quarta-feira, 25 de agosto de 2010

PCR promove seminário que discute a sustentabilidade e ampliação das bibliotecas
24 ago
Técnicos da Secult e FCCR informaram que o acervo das unidades comunitárias está sempre aumentando e se renovando, já que o número de doações aumenta cada vez mais
Por Jamille Coelho

Sustentabilidade nas Bibliotecas Públicas e Escolares foi um dos temas de discussão do Seminário Literatura em Rede, promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e Fundação de Cultura da Cidade do Recife (FCCR). O encontro, que aconteceu na manhã desta terça-feira (24), no auditório do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), integra a oitava edição do Festival Recifense de Literatura “A Letra e a Voz”, que foi aberto, oficialmente, no último dia 22 e segue até o próximo domingo (29).

De acordo com a gerente geral de Literatura e Editoração da FCCR e coordenadora geral do Festival, Heloísa Arcoverde, o seminário é extremamente importante porque envolve a formação do leitor e discute questões relacionadas à necessidade de políticas públicas voltadas para as bibliotecas estaduais, municipais, comunitárias e escolares.

“O seminário ajuda os governos e a sociedade a se envolver e lutar pela sustentabilidade das bibliotecas. Outro papel importante da discussão é ampliar e estabelecer novas parcerias, como é o caso da que temos com a UFPE”, explicou. Segundo Heloísa, a Secretaria de Cultura e FCCR atualmente conta com duas bibliotecas de bairro – a Biblioteca Popular de Casa Amarela e a de Afogados. Cada uma das unidades possui em média 12 mil títulos de todas as áreas do conhecimento e recebe mais de 30 mil usuários por ano, somando um total de 60 mil usuários nos dois espaços.

“Este ano, o Recife ganhará mais uma biblioteca que será erguida no Bairro do Zumbi. Até o final da gestão João da Costa, a previsão é de que sejam construídas mais duas – essas três novas unidades são fruto de uma parceria com o Ministério da Cultura -; com isso, teremos cinco ao todo. Nas escolas da rede temos um total de 112 bibliotecas para os alunos realizarem suas pesquisas”, declarou a gerente.

Durante o seminário, as palestras foram ministradas por Marcos Galindo, Lourival Pereira Pinto, Celly de Brito e Edilene Silva. “O mote da discussão foi em torno da criação de políticas públicas para o setor, o que pode ser feito para dar sustentabilidade às bibliotecas e o que o Departamento de Ciências da Informação da Universidade pode fazer para melhorar a situação destes espaços através de pesquisas e programas de extensão”, disse o professor Galindo.

Já o professor Lourival Pereira enfatizou a necessidade da valorização dos profissionais da área de biblioteconomia e a importância das bibliotecas comunitárias, que hoje se mostra como uma forte tendência. “Atualmente, ainda existe uma forte desigualdade cultural e nós da Universidade, estamos trabalhando para diminuir o distanciamento entre o povo e o acadêmico. Um excelente caminho para isso é fortalecer e incentivar as bibliotecas comunitárias que estão em expansão”, declarou.

De acordo com a professora Edilene Silva, a sociedade também é responsável pela consolidação da sustentabilidade destes espaços de leitura e pesquisa. “Não podemos, simplesmente, apontar o dedo para o governo e culpá-lo quando temos três dedos apontando para nós. É necessário que haja uma reflexão sobre o que compete ao governo e à sociedade”, disse.

Para a gerente operacional de Bibliotecas da Fundação de Cultura, Tereza Marinho, o acervo nos centros de leitura e pesquisa municipais está sempre aumentando e se renovando já que o número de doações aumenta cada vez mais. “Muita gente nos procura para doar livros e periódicos. Este é um ato muito relevante porque ajuda no incentivo à leitura. Quanto mais títulos tivermos, melhor. Vale lembrar que, nas bibliotecas trabalhamos o conceito cultural com um calendário anual extenso e cheio de atividades voltadas para todos os públicos, desde a criança às pessoas da boa idade. Durante os 12 meses do ano, desenvolvemos ações de incentivo à leitura; valorização da cultura local; entretenimento; valorização dos profissionais que trabalham nos espaços, entre outras”, acrescentou Tereza.

Os interessados em fazer doações podem ligar para (81) 3355.3112 (Biblioteca de Afogados) e (81) 3355.3130 (Biblioteca de Casa Amarela). Nesta quarta-feira (25) diversos temas relacionados à leitura serão discutidos das 8h30 às 14h, na Biblioteca Popular de Afogados.





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