado
Publicado em 30.10.2010, às 17h53
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 50,3% das intenções de voto, ante 37,6% das intenções no candidato José Serra (PSDB), segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada neste sábado.
Na pesquisa anterior, divulgada no dia 27, Dilma tinha 51,9% da preferência dos eleitores, enquanto Serra era o preferido de 36,7%.
Considerando-se apenas os votos válidos, ou seja, excluindo-se nulos e brancos e redistribuindo-se os indecisos proporcionalmente, Dilma tem 57,2% (58,6% no levantamento anterior) e Serra, 42,8% (ante 41,4%).
A rejeição à candidata petista subiu para 34,1% do eleitorado, ante 32,5% no levantamento anterior. Já a rejeição a Serra recuou de 43% para 41,7%.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais, para baixo ou para cima.
O levantamento foi feito com 2 mil eleitores, entre os dias 28 e 29 de outubro, em 136 municípios e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 37919/2010.
Fonte: Agência Estado
Pernambuco - 30.10.10 - Atualizado às 20h22
20:24:25
Pesquisa // CNT/Sensus
Dilma lidera com 50,3% e Serra tem 37,6% em pesquisa divulgada este sábado
Publicado em 30.10.2010, às 17h53
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, tem 50,3% das intenções de voto, ante 37,6% das intenções no candidato José Serra (PSDB), segundo pesquisa CNT/Sensus divulgada neste sábado.
Na pesquisa anterior, divulgada no dia 27, Dilma tinha 51,9% da preferência dos eleitores, enquanto Serra era o preferido de 36,7%.
Considerando-se apenas os votos válidos, ou seja, excluindo-se nulos e brancos e redistribuindo-se os indecisos proporcionalmente, Dilma tem 57,2% (58,6% no levantamento anterior) e Serra, 42,8% (ante 41,4%).
A rejeição à candidata petista subiu para 34,1% do eleitorado, ante 32,5% no levantamento anterior. Já a rejeição a Serra recuou de 43% para 41,7%.
A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos porcentuais, para baixo ou para cima.
O levantamento foi feito com 2 mil eleitores, entre os dias 28 e 29 de outubro, em 136 municípios e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 37919/2010.
Fonte: Agência Estado
domingo, 24 de outubro de 2010
Festa do Sintepe será realizada sexta-feira (22)
Escrito por Anna Maria Salustiano
Seg, 18 de Outubro de 2010 13:14
Em virtude dos 20 anos do Sintepe e do Dia do Professor, o sindicato convida os trabalhadores em educação da rede estadual para na próxima sexta-feira (22), comparecerem ao Sport Club do Recife.
A festa será animada por Adilson Ramos e Orquestra Super Ohara e está marcada para começar às 22h. Os sócios podem passar no Sintepe das 8h às 17h e pegar a senha. Cada um pode pegar três senhas. A festa foi pensada para que a categoria comemore os 20 anos da entidade em um clima de descontração é o que diz o diretor de imprensa, Zélito Passavante "Esperamos que os trabalhadores compareçam e se divirtam com a chegada de mais um fim de ano". Na ocasião, os presentes conhecerão os vencedores do 2° Concurso de Poesia do Sintepe. Este ano, o tema foi 20 anos de lutas e história.
Arte: Josévio Anacleto
Seg, 18 de Outubro de 2010 13:14
Em virtude dos 20 anos do Sintepe e do Dia do Professor, o sindicato convida os trabalhadores em educação da rede estadual para na próxima sexta-feira (22), comparecerem ao Sport Club do Recife.
A festa será animada por Adilson Ramos e Orquestra Super Ohara e está marcada para começar às 22h. Os sócios podem passar no Sintepe das 8h às 17h e pegar a senha. Cada um pode pegar três senhas. A festa foi pensada para que a categoria comemore os 20 anos da entidade em um clima de descontração é o que diz o diretor de imprensa, Zélito Passavante "Esperamos que os trabalhadores compareçam e se divirtam com a chegada de mais um fim de ano". Na ocasião, os presentes conhecerão os vencedores do 2° Concurso de Poesia do Sintepe. Este ano, o tema foi 20 anos de lutas e história.
Arte: Josévio Anacleto
10 coisas que devemos fazer para garantir a vitória da Dilma
Postado por Emir Sader em seu blog às 05h03 no site www.cartamaior.com.br
1. Conversar com quem não pretende votar nela, argumentar sobre as razões pelas quais você vai votar, ouvir as razões do voto da pessoa e contra argumentar.
2. Sair com plásticos, bandeiras, bottons, tudo o que identifique nosso voto.
3. Acionar redes de internet com freqüência, reenviar mensagens, responder outras, escrever e mandar - em suma, fazer circular ao máximo as mensagens que acredita que possam favorecer o voto na Dilma.
4. Denunciar sistematicamente, multiplicando pelos endereços já existentes, a rede de calúnias que a direita continua a fazer circular.
5. Fazer circular especificamente as declarações da Dilma e do Lula.
6. Tomar a iniciativa de marcar atividades - seja com grupos de propaganda nas ruas, seja em debates nos setores onde exista certo número de indecisos, de gente que pensa votar em branco ou passível de ser convencido do voto pela Dilma.
7. Fazer campanha sistematicamente para que as pessoas votem, só viajando depois de fazê-lo, caso pensem viajar.
8. Ir votar, se possível, com algo de vermelho na roupa.
9. Reiterar a necessidade dos eleitores terem que levar algum documento com foto.
10. Não nos fiarmos nas expectativas geradas pelas pesquisas e disputar votos até o último momento, para garantirmos a vitória da Dilma.
1. Conversar com quem não pretende votar nela, argumentar sobre as razões pelas quais você vai votar, ouvir as razões do voto da pessoa e contra argumentar.
2. Sair com plásticos, bandeiras, bottons, tudo o que identifique nosso voto.
3. Acionar redes de internet com freqüência, reenviar mensagens, responder outras, escrever e mandar - em suma, fazer circular ao máximo as mensagens que acredita que possam favorecer o voto na Dilma.
4. Denunciar sistematicamente, multiplicando pelos endereços já existentes, a rede de calúnias que a direita continua a fazer circular.
5. Fazer circular especificamente as declarações da Dilma e do Lula.
6. Tomar a iniciativa de marcar atividades - seja com grupos de propaganda nas ruas, seja em debates nos setores onde exista certo número de indecisos, de gente que pensa votar em branco ou passível de ser convencido do voto pela Dilma.
7. Fazer campanha sistematicamente para que as pessoas votem, só viajando depois de fazê-lo, caso pensem viajar.
8. Ir votar, se possível, com algo de vermelho na roupa.
9. Reiterar a necessidade dos eleitores terem que levar algum documento com foto.
10. Não nos fiarmos nas expectativas geradas pelas pesquisas e disputar votos até o último momento, para garantirmos a vitória da Dilma.
sábado, 16 de outubro de 2010
2º Concurso de Poesia do SINTEPE
Gente, estou divulgando o resultado do concurso de poesia do Sintepe, promovido pelo Interpoética.
Vencedores do 2º Concurso de Poesia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco – SINTEPE em homenagem aos seus 20 anos de luta
Categoria dos Trabalhadores em Educação da Rede Estadual de Pernambuco
1º Colocado
Samuel de Souza Neto (Recife/PE)
Poema: Antiga Luta
2º Colocado
Leônia Maria Malta de Souza (Recife/PE)
Poema: Idiossincrasias
3º Colocado
Paulo Roberto dos Passos e Silva (São José do Egito/PE)
Poema: Vinte anos de mobilização
Classificados para publicação no livro do Concurso
Ana Paula Andrade de Oliveira (Recife/PE)
Poema: Meu nome é inclusão
Antonio Veloso de Araújo (Aliança/PE)
Poema: Ânsia
Carlos Alberto de Assis Cavalcanti (Arcoverde/PE)
Poema: Histórico escolar
Cármen Beatriz dos Passos e Silva Leite (Recife/PE)
Poema: Bordados de lutas
Cláudia Rejane dos Passos e Silva (São José do Egito/PE)
Poema: Vinte anos de sonhos e de glória
Dalexon Sérgio da Silva (Paulista/PE)
Poema: Professores de programas
Edilson Costa de Souza (Bonito/PE)
Poema: O peito como seta
Ivan Marinho de Barros Filho (Recife/PE)
Poema: Professor em Pernambuco
João Cavalcanti Ribeiro Júnior (Olinda/PE)
Poema: APENOPE (Rap)
Luciano Batista de França (Paulista/PE)
Poema: Aluno e Professor
Maria do Socorro Tavares Ferreira (Exu/PE)
Poema: Guerreiro SINTEPE
Maria Luciane da Silva Vasconcelos (Recife/PE)
Poema: Fala educador...
Marinaldo Alves de Lima (Olinda/PE)
Poema: A última aula
Milton da Silva Junior (Recife/PE)
Poema: De que cor será sentir?
Odailta Alves da Silva (Recife/PE)
Poema: Ao meu Mestre
Regina Maria Alcântara de Carvalho (Paulista/PE)
Poema: Ladainha grevista
Robervânio Luciano (Belo Jardim/PE)
Poema: Sofressor
Categoria do Público em Geral
1º Colocado
Lucas Jerzy Portela Silva (Salvador/BA)
Poema: e <> e
2º Colocado
Walter Moreira Santos (Vitória de Santo Antão/PE)
Poema: Herança
3º Colocado
Rafael de Freitas Silva (Queimados/RJ)
Poema: Caixa de leite
Vencedores do 2º Concurso de Poesia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco – SINTEPE em homenagem aos seus 20 anos de luta
Categoria dos Trabalhadores em Educação da Rede Estadual de Pernambuco
1º Colocado
Samuel de Souza Neto (Recife/PE)
Poema: Antiga Luta
2º Colocado
Leônia Maria Malta de Souza (Recife/PE)
Poema: Idiossincrasias
3º Colocado
Paulo Roberto dos Passos e Silva (São José do Egito/PE)
Poema: Vinte anos de mobilização
Classificados para publicação no livro do Concurso
Ana Paula Andrade de Oliveira (Recife/PE)
Poema: Meu nome é inclusão
Antonio Veloso de Araújo (Aliança/PE)
Poema: Ânsia
Carlos Alberto de Assis Cavalcanti (Arcoverde/PE)
Poema: Histórico escolar
Cármen Beatriz dos Passos e Silva Leite (Recife/PE)
Poema: Bordados de lutas
Cláudia Rejane dos Passos e Silva (São José do Egito/PE)
Poema: Vinte anos de sonhos e de glória
Dalexon Sérgio da Silva (Paulista/PE)
Poema: Professores de programas
Edilson Costa de Souza (Bonito/PE)
Poema: O peito como seta
Ivan Marinho de Barros Filho (Recife/PE)
Poema: Professor em Pernambuco
João Cavalcanti Ribeiro Júnior (Olinda/PE)
Poema: APENOPE (Rap)
Luciano Batista de França (Paulista/PE)
Poema: Aluno e Professor
Maria do Socorro Tavares Ferreira (Exu/PE)
Poema: Guerreiro SINTEPE
Maria Luciane da Silva Vasconcelos (Recife/PE)
Poema: Fala educador...
