Mesmo agora
Sempre ouço as vindas e falas dos sábios homens das torres
Onde passaram a juventude a pensar. E, escutando,
Não encontrei o sal dos sussurros do meu amor,
O murmúrio das cores confusas, em que deitados
Ficávamos, quase adormecidos;
Eram palavras sábias, alegres palavras,
Lascivas como água, com o mel da ansiedade.
Mesmo agora
Não me esqueço que amei ciprestes e rosas,
As grandes montanhas azuis, as pequenas colinas cinzentas,
O marulho do mar. E houve um dia
Em que vi estranhos olhos e mãos como borboletas;
Por mim, as cotovias alçaram voo do timo ao amanhecer
E crianças vieram se banhar em pequenos córregos
Mesmo agora
Sei que saboreei o gosto intenso da vida
Erguendo taças de ouro no grande banquete.
Apenas por um momento fugaz e esquecido
Tive plenamente em meus olhos,
Desviados de meu amor,
A torrente alva da luz eterna...
(Poema sânscrito)
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