Marinaldo Alves de Lima (Olinda/PE)
Poema: A última aula
Milton da Silva Junior (Recife/PE)
Poema: De que cor será sentir?
Odailta Alves da Silva (Recife/PE)
Poema: Ao meu Mestre
Regina Maria Alcântara de Carvalho (Paulista/PE)
Poema: Ladainha grevista
Robervânio Luciano (Belo Jardim/PE)
Poema: Sofressor
Categoria do Público em Geral
1º Colocado
Lucas Jerzy Portela Silva (Salvador/BA)
Poema: e <> e
2º Colocado
Walter Moreira Santos (Vitória de Santo Antão/PE)
Poema: Herança
3º Colocado
Rafael de Freitas Silva (Queimados/RJ)
Poema: Caixa de leite
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Pela manhã, recebi uma ligação que me deixou surpresa, impactada e até agora estou sem acreditar. Tirei em segundo lugar no concurso de poesia do Sintepe, que será divulgado no dia 22/10 na festa de 20 anos do sindicato. Estava muito ansiosa para chegar em casa e ler o trabalho para poder acreditar. Em primeira mão:
IDIOSSINCRASIAS
Eva não viu só a uva
Ela viu a Pisa
Ela viu a montanha
Viu o piso no cume
Ela viu a ave
E pensou que via
A vida na passagem
E no cotidiano inteira
Ela via não só a uva
Via a ave
Via a avó
Que não comia a pizza
Que não caminhava só
Eva não via só a uva
Ela sorvia...
Ela só via
A parreira inteira.
IDIOSSINCRASIAS
Eva não viu só a uva
Ela viu a Pisa
Ela viu a montanha
Viu o piso no cume
Ela viu a ave
E pensou que via
A vida na passagem
E no cotidiano inteira
Ela via não só a uva
Via a ave
Via a avó
Que não comia a pizza
Que não caminhava só
Eva não via só a uva
Ela sorvia...
Ela só via
A parreira inteira.
sábado, 9 de outubro de 2010
A minha infância foi maravilhosa e ainda hoje guardo marcas das trelas e do incansável mundo das brincadeiras. Morro de pena das crianças de hoje que passam horas diante de aparelhos eletrônicos, não sabem correr, se divertir...éramos realmente muito mais felizes! Encontrei um texto de Cecília Meireles sobre infância, que destaco abaixo:
Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica,onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde, foi nessa área que os livros se abriram e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano.
Cecília Meireles
Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica,onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde, foi nessa área que os livros se abriram e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano.
Cecília Meireles
sábado, 2 de outubro de 2010
Voto consciente ou obrigatório?
Amanhã é dia de eleição. Escolheremos candidatos a presidente, dois senadores, governador, deputados estaduais e federais. Estou ainda insegura quanto a opção para presidente e também quanto a deputado estadual, embora já tenha preenchido a minha fila.
É um dia decisivo em que escolheremos nossos representantes no legislativo e no congresso nacional. Nesse país de milhões de analfabetos, iletrados e dependentes das esmolas do governo (auxílio moradia, vale gás, bolsa família, bolsa escola...), onde a maioria das pessoas não sabe discernir entre o certo e o duvidoso, que seguem o que mostra as pesquisas, podem amanhã escolher um palhaço - Tiririca - para a função de legislar, podem aprovar candidatos com a ficha suja, por conta da indecisão do Supremo Tribunal Federal sobre a aplicabilidade da Lei e um candidato ao governo (DF) que substituiu o seu registro pelo da esposa por também ter sido barrado pela Ficha Limpa.
Se não podemos esperar voto consciente, pelo menos que haja um mínimo de bom senso nas escolhas.
É um dia decisivo em que escolheremos nossos representantes no legislativo e no congresso nacional. Nesse país de milhões de analfabetos, iletrados e dependentes das esmolas do governo (auxílio moradia, vale gás, bolsa família, bolsa escola...), onde a maioria das pessoas não sabe discernir entre o certo e o duvidoso, que seguem o que mostra as pesquisas, podem amanhã escolher um palhaço - Tiririca - para a função de legislar, podem aprovar candidatos com a ficha suja, por conta da indecisão do Supremo Tribunal Federal sobre a aplicabilidade da Lei e um candidato ao governo (DF) que substituiu o seu registro pelo da esposa por também ter sido barrado pela Ficha Limpa.
Se não podemos esperar voto consciente, pelo menos que haja um mínimo de bom senso nas escolhas.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A primavera chegou, mas aqui em Recife é verão mesmo, com o sol tinindo, queimando até os miolos. Não gosto muito dessa quenthura toda, mas é um clima que mexe com os sentidos. Lembra aquela música "quando chega o verão/ é um desasossego dentro do meu coração/quem ama sofre/quem não ama sofre mais/sofre a menina/sofre o rapaz/sofre a menina/sofre o rapaz..."
sábado, 18 de setembro de 2010
Estou concorrendo a ingressos para o show dessa grande diva que é Maria Bethânia...
Em 2009, Bethânia colocou no mercado dois discos: “Encanteria” e “Tua”. O repertório do show é fruto desses últimos álbuns, que foram gravados entre março e junho do ano passado. O primeiro trabalho da cantora traz um repertório de canções de amor; já o segundo de celebração e festa. Nas gravações, Bethânia ganhou a companhia de três vozes ilustres. Gilberto Gil e Caetano Veloso dividiram com ela os vocais em Saudade Dela (Roberto Mendes e Nizaldo Costa) em homenagem a Dona Edith do Prato, que faleceu no início do ano. Já Lenine gravou Saudade, primeira parceria de Chico César e Moska, feita especialmente para ela.
Amor, festa e devoção são o mote destes dois trabalhos. “São palavras que me dão norte e que têm como subtexto a fé, a esperança e a caridade, características fortes em minha mãe”, explica Bethânia – que dedica o show à Dona Canô. “Isso explica a energia e o seu espírito para com a vida, os seus 102 anos. Tudo isso são aprendizados para mim. Só agora consigo traduzir em música, intenção e gesto tudo que ela representa para mim”, comenta Bethânia.
Com direção e cenário de Bia Lessa e roteiro da própria Bethânia, em parceria com Fauzi Arap, no show predomina o repertório destes CDs ao lado de canções já conhecidas de Chico Buarque, Milton Nascimento e Vinicius de Moraes, entre outros, – algumas inéditas na sua voz. Lauro Escorel, premiado diretor de fotografia de cinema, assina a iluminação do show.
Matéria do site www.novabrasilfm.com.br
Em 2009, Bethânia colocou no mercado dois discos: “Encanteria” e “Tua”. O repertório do show é fruto desses últimos álbuns, que foram gravados entre março e junho do ano passado. O primeiro trabalho da cantora traz um repertório de canções de amor; já o segundo de celebração e festa. Nas gravações, Bethânia ganhou a companhia de três vozes ilustres. Gilberto Gil e Caetano Veloso dividiram com ela os vocais em Saudade Dela (Roberto Mendes e Nizaldo Costa) em homenagem a Dona Edith do Prato, que faleceu no início do ano. Já Lenine gravou Saudade, primeira parceria de Chico César e Moska, feita especialmente para ela.
Amor, festa e devoção são o mote destes dois trabalhos. “São palavras que me dão norte e que têm como subtexto a fé, a esperança e a caridade, características fortes em minha mãe”, explica Bethânia – que dedica o show à Dona Canô. “Isso explica a energia e o seu espírito para com a vida, os seus 102 anos. Tudo isso são aprendizados para mim. Só agora consigo traduzir em música, intenção e gesto tudo que ela representa para mim”, comenta Bethânia.
Com direção e cenário de Bia Lessa e roteiro da própria Bethânia, em parceria com Fauzi Arap, no show predomina o repertório destes CDs ao lado de canções já conhecidas de Chico Buarque, Milton Nascimento e Vinicius de Moraes, entre outros, – algumas inéditas na sua voz. Lauro Escorel, premiado diretor de fotografia de cinema, assina a iluminação do show.
Matéria do site www.novabrasilfm.com.br
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Estive pensando em ausências, nas minhas e dos outros para comigo. Até que ponto estou presente na vida das pessoas com as quais convivo, sem que a ausência se instale? Encontrei um poema do Drummond tão convincente, que estou trazendo para ilustrar, vejam:
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Dia da independência, protestos no Grito dos Excluídos, sarau no Mercado da Boa Vista. Saí meio forçada para me encontrar com Claudênia e Elizabeth que já havia ligado milhares de vezes. Dei uma passada meteórica, alguns minutos, apenas para dar o ar da graça. Encontrei Paulo André, um amigo que não via há muito tempo, vi outras caras conhecidas, mas não estava com clima, era demais fingir contentamento. Achei melhor sair com meu amigo, procurar algo para fazer lá fora, ir ao cinema, até tentei... achei melhor esperar o ônibus e voltar para casa, era muito cedo ainda para qualquer outra coisa. Encontrei um texto de Paulo Coelho bem apropriado, vejam:
A Lição da Borboleta
"Um homem estava observando, horas a fio, uma borboleta
esforçando-se para sair do casulo. Ela conseguiu fazer um pequeno buraco, mas seu corpo era grande demais para passar por ali. Depois de muito tempo, ela pareceu ter perdido as forças, e ficou imóvel.O homem, então, decidiu ajudar a borboleta; com uma tesoura, abriu o restante do casulo, e libertando-a imediatamente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observá-la, esperando que, a qualquer momento, suas asas dela se abrissem e ela levantasse vôo. Mas nada disso aconteceu; na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas, incapaz de voar. O que o homem - em sua gentileza e vontade de ajudar - não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura, foi o modo escolhido pela natureza para exercitá-la e fortalecer suas asas.Algumas vezes, um esforço extra é justamente o que nos prepara para o próximo obstáculo a ser enfrentado. Quem se recusa a fazer este esforço, ou quem tem uma ajuda errada, termina sem condições de vencer a batalha seguinte, e jamais consegue voar até o seu destino".
Paulo Coelho
A Lição da Borboleta
"Um homem estava observando, horas a fio, uma borboleta
esforçando-se para sair do casulo. Ela conseguiu fazer um pequeno buraco, mas seu corpo era grande demais para passar por ali. Depois de muito tempo, ela pareceu ter perdido as forças, e ficou imóvel.O homem, então, decidiu ajudar a borboleta; com uma tesoura, abriu o restante do casulo, e libertando-a imediatamente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observá-la, esperando que, a qualquer momento, suas asas dela se abrissem e ela levantasse vôo. Mas nada disso aconteceu; na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas, incapaz de voar. O que o homem - em sua gentileza e vontade de ajudar - não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura, foi o modo escolhido pela natureza para exercitá-la e fortalecer suas asas.Algumas vezes, um esforço extra é justamente o que nos prepara para o próximo obstáculo a ser enfrentado. Quem se recusa a fazer este esforço, ou quem tem uma ajuda errada, termina sem condições de vencer a batalha seguinte, e jamais consegue voar até o seu destino".
Paulo Coelho
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
90 CLASSICOS PARA APRESSADINHOS
Com texto de Thomas Wengelewski e traço de Henrik Lange, o livro 90 Livros Clássicos Para Apressadinhos é uma boa saída para quem deseja ficar por dentro das maiores obras literárias já publicadas, mas não tem muito tempo ou paciência para leitura.
Veja o resultado de alguns clássicos em quadrinhos.
O título resume publicações como Romeu e Julieta, de William Shakespeare, Drácula, de Bram Stoker, e até a Bíblia em apenas quatro quadrinhos. O resultado, claro, não chega perto das obras originais, mas é divertido e autêntico.
O sueco Henrik Lange começou a publicar seus quadrinhos na década de 1990, mas se tornou mundialmente conhecido quando começou a série 90 Clássicos, que disseca as principais obras-primas da literatura em apenas quatro quadrinhos sintéticos. O livro, lançado em 25 de junho no Brasil, é a sua primeira obra traduzida no país. Lange também produziu, no mesmo estilo, 90 Filmes Clássicos para Apressadinhos, que deve chegar às lojas breve.
90 Livros Clássicos Para Apressadinhos
Henrik Lange e Thomas Wengelewski
Grupo Editorial Record/Galera
Preço: R$ 26,90 (192 páginas)
Com texto de Thomas Wengelewski e traço de Henrik Lange, o livro 90 Livros Clássicos Para Apressadinhos é uma boa saída para quem deseja ficar por dentro das maiores obras literárias já publicadas, mas não tem muito tempo ou paciência para leitura.
Veja o resultado de alguns clássicos em quadrinhos.
O título resume publicações como Romeu e Julieta, de William Shakespeare, Drácula, de Bram Stoker, e até a Bíblia em apenas quatro quadrinhos. O resultado, claro, não chega perto das obras originais, mas é divertido e autêntico.
O sueco Henrik Lange começou a publicar seus quadrinhos na década de 1990, mas se tornou mundialmente conhecido quando começou a série 90 Clássicos, que disseca as principais obras-primas da literatura em apenas quatro quadrinhos sintéticos. O livro, lançado em 25 de junho no Brasil, é a sua primeira obra traduzida no país. Lange também produziu, no mesmo estilo, 90 Filmes Clássicos para Apressadinhos, que deve chegar às lojas breve.
90 Livros Clássicos Para Apressadinhos
Henrik Lange e Thomas Wengelewski
Grupo Editorial Record/Galera
Preço: R$ 26,90 (192 páginas)
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Encontrei um poema do Affonso Romano de Sant'Anna com um tom nostálgico, que nos remete à reflexão, a valorizar muito as singelezas de tudo que nos cerca, antes de perdê-las...
Despedida
Affonso Romano de Sant'Anna
Começo a olhar as coisas
como quem, se despedindo, se
surpreende
com a singularidade
que cada coisa tem
de ser e estar.
Um beija-flor no entardecer
desta montanha
a meio metro de mim, tão
íntimo,
essas flores às quatro horas da
tarde, tão cúmplices,
a umidade da grama na sola
dos pés, as estrelas
daqui a pouco, que intimidade
tenho com as estrelas
quanto mais habito a noite!
Nada mais é gratuito, tudo é
ritual
Começo a amar as coisas
com o desprendimento que só
têm os que amando tudo o que
perderam
já não mentem.
Despedida
Affonso Romano de Sant'Anna
Começo a olhar as coisas
como quem, se despedindo, se
surpreende
com a singularidade
que cada coisa tem
de ser e estar.
Um beija-flor no entardecer
desta montanha
a meio metro de mim, tão
íntimo,
essas flores às quatro horas da
tarde, tão cúmplices,
a umidade da grama na sola
dos pés, as estrelas
daqui a pouco, que intimidade
tenho com as estrelas
quanto mais habito a noite!
Nada mais é gratuito, tudo é
ritual
Começo a amar as coisas
com o desprendimento que só
têm os que amando tudo o que
perderam
já não mentem.
Entrei em gozo de licença prêmio da rede estadual durante um mes. Já estou pensando em todos os lugares que gostaria de conhecer, de ir, como o polo cultural da Rua do Lima, os quais irei relacionar agora:
1- NAVE, espaço para jovens e é bom ir arrumadinha. Fica no número 210.
2- Banquete, oferece almoço de segunda a sábado e funciona no Nº 195
3- Para não cair totalmente na boemia, é bom passar pela Igreja Nossa Senhora da Piedade.
4- Tem ainda o famoso Quintal do Lima, Nº 100
5- Acre, é loja, restaurante e palco para shows, abrindo diariamente das 10h às 22h
6- Espaço MUDA,Nº 280 (ao lado da TV Jornal), funciona de terça a domingo das 18h à 1h,
sexta e sábado, das 18h às 2h e no domingo, de acordo com a programação
1- NAVE, espaço para jovens e é bom ir arrumadinha. Fica no número 210.
2- Banquete, oferece almoço de segunda a sábado e funciona no Nº 195
3- Para não cair totalmente na boemia, é bom passar pela Igreja Nossa Senhora da Piedade.
4- Tem ainda o famoso Quintal do Lima, Nº 100
5- Acre, é loja, restaurante e palco para shows, abrindo diariamente das 10h às 22h
6- Espaço MUDA,Nº 280 (ao lado da TV Jornal), funciona de terça a domingo das 18h à 1h,
sexta e sábado, das 18h às 2h e no domingo, de acordo com a programação
sábado, 28 de agosto de 2010
Faz tempo estava pensando em fazer uma arrumação em cASa. Adoro fazer isso, separar, jogar fora ou fazer doações. Diminui o pó, tudo fica mais leve, bem resolvido, além de ser uma atitude ecológica e politicamente correta.Outro dia, fiz isso. Pretendia doar às vitimas das enchentes e até levei umas peças para o posto de arrecadação do Derby.
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Gente, está acontecendo muito agito na cidade e como sinto não poder participar de todos, pelo menos fica a memória.
8º Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz
O 8º Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz, que acontece de 22 a 29 de agosto, conta com a participação da produtora Nós Pós, responsável pela curadoria e produção de um versátil recital performático com a presença de grandes nomes na literatura contemporânea, dia 27/09/2010 a partir das 20h30, na Rua da Moeda.
Leia mais e veja a programação completa do Festival em nospos.blogspot.com.
Recital performático Nós Pós
Dia 27/09/2010 - 20h30
Rua da Moeda - Recife Antigo
Aberto ao público
Projeto Engolindo Sapos - parte III
A produtora Nós Pós apresenta, dia 01/09/2010, a terceira edição do projeto Engolindo Sapos, no Espaço Pasárgada, às 19h30. O evento fecha a trilogia de diálogos sob o tema "Os contemporâneos e suas misturas - experiências e experimentos". O bate papo - que terá um momento de participação do público - desta vez será com Marcelo Sena, bacharel em Comunicação Social, habilitação Jornalismo, bailarino, coreógrafo, professor de dança e músico, fundador e diretor da companhia de dança Cia. Etc.; Renata Pimentel, Doutora em Teoria da Literatura, que dedica-se a pesquisas nas áreas de literatura, com ênfase em brasileira e latinoamericana, crítica textual, teoria literária, dramaturgia e tem trabalhos, também, ligados à área de dança; e o jornalista, poeta e compositor Marco Polo (ex-Ave Sangria e atualmente editor da revista Continete Multicultural).
Na ocasião a Cia. Etc.estará comercializando a Coletânea 10 Anos, composta pelo livro Pele e Ossos, que contém textos produzidos por Giorrdani Gorki (Kiran), José W Junior e Marcelo Sena durante a Pesquisa Prática Pele e Ossos e o DVD do projeto de 10 anos da Cia. Etc. (contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2007), que reúne o registro audiovisual dos três espetáculos apresentados no projeto: Silêncio (2004), Corpo-Massa: Pele e Ossos (2007) e Imagens Não Explodidas (2008), do documentário Dança Aí! e de três produções de videodanças: Súbito (2009), Sobre (2009) e Maxixe (2010).
Saiba mais sobre a Coletânea 10 Anos, da Cia. Etc. em nospos.blogspot.com.
O projeto Engolindo Sapos tem apoio da Fundarpe e UBE-PE.
Projeto Engolindo Sapos - parte III
Dia 01/09/2010 (quarta-feira) - 19h30
Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 - Boa Vsita)
Entrada gratuita
Sarau da Independência
O evento, que conta com a presença de grandes figuras como Alan Sales e Adiel Luna, acontecerá dias 06 (a partir das 19h) e 07 (a partir de 11h), no Pátio de Santa Cruz e Mercado da Boa Vista respectivamente.
A produtora Nós Pós levará os poetas Israel Lira, Jorge do Improviso, Roberto Queiroz e os escritores Jhonatan Sodré e Cláudia Trevisan para o Mercado, a partir das 13h.
Sarau da Independência
Dia 07/09/2010 (terça-feira) - 13h
Mercado da Boa Vista
Aberto ao público
8º Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz
O 8º Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz, que acontece de 22 a 29 de agosto, conta com a participação da produtora Nós Pós, responsável pela curadoria e produção de um versátil recital performático com a presença de grandes nomes na literatura contemporânea, dia 27/09/2010 a partir das 20h30, na Rua da Moeda.
Leia mais e veja a programação completa do Festival em nospos.blogspot.com.
Recital performático Nós Pós
Dia 27/09/2010 - 20h30
Rua da Moeda - Recife Antigo
Aberto ao público
Projeto Engolindo Sapos - parte III
A produtora Nós Pós apresenta, dia 01/09/2010, a terceira edição do projeto Engolindo Sapos, no Espaço Pasárgada, às 19h30. O evento fecha a trilogia de diálogos sob o tema "Os contemporâneos e suas misturas - experiências e experimentos". O bate papo - que terá um momento de participação do público - desta vez será com Marcelo Sena, bacharel em Comunicação Social, habilitação Jornalismo, bailarino, coreógrafo, professor de dança e músico, fundador e diretor da companhia de dança Cia. Etc.; Renata Pimentel, Doutora em Teoria da Literatura, que dedica-se a pesquisas nas áreas de literatura, com ênfase em brasileira e latinoamericana, crítica textual, teoria literária, dramaturgia e tem trabalhos, também, ligados à área de dança; e o jornalista, poeta e compositor Marco Polo (ex-Ave Sangria e atualmente editor da revista Continete Multicultural).
Na ocasião a Cia. Etc.estará comercializando a Coletânea 10 Anos, composta pelo livro Pele e Ossos, que contém textos produzidos por Giorrdani Gorki (Kiran), José W Junior e Marcelo Sena durante a Pesquisa Prática Pele e Ossos e o DVD do projeto de 10 anos da Cia. Etc. (contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2007), que reúne o registro audiovisual dos três espetáculos apresentados no projeto: Silêncio (2004), Corpo-Massa: Pele e Ossos (2007) e Imagens Não Explodidas (2008), do documentário Dança Aí! e de três produções de videodanças: Súbito (2009), Sobre (2009) e Maxixe (2010).
Saiba mais sobre a Coletânea 10 Anos, da Cia. Etc. em nospos.blogspot.com.
O projeto Engolindo Sapos tem apoio da Fundarpe e UBE-PE.
Projeto Engolindo Sapos - parte III
Dia 01/09/2010 (quarta-feira) - 19h30
Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 - Boa Vsita)
Entrada gratuita
Sarau da Independência
O evento, que conta com a presença de grandes figuras como Alan Sales e Adiel Luna, acontecerá dias 06 (a partir das 19h) e 07 (a partir de 11h), no Pátio de Santa Cruz e Mercado da Boa Vista respectivamente.
A produtora Nós Pós levará os poetas Israel Lira, Jorge do Improviso, Roberto Queiroz e os escritores Jhonatan Sodré e Cláudia Trevisan para o Mercado, a partir das 13h.
Sarau da Independência
Dia 07/09/2010 (terça-feira) - 13h
Mercado da Boa Vista
Aberto ao público
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
PCR promove seminário que discute a sustentabilidade e ampliação das bibliotecas
24 ago
Técnicos da Secult e FCCR informaram que o acervo das unidades comunitárias está sempre aumentando e se renovando, já que o número de doações aumenta cada vez mais
Por Jamille Coelho
Sustentabilidade nas Bibliotecas Públicas e Escolares foi um dos temas de discussão do Seminário Literatura em Rede, promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e Fundação de Cultura da Cidade do Recife (FCCR). O encontro, que aconteceu na manhã desta terça-feira (24), no auditório do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), integra a oitava edição do Festival Recifense de Literatura “A Letra e a Voz”, que foi aberto, oficialmente, no último dia 22 e segue até o próximo domingo (29).
De acordo com a gerente geral de Literatura e Editoração da FCCR e coordenadora geral do Festival, Heloísa Arcoverde, o seminário é extremamente importante porque envolve a formação do leitor e discute questões relacionadas à necessidade de políticas públicas voltadas para as bibliotecas estaduais, municipais, comunitárias e escolares.
“O seminário ajuda os governos e a sociedade a se envolver e lutar pela sustentabilidade das bibliotecas. Outro papel importante da discussão é ampliar e estabelecer novas parcerias, como é o caso da que temos com a UFPE”, explicou. Segundo Heloísa, a Secretaria de Cultura e FCCR atualmente conta com duas bibliotecas de bairro – a Biblioteca Popular de Casa Amarela e a de Afogados. Cada uma das unidades possui em média 12 mil títulos de todas as áreas do conhecimento e recebe mais de 30 mil usuários por ano, somando um total de 60 mil usuários nos dois espaços.
“Este ano, o Recife ganhará mais uma biblioteca que será erguida no Bairro do Zumbi. Até o final da gestão João da Costa, a previsão é de que sejam construídas mais duas – essas três novas unidades são fruto de uma parceria com o Ministério da Cultura -; com isso, teremos cinco ao todo. Nas escolas da rede temos um total de 112 bibliotecas para os alunos realizarem suas pesquisas”, declarou a gerente.
Durante o seminário, as palestras foram ministradas por Marcos Galindo, Lourival Pereira Pinto, Celly de Brito e Edilene Silva. “O mote da discussão foi em torno da criação de políticas públicas para o setor, o que pode ser feito para dar sustentabilidade às bibliotecas e o que o Departamento de Ciências da Informação da Universidade pode fazer para melhorar a situação destes espaços através de pesquisas e programas de extensão”, disse o professor Galindo.
Já o professor Lourival Pereira enfatizou a necessidade da valorização dos profissionais da área de biblioteconomia e a importância das bibliotecas comunitárias, que hoje se mostra como uma forte tendência. “Atualmente, ainda existe uma forte desigualdade cultural e nós da Universidade, estamos trabalhando para diminuir o distanciamento entre o povo e o acadêmico. Um excelente caminho para isso é fortalecer e incentivar as bibliotecas comunitárias que estão em expansão”, declarou.
De acordo com a professora Edilene Silva, a sociedade também é responsável pela consolidação da sustentabilidade destes espaços de leitura e pesquisa. “Não podemos, simplesmente, apontar o dedo para o governo e culpá-lo quando temos três dedos apontando para nós. É necessário que haja uma reflexão sobre o que compete ao governo e à sociedade”, disse.
Para a gerente operacional de Bibliotecas da Fundação de Cultura, Tereza Marinho, o acervo nos centros de leitura e pesquisa municipais está sempre aumentando e se renovando já que o número de doações aumenta cada vez mais. “Muita gente nos procura para doar livros e periódicos. Este é um ato muito relevante porque ajuda no incentivo à leitura. Quanto mais títulos tivermos, melhor. Vale lembrar que, nas bibliotecas trabalhamos o conceito cultural com um calendário anual extenso e cheio de atividades voltadas para todos os públicos, desde a criança às pessoas da boa idade. Durante os 12 meses do ano, desenvolvemos ações de incentivo à leitura; valorização da cultura local; entretenimento; valorização dos profissionais que trabalham nos espaços, entre outras”, acrescentou Tereza.
Os interessados em fazer doações podem ligar para (81) 3355.3112 (Biblioteca de Afogados) e (81) 3355.3130 (Biblioteca de Casa Amarela). Nesta quarta-feira (25) diversos temas relacionados à leitura serão discutidos das 8h30 às 14h, na Biblioteca Popular de Afogados.
© Copyright 2009-2010 | A LETRA E A VOZ | 8º Festival Recifense de Literatura | 22 a 29 de agosto de 2010 - Todos os direitos reservados
Desenvolvido por Concepto Internet e wmoriah, utilizando o WordPress
24 ago
Técnicos da Secult e FCCR informaram que o acervo das unidades comunitárias está sempre aumentando e se renovando, já que o número de doações aumenta cada vez mais
Por Jamille Coelho
Sustentabilidade nas Bibliotecas Públicas e Escolares foi um dos temas de discussão do Seminário Literatura em Rede, promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e Fundação de Cultura da Cidade do Recife (FCCR). O encontro, que aconteceu na manhã desta terça-feira (24), no auditório do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), integra a oitava edição do Festival Recifense de Literatura “A Letra e a Voz”, que foi aberto, oficialmente, no último dia 22 e segue até o próximo domingo (29).
De acordo com a gerente geral de Literatura e Editoração da FCCR e coordenadora geral do Festival, Heloísa Arcoverde, o seminário é extremamente importante porque envolve a formação do leitor e discute questões relacionadas à necessidade de políticas públicas voltadas para as bibliotecas estaduais, municipais, comunitárias e escolares.
“O seminário ajuda os governos e a sociedade a se envolver e lutar pela sustentabilidade das bibliotecas. Outro papel importante da discussão é ampliar e estabelecer novas parcerias, como é o caso da que temos com a UFPE”, explicou. Segundo Heloísa, a Secretaria de Cultura e FCCR atualmente conta com duas bibliotecas de bairro – a Biblioteca Popular de Casa Amarela e a de Afogados. Cada uma das unidades possui em média 12 mil títulos de todas as áreas do conhecimento e recebe mais de 30 mil usuários por ano, somando um total de 60 mil usuários nos dois espaços.
“Este ano, o Recife ganhará mais uma biblioteca que será erguida no Bairro do Zumbi. Até o final da gestão João da Costa, a previsão é de que sejam construídas mais duas – essas três novas unidades são fruto de uma parceria com o Ministério da Cultura -; com isso, teremos cinco ao todo. Nas escolas da rede temos um total de 112 bibliotecas para os alunos realizarem suas pesquisas”, declarou a gerente.
Durante o seminário, as palestras foram ministradas por Marcos Galindo, Lourival Pereira Pinto, Celly de Brito e Edilene Silva. “O mote da discussão foi em torno da criação de políticas públicas para o setor, o que pode ser feito para dar sustentabilidade às bibliotecas e o que o Departamento de Ciências da Informação da Universidade pode fazer para melhorar a situação destes espaços através de pesquisas e programas de extensão”, disse o professor Galindo.
Já o professor Lourival Pereira enfatizou a necessidade da valorização dos profissionais da área de biblioteconomia e a importância das bibliotecas comunitárias, que hoje se mostra como uma forte tendência. “Atualmente, ainda existe uma forte desigualdade cultural e nós da Universidade, estamos trabalhando para diminuir o distanciamento entre o povo e o acadêmico. Um excelente caminho para isso é fortalecer e incentivar as bibliotecas comunitárias que estão em expansão”, declarou.
De acordo com a professora Edilene Silva, a sociedade também é responsável pela consolidação da sustentabilidade destes espaços de leitura e pesquisa. “Não podemos, simplesmente, apontar o dedo para o governo e culpá-lo quando temos três dedos apontando para nós. É necessário que haja uma reflexão sobre o que compete ao governo e à sociedade”, disse.
Para a gerente operacional de Bibliotecas da Fundação de Cultura, Tereza Marinho, o acervo nos centros de leitura e pesquisa municipais está sempre aumentando e se renovando já que o número de doações aumenta cada vez mais. “Muita gente nos procura para doar livros e periódicos. Este é um ato muito relevante porque ajuda no incentivo à leitura. Quanto mais títulos tivermos, melhor. Vale lembrar que, nas bibliotecas trabalhamos o conceito cultural com um calendário anual extenso e cheio de atividades voltadas para todos os públicos, desde a criança às pessoas da boa idade. Durante os 12 meses do ano, desenvolvemos ações de incentivo à leitura; valorização da cultura local; entretenimento; valorização dos profissionais que trabalham nos espaços, entre outras”, acrescentou Tereza.
Os interessados em fazer doações podem ligar para (81) 3355.3112 (Biblioteca de Afogados) e (81) 3355.3130 (Biblioteca de Casa Amarela). Nesta quarta-feira (25) diversos temas relacionados à leitura serão discutidos das 8h30 às 14h, na Biblioteca Popular de Afogados.
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domingo, 22 de agosto de 2010
Teatro do Parque comemora aniversário com programação especial
O equipamento cultural festeja seus 95 anos, exibindo sucessos em 16mm e concerto com a Banda Sinfônica; a entrada é de graça
Da Redação do pe360graus.com
Na próxima terça (24), o Teatro do Parque completa 95 anos de existência. Para celebrar a data, uma programação especial: de 23 a 27 de agosto haverá exibição de filmes e um concerto especial com a Banda Sinfônica da Cidade do Recife.
Com sessão nesta segunda-feira (23), às 19h, o curta "Acrobatas no Centro da Cidade do Recife" é uma produção do cinema mudo, da década de 30. Na sequência, às 19h15, é a vez de "Aitaré da Praia" (1925), dos diretores Gentil Roriz e Ary Severo. O filme conta a história de Aitaré, que namora Cora, uma moça da aldeia. Numa viagem de jangada, ele salva o rico coronel Felipe Rosa e sua filha. De volta à cidade grande, Cora e Aitaré se desentendem. Cinco anos mais tarde, o motivo será esclarecido.
Na terça-feira (24), serão três sessões especiais. Na primeira, às 16h, será exibida a animação japonesa "Férias de Verão com Côo" (2007), do diretor Kejjchi Hara. O filme conta a história de Koichi, um adolescente solitário que encontra um Kappa (criatura do folclore japonês) adormecido há mais de 200 anos. O bicho, chamado Côo, recebe muito amor da família de Koichi, mas algo sai errado e o mundo inteiro toma conhecimento da criatura. A animação recebeu diversos prêmios internacionais.
Na segunda sessão, às 19h, é a vez de "Pernambuco e sua Exposição de 1924", documentário da produtora Aurora-Film, que resgata a história do Ciclo do Recife - cinema mudo regionalista, que durou cerca de nove anos. Reuniu inúmeros jovens, de diversas categorias profissionais, que dividiam o tempo entre a profissão e a arte de fazer cinema.
Encerrando a noite da terça, às 19h15, o drama "O Canto do Mar" (1954), drama do diretor Alberto Cavalcanti. No elenco, Margarida Cardoso, Cacilda Lanuza, Aurora Duarte e Antonio Martineli. Retirantes da seca foram para o litoral, primeira etapa da migração em direção ao sul, encontrando uma sina de loucura, miséria, traições e desesperança da qual o menino-protagonista deseja escapar.
Já na quarta (24), o público assiste gratuitamente à Banda Sinfônica do Recife, às 20h. Regida pelo maestro Nenéu Liberalquino, a BSCR homenageia o Teatro com um repertório diversificado. Song without Words "I'll love my love" e Fantasia on the "Dargason", de Gustav Holst; Ponteio, de Edu Lobo; e Somewhere in Time, de John Barry são algumas das obras que integram o programa do concerto. "Iremos apresentar ainda, 'A Dança do Fogo do balé El amor Brujo', de Manuel de Falla, e um Medley de Elvis Presley", conta o maestro Nenéu.
Na quinta (26) e sexta-feira (27), o Cinema do Parque volta a exibir, na sua programação normal, o longa nacional "Segurança Nacional" (2009), do diretor Roberto Carminati. No elenco, Thiago Lacerda, Ângela Vieira, Milton Gonçalves, Marcio Rosario, Gracindo Júnior, Ailton Graça e Sheila Melo.
O governo brasileiro lidera um grupo de países da América Latina na tentativa de combate aos cartéis de drogas. Em resposta, no entanto, os traficantes iniciam uma série de ataques às cidades brasileiras e aos recursos naturais dessas localidades. E o primeiro alvo é a Floresta Amazônica. As sessões serão às 14h30, às 16h40 e às 19h. O ingresso custa R$ 1,00 (preço único).
HISTÓRIA
Em 24 de agosto de 1915, o Teatro do Parque entra em cena com a apresentação da Companhia Portuguesa de Operetas e Revistas. As companhias brasileiras de Vicente Celestino e Alda Garrido, além das primeiras peças de Samuel Campelo e Valdemar de Oliveira também foram destaques da pauta histórica. As exibições do cinema mudo eram acompanhadas por músicos como o maestro e compositor Nelson Ferreira. No período de 1929 a 1959, o grupo Luiz Severiano Ribeiro arrendou o teatro e lançou filmes da Disney e as chanchadas brasileiras.
Em 1959, o prefeito Pelópidas Silveira desapropriou, reformou e reinaugurou o espaço com a temporada da peça Onde Canta o Sabiá, com direção de Hermilo Borba Filho. Em 1973, um convênio entre a gestão municipal e o Instituto Nacional de Cinema, foi transformado no primeiro cinema educativo permanente no Brasil. A pauta continua disponível para temporadas de artes cênicas, música e exposições no jardim e hall do prédio.
SERVIÇO
Programação especial de aniversário do Cine-Teatro do Parque
Entrada gratuita
Segunda-feira (23)
19h - Acrobatas no Centro da Cidade do Recife
19h15 - Aitaré da Praia
Terça-feira (24)
16h - Férias de Verão em com Côo
19h - Pernambuco e sua Exposição de 1924
19h15 - O Canto do Mar
Programação normal do Cinema do Parque
Ingresso: R$ 1,00
Quarta-feira (25)
Concerto com a Banda Sinfônica da Cidade do Recife
Às 20h
Entrada gratuita
Segurança Nacional
Quinta (26) e sexta-feira (27)
14h30, 16h40 e 19h
O equipamento cultural festeja seus 95 anos, exibindo sucessos em 16mm e concerto com a Banda Sinfônica; a entrada é de graça
Da Redação do pe360graus.com
Na próxima terça (24), o Teatro do Parque completa 95 anos de existência. Para celebrar a data, uma programação especial: de 23 a 27 de agosto haverá exibição de filmes e um concerto especial com a Banda Sinfônica da Cidade do Recife.
Com sessão nesta segunda-feira (23), às 19h, o curta "Acrobatas no Centro da Cidade do Recife" é uma produção do cinema mudo, da década de 30. Na sequência, às 19h15, é a vez de "Aitaré da Praia" (1925), dos diretores Gentil Roriz e Ary Severo. O filme conta a história de Aitaré, que namora Cora, uma moça da aldeia. Numa viagem de jangada, ele salva o rico coronel Felipe Rosa e sua filha. De volta à cidade grande, Cora e Aitaré se desentendem. Cinco anos mais tarde, o motivo será esclarecido.
Na terça-feira (24), serão três sessões especiais. Na primeira, às 16h, será exibida a animação japonesa "Férias de Verão com Côo" (2007), do diretor Kejjchi Hara. O filme conta a história de Koichi, um adolescente solitário que encontra um Kappa (criatura do folclore japonês) adormecido há mais de 200 anos. O bicho, chamado Côo, recebe muito amor da família de Koichi, mas algo sai errado e o mundo inteiro toma conhecimento da criatura. A animação recebeu diversos prêmios internacionais.
Na segunda sessão, às 19h, é a vez de "Pernambuco e sua Exposição de 1924", documentário da produtora Aurora-Film, que resgata a história do Ciclo do Recife - cinema mudo regionalista, que durou cerca de nove anos. Reuniu inúmeros jovens, de diversas categorias profissionais, que dividiam o tempo entre a profissão e a arte de fazer cinema.
Encerrando a noite da terça, às 19h15, o drama "O Canto do Mar" (1954), drama do diretor Alberto Cavalcanti. No elenco, Margarida Cardoso, Cacilda Lanuza, Aurora Duarte e Antonio Martineli. Retirantes da seca foram para o litoral, primeira etapa da migração em direção ao sul, encontrando uma sina de loucura, miséria, traições e desesperança da qual o menino-protagonista deseja escapar.
Já na quarta (24), o público assiste gratuitamente à Banda Sinfônica do Recife, às 20h. Regida pelo maestro Nenéu Liberalquino, a BSCR homenageia o Teatro com um repertório diversificado. Song without Words "I'll love my love" e Fantasia on the "Dargason", de Gustav Holst; Ponteio, de Edu Lobo; e Somewhere in Time, de John Barry são algumas das obras que integram o programa do concerto. "Iremos apresentar ainda, 'A Dança do Fogo do balé El amor Brujo', de Manuel de Falla, e um Medley de Elvis Presley", conta o maestro Nenéu.
Na quinta (26) e sexta-feira (27), o Cinema do Parque volta a exibir, na sua programação normal, o longa nacional "Segurança Nacional" (2009), do diretor Roberto Carminati. No elenco, Thiago Lacerda, Ângela Vieira, Milton Gonçalves, Marcio Rosario, Gracindo Júnior, Ailton Graça e Sheila Melo.
O governo brasileiro lidera um grupo de países da América Latina na tentativa de combate aos cartéis de drogas. Em resposta, no entanto, os traficantes iniciam uma série de ataques às cidades brasileiras e aos recursos naturais dessas localidades. E o primeiro alvo é a Floresta Amazônica. As sessões serão às 14h30, às 16h40 e às 19h. O ingresso custa R$ 1,00 (preço único).
HISTÓRIA
Em 24 de agosto de 1915, o Teatro do Parque entra em cena com a apresentação da Companhia Portuguesa de Operetas e Revistas. As companhias brasileiras de Vicente Celestino e Alda Garrido, além das primeiras peças de Samuel Campelo e Valdemar de Oliveira também foram destaques da pauta histórica. As exibições do cinema mudo eram acompanhadas por músicos como o maestro e compositor Nelson Ferreira. No período de 1929 a 1959, o grupo Luiz Severiano Ribeiro arrendou o teatro e lançou filmes da Disney e as chanchadas brasileiras.
Em 1959, o prefeito Pelópidas Silveira desapropriou, reformou e reinaugurou o espaço com a temporada da peça Onde Canta o Sabiá, com direção de Hermilo Borba Filho. Em 1973, um convênio entre a gestão municipal e o Instituto Nacional de Cinema, foi transformado no primeiro cinema educativo permanente no Brasil. A pauta continua disponível para temporadas de artes cênicas, música e exposições no jardim e hall do prédio.
SERVIÇO
Programação especial de aniversário do Cine-Teatro do Parque
Entrada gratuita
Segunda-feira (23)
19h - Acrobatas no Centro da Cidade do Recife
19h15 - Aitaré da Praia
Terça-feira (24)
16h - Férias de Verão em com Côo
19h - Pernambuco e sua Exposição de 1924
19h15 - O Canto do Mar
Programação normal do Cinema do Parque
Ingresso: R$ 1,00
Quarta-feira (25)
Concerto com a Banda Sinfônica da Cidade do Recife
Às 20h
Entrada gratuita
Segurança Nacional
Quinta (26) e sexta-feira (27)
14h30, 16h40 e 19h
sábado, 21 de agosto de 2010
COTIDIANO
Pernambuco - 21.08.10 - Atualizado ás 23:15:05
Internacional
Fotografia leva 700 pessoas a tirarem a roupa na França
700 pessoas tiraram a roupa para o fotógrafo Spencer Tunick
700 pessoas tiraram a roupa para o fotógrafo Spencer Tunick
Foto: Spencer Tunick
O fotógrafo americano Spencer Tunick, conhecido por seus retratos de nus em massa, escolheu para seu mais recente trabalho a cidade francesa de Aurillac, onde 700 pessoas tiraram a roupa e cobriram o rosto com guarda-chuvas.
Coincidindo com a realização do Festival de Teatro de Rua de Aurillac, Tunick quis homenagear o artista belga René Magritte e seus célebres guarda-chuvas pretos sobre a areia, informa hoje o jornal "Le Parisien".
Na manhã desta sexta-feira, 2 mil voluntários compareceram ao local da fotografia, uma montanha de onde se pode ver a cidade.
Somente 700 desses voluntários, entre homens e mulheres, foram selecionados. Por ordem do fotógrafo, os rostos não são vistos na imagem, apenas os guarda-chuvas que os cobrem.
Spencer Tunick (Nova York, 1967) é conhecido no mundo todo por suas fotos de nus coletivos.
Desde 1994, realizou mais de 75 trabalhos desse tipo, sendo o maior deles com 18 mil pessoas, em 2007, na praça do Zócalo (praça central) da capital mexicana.
Fonte: EFE
Pernambuco - 21.08.10 - Atualizado ás 23:15:05
Internacional
Fotografia leva 700 pessoas a tirarem a roupa na França
700 pessoas tiraram a roupa para o fotógrafo Spencer Tunick
700 pessoas tiraram a roupa para o fotógrafo Spencer Tunick
Foto: Spencer Tunick
O fotógrafo americano Spencer Tunick, conhecido por seus retratos de nus em massa, escolheu para seu mais recente trabalho a cidade francesa de Aurillac, onde 700 pessoas tiraram a roupa e cobriram o rosto com guarda-chuvas.
Coincidindo com a realização do Festival de Teatro de Rua de Aurillac, Tunick quis homenagear o artista belga René Magritte e seus célebres guarda-chuvas pretos sobre a areia, informa hoje o jornal "Le Parisien".
Na manhã desta sexta-feira, 2 mil voluntários compareceram ao local da fotografia, uma montanha de onde se pode ver a cidade.
Somente 700 desses voluntários, entre homens e mulheres, foram selecionados. Por ordem do fotógrafo, os rostos não são vistos na imagem, apenas os guarda-chuvas que os cobrem.
Spencer Tunick (Nova York, 1967) é conhecido no mundo todo por suas fotos de nus coletivos.
Desde 1994, realizou mais de 75 trabalhos desse tipo, sendo o maior deles com 18 mil pessoas, em 2007, na praça do Zócalo (praça central) da capital mexicana.
Fonte: EFE
Bibliotecas do Grande Recife pedem socorro
Publicado em 18.08.2010, às 11h45
Do Jornal do Commercio
Foi lançado o Movimento em Defesa da Rede de Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana do Recife
Foto: Alexandre Belém/ JC Imagem
Oito bibliotecas comunitárias, localizadas no Recife, em Olinda e Jaboatão dos Guararapes precisam de ajuda. Vazamentos e infiltrações nas paredes e telhados, mofo, rachaduras e falta de estantes para livros são alguns dos problemas enfrentados pelas instituições. Na tentativa de resolver os problemas, foi lançado o Movimento em Defesa da Rede de Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana do Recife.
“Precisamos de recursos para manutenção das bibliotecas. A maioria sobrevive de doações e por isso tem dificuldade para pagar as contas. Fazemos um trabalho importante de sensibilizar as comunidades para a importância das bibliotecas. Lamentamos porque nem sempre conseguimos oferecer uma infraestrutura legal”, observa o coordenador de Comunicação da Rede de Bibliotecas Comunitárias, Primo Rodrigues.
O movimento está aberto a contribuições em dinheiro (depósito na Caixa Econômica Federal, conta corrente 544-5, agência 2193, operação 003). Também a doações de equipamentos e móveis (computadores, impressoras, estantes, cadeiras, mesas) ou propostas de trabalho voluntário. “Qualquer ajuda é bem-vinda”, ressalta Primo. Quem quiser também pode doar livros, principalmente títulos infantis. Paradidáticos não são necessários. Amanhã, escritores e blogueiros, como Homero Fonseca e Samarone Lima, farão um coro virtual. Publicarão, em seus sites e blogs, textos estimulando a população a ajudar as bibliotecas.
No Recife, a rede é formada por bibliotecas em Brasília Teimosa, Coque, Ilha do Retiro e Alto José Bonifácio. Em Olinda, os espaços comunitários funcionam em Peixinhos, Ouro Preto e no Bairro Novo. Em Jaboatão, há uma em Piedade.
A diversão das estudantes Luciana Shirleide, 12 anos, e Ingrid Alice, 11, é visitar, diariamente, a Biblioteca Popular do Coque. Passam tardes lá, lendo ou ouvindo histórias contadas pela coordenadora do espaço, Maria Betânia Nascimento. Também mexem no único computador do lugar, que mesmo sem acesso à internet, é disputado pela garotada.
“Gosto de ler poesia. Depois, copio as que mais gosto. Já enchi quase a metade de um caderno”, conta Luciana, aluna da 5ª série do ensino fundamental da Escola Municipal Costa Porto. “A gente se distrai quando fica na biblioteca. Acho bom”, diz Ingrid Alice. Questionadas sobre o que precisa melhorar, elas sugerem mais iluminação, computador com internet e mais espaço para as atividades.
“Perdemos bastante livros nas últimas chuvas, pois o telhado tem infiltração. A parte elétrica está comprometida. O muro também. O prédio é alugado e precisa de reforma”, observa Maria Betânia, guardiã do lugar, que convoca voluntários para ajudá-la. São cerca de 3.500 livros. A frequência diária fica entre 30 e 40 visitantes.
Na Biblioteca Comunitária Amigos da Leitura, no Alto José Bonifácio, faltam estantes, mesas, cadeiras, computadores. “Conseguimos aprovar um projeto no Funcultura, que vai custear aluguel do prédio e os salários. Mas precisamos de dinheiro para manutenção”, explica o coordenador Fábio Rodrigues. Provisoriamente, a biblioteca está no edifício da associação de moradores, mas em setembro deve mudar-se para um galpão que será reformado.
Publicado em 18.08.2010, às 11h45
Do Jornal do Commercio
Foi lançado o Movimento em Defesa da Rede de Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana do Recife
Foto: Alexandre Belém/ JC Imagem
Oito bibliotecas comunitárias, localizadas no Recife, em Olinda e Jaboatão dos Guararapes precisam de ajuda. Vazamentos e infiltrações nas paredes e telhados, mofo, rachaduras e falta de estantes para livros são alguns dos problemas enfrentados pelas instituições. Na tentativa de resolver os problemas, foi lançado o Movimento em Defesa da Rede de Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana do Recife.
“Precisamos de recursos para manutenção das bibliotecas. A maioria sobrevive de doações e por isso tem dificuldade para pagar as contas. Fazemos um trabalho importante de sensibilizar as comunidades para a importância das bibliotecas. Lamentamos porque nem sempre conseguimos oferecer uma infraestrutura legal”, observa o coordenador de Comunicação da Rede de Bibliotecas Comunitárias, Primo Rodrigues.
O movimento está aberto a contribuições em dinheiro (depósito na Caixa Econômica Federal, conta corrente 544-5, agência 2193, operação 003). Também a doações de equipamentos e móveis (computadores, impressoras, estantes, cadeiras, mesas) ou propostas de trabalho voluntário. “Qualquer ajuda é bem-vinda”, ressalta Primo. Quem quiser também pode doar livros, principalmente títulos infantis. Paradidáticos não são necessários. Amanhã, escritores e blogueiros, como Homero Fonseca e Samarone Lima, farão um coro virtual. Publicarão, em seus sites e blogs, textos estimulando a população a ajudar as bibliotecas.
No Recife, a rede é formada por bibliotecas em Brasília Teimosa, Coque, Ilha do Retiro e Alto José Bonifácio. Em Olinda, os espaços comunitários funcionam em Peixinhos, Ouro Preto e no Bairro Novo. Em Jaboatão, há uma em Piedade.
A diversão das estudantes Luciana Shirleide, 12 anos, e Ingrid Alice, 11, é visitar, diariamente, a Biblioteca Popular do Coque. Passam tardes lá, lendo ou ouvindo histórias contadas pela coordenadora do espaço, Maria Betânia Nascimento. Também mexem no único computador do lugar, que mesmo sem acesso à internet, é disputado pela garotada.
“Gosto de ler poesia. Depois, copio as que mais gosto. Já enchi quase a metade de um caderno”, conta Luciana, aluna da 5ª série do ensino fundamental da Escola Municipal Costa Porto. “A gente se distrai quando fica na biblioteca. Acho bom”, diz Ingrid Alice. Questionadas sobre o que precisa melhorar, elas sugerem mais iluminação, computador com internet e mais espaço para as atividades.
“Perdemos bastante livros nas últimas chuvas, pois o telhado tem infiltração. A parte elétrica está comprometida. O muro também. O prédio é alugado e precisa de reforma”, observa Maria Betânia, guardiã do lugar, que convoca voluntários para ajudá-la. São cerca de 3.500 livros. A frequência diária fica entre 30 e 40 visitantes.
Na Biblioteca Comunitária Amigos da Leitura, no Alto José Bonifácio, faltam estantes, mesas, cadeiras, computadores. “Conseguimos aprovar um projeto no Funcultura, que vai custear aluguel do prédio e os salários. Mas precisamos de dinheiro para manutenção”, explica o coordenador Fábio Rodrigues. Provisoriamente, a biblioteca está no edifício da associação de moradores, mas em setembro deve mudar-se para um galpão que será reformado.
domingo, 15 de agosto de 2010
Para você se agendar:
Passeios pelas praças de Burle Marx, organizados pela Secretaria de Turismo do Recife. Dias 21 e 28/08, saindo da Praça do Arsenal às 14h. Levar 2 quilos de alimentos. Vagas limitadas. Contatos: 3355-8409
Lançamento do livro de poemas dedicado a Erickson Luna. Mercado da Boa Vista. Dia 28/08, 10h.
Festival Recifense de Literatura A Letra e a Voz, no período de 22 a 30/08.
VI Festa Literária Internacional de Pernambuco, que vai acontecer em Olinda, de 12 a 15/11.
E para quem anda atrás de preciosidades para ouvir, acesse o site www.umquetenha.org. Oferece um riquíssimo acervo de artistas de todo o tempo da música brasileira. Aproveite para baixar todas, inclusive projetos quentinhos de três jovens cantoras: Nina Becker, Sílvia Machete e Tulipa Ruíz.
Passeios pelas praças de Burle Marx, organizados pela Secretaria de Turismo do Recife. Dias 21 e 28/08, saindo da Praça do Arsenal às 14h. Levar 2 quilos de alimentos. Vagas limitadas. Contatos: 3355-8409
Lançamento do livro de poemas dedicado a Erickson Luna. Mercado da Boa Vista. Dia 28/08, 10h.
Festival Recifense de Literatura A Letra e a Voz, no período de 22 a 30/08.
VI Festa Literária Internacional de Pernambuco, que vai acontecer em Olinda, de 12 a 15/11.
E para quem anda atrás de preciosidades para ouvir, acesse o site www.umquetenha.org. Oferece um riquíssimo acervo de artistas de todo o tempo da música brasileira. Aproveite para baixar todas, inclusive projetos quentinhos de três jovens cantoras: Nina Becker, Sílvia Machete e Tulipa Ruíz.
sábado, 14 de agosto de 2010
Pessoal, durante os dias de 2 a 13 de agosto, estive junto de uma galera muito legal, participando do curso "Videoarte:Introdução a uma linguagem artística", realizado na Fundaj/Derby.Foi ministrado pela professora Maria do Carmo Nino e mediadores da instituição, que tinha como objetivo fornecer uma introdução à história da videoarte e aos cruzamentos desta com outra linguagem de destaque na arte contemporânea: a performance. A seguir, um texto escrito por Carlinhos, o plantador de sonhos.
Houston, have we a problem?
Carlos Lima
Por uma arte livre de rótulos surgiu na década de 1960 com desejo de renovação a videarte. No início meio tímida sem entender muito bem quais eram seus códigos, teve seus partidários que lutaram pelo seu estatuto, se é que podemos falar de um estatuto para ela. Hoje, 50 anos depois, ainda somos incapazes de definições objetivas sobre tal linguagem, como se ela fosse "in-gavetável". Pudemos perceber que propor uma introdução a esta linguagem artística é só a ponta de um iceberg de proporções colossais, capaz de criar em nós possibilidades de infinitos desdobramentos e nos tornar mais críticos e sensíveis às mídias que cada vez mais, tornam-se presentes em nosso dia a dia.
Mais conscientes dos nossos limites, nos exploramos e exploramos o outro e neste exercício percebemos que o nosso corpo vai além da nossa pele e invade a paisagem até se fundir no corpo do outro. Constuimos conceitos, corremos, compartilhamos energias que nos fizeram subir, descer, explodir, nos leiloamos e descobrimos que a carne mais barata do mercado afinal de contas não é a carne negra e que ideias custam caro,mas afinal,"a quem posso perguntar o que vim fazer neste planeta?"
Realizamos ações que falavam sobre nós a fim de desatar nós. Mergulhamos nas performances para comer com os olhos e com as mãos, dançar e marchar, roubar, vender,plantar sonhos, dizer o indizível e dar sentido a isso, perceber a solidão, orar, gostar de flores, acreditar numa arte livre dela mesma. Mergulhamos! E agora que sabemos respirar embaixo d'água, chegou a hora de explorar esse oceano.
Houston, have we a problem?
Carlos Lima
Por uma arte livre de rótulos surgiu na década de 1960 com desejo de renovação a videarte. No início meio tímida sem entender muito bem quais eram seus códigos, teve seus partidários que lutaram pelo seu estatuto, se é que podemos falar de um estatuto para ela. Hoje, 50 anos depois, ainda somos incapazes de definições objetivas sobre tal linguagem, como se ela fosse "in-gavetável". Pudemos perceber que propor uma introdução a esta linguagem artística é só a ponta de um iceberg de proporções colossais, capaz de criar em nós possibilidades de infinitos desdobramentos e nos tornar mais críticos e sensíveis às mídias que cada vez mais, tornam-se presentes em nosso dia a dia.
Mais conscientes dos nossos limites, nos exploramos e exploramos o outro e neste exercício percebemos que o nosso corpo vai além da nossa pele e invade a paisagem até se fundir no corpo do outro. Constuimos conceitos, corremos, compartilhamos energias que nos fizeram subir, descer, explodir, nos leiloamos e descobrimos que a carne mais barata do mercado afinal de contas não é a carne negra e que ideias custam caro,mas afinal,"a quem posso perguntar o que vim fazer neste planeta?"
Realizamos ações que falavam sobre nós a fim de desatar nós. Mergulhamos nas performances para comer com os olhos e com as mãos, dançar e marchar, roubar, vender,plantar sonhos, dizer o indizível e dar sentido a isso, perceber a solidão, orar, gostar de flores, acreditar numa arte livre dela mesma. Mergulhamos! E agora que sabemos respirar embaixo d'água, chegou a hora de explorar esse oceano.
domingo, 8 de agosto de 2010
MIRÓ 5.0
por Raimundo de Moraes
Uma vez numa mesa de bar eu disse: Miró é um dos grandes poetas que surgiram no Recife nessas últimas décadas (a idade e a experiência vão nos permitindo fazer comentários enxeridos desse tipo). E uma pessoa disse: é verdade, ele tá na moda.
Eu não sei se o meu interlocutor entendeu o que eu quis dizer, ou só levou pro lado midiático da coisa. Alguém pode estar na moda e ser um blefe, uma porcaria.
O que não é o caso. Se as performances de João Flávio Cordeiro da Silva – que entrou para a eternidade da Poesia com o nome de Miró – fossem só uma porção de mogangas, como diz o matuto, acho que nem eu estaria aqui escrevendo este textinho e nem as plateias Brasis afora continuariam a aplaudir. A gente já estaria de saco cheio.
Mas o cabra da Muribeca completa 50 anos neste mês de agosto cuspindo fogo e escrevendo bem. Cacete, é muito bom ouvi-lo recitar, dizendo que Deus está pedalando numa bicicleta (e num outro poema ele pergunta se Deus é daltônico) e que o beija-flor está beijando flores artificiais que a mãe comprou na feira... E que o amor é um crime perfeito. E que merece um tiro quem inventou a bala. O cotidiano nos flagra e nos bate na cara nessa poesia que denuncia as contradições e as angústias daquilo que poderia ser e não é, daquilo que é mas que não poderia ser.
O poeta da Muribeca está na moda, sim, minha gente. Já virou filme, virou tese de mestrado, virou página de revista e de jornais. Não sei se vai virar marca de calcinha com poemas ilustrados pr’alguma gostosona usar e dizer: a poesia de Miró me toca profundamente... Mas o melhor de tudo isso é que ele conseguiu o que muita gente sonha: viver honestamente da arte que faz. Mascate dos livros, grande performático, figura da vez.
Neste mês de agosto ele completa 50 anos e, claro, com livro novo. O lançamento de Quase crônico é um acontecimento pra agitar a cidade e empolgar fãs-leitores. Vem com versos fortes, aquela dor aguda de tocar/mostrar mazelas, cenários e personagens que vemos por aí, personagens que somos, fragmentos de uma urbanidade violenta e que pactuamos ou no medo ou na indiferença.
Não dá pra escrever sobre esse Quase crônico sem citar por inteiro pelo menos um dos seus melhores poemas:
Deus não inventou nada
Quem inventou foi o Homem
Óculos escuros
Calça jeans de marca
Celular que filma
Enquanto o ladrão fica lhe filmando
Deus não inventou nada
Quem inventou foi o Homem
Essa urgência louca de ter um carro
E essa agonia besta de ter de brigar por causa de um time
Deus não inventou nada
Deus só jogou um monte de gente aqui dentro
E fez como Pilatos
Lavou as mãos
Só não sei com que sabão
Então, o que dizer mais? Vamos ler Mestre Miró, ler e aplaudir.
Quase crônico
Edição do Autor, 35 págs.
R$ 10
Lançamento
06 de agosto de 2010 às 19h
Fundação Joaquim Nabuco – Derby
Rua Henrique Dias, 609 - Derby - Recife
Mais sobre os bastidores do livro, clique aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=HlF9tiN6q_4
Texto colado do Interpoética
por Raimundo de Moraes
Uma vez numa mesa de bar eu disse: Miró é um dos grandes poetas que surgiram no Recife nessas últimas décadas (a idade e a experiência vão nos permitindo fazer comentários enxeridos desse tipo). E uma pessoa disse: é verdade, ele tá na moda.
Eu não sei se o meu interlocutor entendeu o que eu quis dizer, ou só levou pro lado midiático da coisa. Alguém pode estar na moda e ser um blefe, uma porcaria.
O que não é o caso. Se as performances de João Flávio Cordeiro da Silva – que entrou para a eternidade da Poesia com o nome de Miró – fossem só uma porção de mogangas, como diz o matuto, acho que nem eu estaria aqui escrevendo este textinho e nem as plateias Brasis afora continuariam a aplaudir. A gente já estaria de saco cheio.
Mas o cabra da Muribeca completa 50 anos neste mês de agosto cuspindo fogo e escrevendo bem. Cacete, é muito bom ouvi-lo recitar, dizendo que Deus está pedalando numa bicicleta (e num outro poema ele pergunta se Deus é daltônico) e que o beija-flor está beijando flores artificiais que a mãe comprou na feira... E que o amor é um crime perfeito. E que merece um tiro quem inventou a bala. O cotidiano nos flagra e nos bate na cara nessa poesia que denuncia as contradições e as angústias daquilo que poderia ser e não é, daquilo que é mas que não poderia ser.
O poeta da Muribeca está na moda, sim, minha gente. Já virou filme, virou tese de mestrado, virou página de revista e de jornais. Não sei se vai virar marca de calcinha com poemas ilustrados pr’alguma gostosona usar e dizer: a poesia de Miró me toca profundamente... Mas o melhor de tudo isso é que ele conseguiu o que muita gente sonha: viver honestamente da arte que faz. Mascate dos livros, grande performático, figura da vez.
Neste mês de agosto ele completa 50 anos e, claro, com livro novo. O lançamento de Quase crônico é um acontecimento pra agitar a cidade e empolgar fãs-leitores. Vem com versos fortes, aquela dor aguda de tocar/mostrar mazelas, cenários e personagens que vemos por aí, personagens que somos, fragmentos de uma urbanidade violenta e que pactuamos ou no medo ou na indiferença.
Não dá pra escrever sobre esse Quase crônico sem citar por inteiro pelo menos um dos seus melhores poemas:
Deus não inventou nada
Quem inventou foi o Homem
Óculos escuros
Calça jeans de marca
Celular que filma
Enquanto o ladrão fica lhe filmando
Deus não inventou nada
Quem inventou foi o Homem
Essa urgência louca de ter um carro
E essa agonia besta de ter de brigar por causa de um time
Deus não inventou nada
Deus só jogou um monte de gente aqui dentro
E fez como Pilatos
Lavou as mãos
Só não sei com que sabão
Então, o que dizer mais? Vamos ler Mestre Miró, ler e aplaudir.
Quase crônico
Edição do Autor, 35 págs.
R$ 10
Lançamento
06 de agosto de 2010 às 19h
Fundação Joaquim Nabuco – Derby
Rua Henrique Dias, 609 - Derby - Recife
Mais sobre os bastidores do livro, clique aqui:
http://www.youtube.com/watch?v=HlF9tiN6q_4
Texto colado do Interpoética
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Cecília Meireles : Lua Adversa
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolias
eu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
**************************************************
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=921#ixzz3N6e8yzYg
Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.
Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.
E roda a melancolias
eu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...
**************************************************
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=921#ixzz3N6e8yzYg
sábado, 24 de julho de 2010
A VOLTA
Era bom sair toda manhã e estar de volta
Eu sabia que estava de volta
Quando circulava por toda aquela demência
O esgoto,
As putas,
Os bêbados,
Até os cachorros e os gatos
Todos pareciam dementes
Os pássaros e os garotos, não
Eram os mais ativos e barulhentos
Eu sabia que estava de volta!
Acompanhava-me a sombra e alegrava-me
Quando chegava, despia-me de tudo
Abria todas as janelas:
O vento entrava e trazia novos ares.
quarta-feira, 21 de julho de 2010

Sonhe com aquilo que você quiser
Clarice Lispector
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.
Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.
As pessoas mais felizes não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos.
A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem a importância das pessoas que passam por suas vidas.
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news03/article.php?storyid=639#ixzz0uMiZnAbJ
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Momentos Felizes//Emanuela de Jesus
Momentos felizes aparecem
E desaparecem como bolhas de sabão flutuantes.
Um dia rimos, dançamos, cantamos...
Fazemos novos amigos e sonhamos
Com um possível amor.
No outro, a realidade nos afoga
Com suas imperfeiçoes,
Suas angústias, suas complicações.
O amor que tão próximo parecia
Volta a ficar distante e omisso.
Os risos cessam,
A música para
E com ela todos que dançavam.
Os amigos retornam as suas casas
E ficamos sós com nossas lembranças.
Da coletânea "Cem Poetas sem Livros", Recife, 2009.
Momentos felizes aparecem
E desaparecem como bolhas de sabão flutuantes.
Um dia rimos, dançamos, cantamos...
Fazemos novos amigos e sonhamos
Com um possível amor.
No outro, a realidade nos afoga
Com suas imperfeiçoes,
Suas angústias, suas complicações.
O amor que tão próximo parecia
Volta a ficar distante e omisso.
Os risos cessam,
A música para
E com ela todos que dançavam.
Os amigos retornam as suas casas
E ficamos sós com nossas lembranças.
Da coletânea "Cem Poetas sem Livros", Recife, 2009.
domingo, 18 de julho de 2010
sábado, 17 de julho de 2010
Clarice Lispector será homenageada na FLIPORTO que vai acontecer em novembro. Algumas frases dela:
"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo".
Clarice Lispector
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca".
Clarice Lispector
"E se me achar esquisita,
respeite também.
até eu fui obrigada a me respeitar".
Veja mais em www.pensador.info/mude_clarice lispector
"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo".
Clarice Lispector
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato...
Ou toca, ou não toca".
Clarice Lispector
"E se me achar esquisita,
respeite também.
até eu fui obrigada a me respeitar".
Veja mais em www.pensador.info/mude_clarice lispector
O dia está bastante ensolarado, mas até agora não me animou para sair ou fazer qualquer outra coisa que signifique suar, se arrumar, sair. Tenho que preparar meu kit de volta ao trabalho. Já li um dos jornais, passeei pelos sites que frequento, respondi mensagens e agora estou aqui com meu superlivro do sudoku, procurando respostas pelas paredes, às vezes é possível encontrar poesia nas paredes. Costumava pesquisar as paredes do Recife na época em que fazia fanzine, em busca de poemas e até publiquei alguns no "Folha Independente". Todos os originais enviei ao Nilo, por solicitação do próprio, disse que iria publicá-los, fazendo uma nova roupagem, não sei qual o destino que deu, enfim.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Antes do recomeço
a saudade
a coleção da família
desceu ruela abaixo
o passado sofreu desencontro
sapatos cavalo de aço
calças boca sino
cabelos presos com coques em cascata...
a enchente arrastou objetos,
devastou a cidade
a cheia só não levou as lágrimas,
o pranto e a voz firme
deixou pequenas lembranças
e a saudade
Ah, a saudade...
a saudade
a coleção da família
desceu ruela abaixo
o passado sofreu desencontro
sapatos cavalo de aço
calças boca sino
cabelos presos com coques em cascata...
a enchente arrastou objetos,
devastou a cidade
a cheia só não levou as lágrimas,
o pranto e a voz firme
deixou pequenas lembranças
e a saudade
Ah, a saudade...
Estive na “Cidade das Flores”, a Suiça brasileira, uma das cidades com o clima mais limpo de Pernambuco. Garanhuns (Guará – lobo e Anun – pássaro), está encravada entre sete colinas, no agreste, com uma altitude média de 800m e uma temperatura média de 20ºC. Possui vários atrativos turísticos (eventos, negócios, etnoturismo, artesanato, folclore, curiosidades, turismo religioso e de aventura). Dentre os eventos realizados anualmente estão: Garanhuns Jazz Festival, Festa Paschalia, Festival de Música e Arte, Festival de Inverno, Moto Fest, Natal dos Sonhos. A sua forte religiosidade está presente nas edificações religiosas, Santuário da Mãe Rainha, Mosteiro de São Bento, conventos de freiras e padres, entre outros, compõem a Rota da Crença, iniciativa da EMPETUR/Secretaria de Turismo do Estado. O artesanato é bastante diversificado, assim como as manifestações culturais, destacando-se a herança africana das seis comunidades quilombolas existentes no município, onde se preserva alguns costumes na culinária, música e danças.
É uma cidade linda, aconchegante e com grande potencial turístico, porém não é tratada com o devido prestígio, há um certo descaso do Governo Municipal com a aparência da cidade e o cuidado com o povo e os equipamentos, como é o caso das praças. São visualmente bonitas, mas estão danificadas, abandonadas, destruídas como é o caso da Praça João Pessoa, localizada no centro da cidade com bancos quebrados, sem iluminação, árvores sem poda, faltando a placa de identificação que, segundo um morador foi derrubada há 17 anos e o prefeito ainda não viu. O acesso aos pontos , turísticos nem sempre são calçados, há muito buraco e lama. Tirando a parte negativa, a cidade tem muito charme, história, cultura e muita ladeira para subir e descer se torcendo de frio buscando usufruir de todas as suas maravilhas.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Estou em Garanhuns de férias, esperando congelar de frio, mas não tem feito tanto frio assim. Estou deixando alumas fotos do que visitei e do que fiz. Não podia faltar o Relógio das Flores, o Parque Van Der Linden, todas as praças, igrejas, santuários, as compras, o chocolate, o gosto do frio e tudo o que se pode fazer quando nada se tem a fazer.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
A solidariedade pelas tragédias ocorridas em Alagoas e Pernambuco, mês passado, surge agora através de uma coleção de contos Tempo Bom (Iluminuras), organizada pelos escritores Sidney Rocha e Cristhiano Aguiar, com toda renda voltada aos desabrigados. Composta por 21 autores como Alberto Mussa, Fernando monteiro, Marcelino Freire, Xico Sá, Felipe Arruda, Raimundo Carrero, Marcelo Pereira, enfim, não dá pra citar todos. Vai aí uma casquinha, publicado no JC- Caderno C, de 4/7/10.
EFEITO NÚMERO I
(Felipe Arruda)
Um tanto de areia preta com água mexe e vira argila. vira uma escultura, que é fotografada. A foto é impressa num papel de parede e este é colado num muro bem grande. O muro é marretado e demolido até restarem milhares de pequenos pedaços nos quais ainda se notam em fragmentos o papel de parede com a foto da escultura de argila. Esses milhares de pedaços são amontoados junto a um espelho e formam, por efeito, dois montes idênticos lado a lado. Esses dois montes são filmados em película durante cinco minutos. Essa película é cortada em vários pedaços que são pendurados num extenso varal. 5 minutos pendurados num varal. Esse varal com essas películas é fotografado em preto e branco, à contra-luz, lembra as listras de uma zebra. Essa imagem é impressa num tecido branco, criando uma interessante estampa que vira um biquine. A modelo ganha o biquine do artista que criou a estampa. Ela é fotografada por uma revista de ti-ti-ti usando o biquini de estampa feito a partir da foto das películas que filmaram os montes de entulhos com fragmentos do papel de parede impresso com a foto da escultura de argila. O ex-namorado da modelo está na praia lendo a revista de ti-ti-ti. Ele vê a ex-namorada-modelo na foto com o dito biquini. Ele arranca a página da revista, amassa até virar uma bolinha, cava um buraco na areia preta da praia. Passa uma onda.
Lançamento nacional, sexta (9/7), às 18h na Livraria Cultura. Todos lá.
EFEITO NÚMERO I
(Felipe Arruda)
Um tanto de areia preta com água mexe e vira argila. vira uma escultura, que é fotografada. A foto é impressa num papel de parede e este é colado num muro bem grande. O muro é marretado e demolido até restarem milhares de pequenos pedaços nos quais ainda se notam em fragmentos o papel de parede com a foto da escultura de argila. Esses milhares de pedaços são amontoados junto a um espelho e formam, por efeito, dois montes idênticos lado a lado. Esses dois montes são filmados em película durante cinco minutos. Essa película é cortada em vários pedaços que são pendurados num extenso varal. 5 minutos pendurados num varal. Esse varal com essas películas é fotografado em preto e branco, à contra-luz, lembra as listras de uma zebra. Essa imagem é impressa num tecido branco, criando uma interessante estampa que vira um biquine. A modelo ganha o biquine do artista que criou a estampa. Ela é fotografada por uma revista de ti-ti-ti usando o biquini de estampa feito a partir da foto das películas que filmaram os montes de entulhos com fragmentos do papel de parede impresso com a foto da escultura de argila. O ex-namorado da modelo está na praia lendo a revista de ti-ti-ti. Ele vê a ex-namorada-modelo na foto com o dito biquini. Ele arranca a página da revista, amassa até virar uma bolinha, cava um buraco na areia preta da praia. Passa uma onda.
Lançamento nacional, sexta (9/7), às 18h na Livraria Cultura. Todos lá.
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