sexta-feira, 7 de outubro de 2011

OFICINA DE CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Participei, nos dias 06 e 07/10 da OFICINA DE MEDIAÇÃO DE LEITURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS – DA PALAVRA QUE SAI DA BOCA À PALAVRA ESCRITA: por que, para quem, onde e quando ler ou contar histórias, com a facilitadora Érica Verçosa. Foi uma ação da Hora do Conto, realizada na Fundação Joaquim Nabuco, através de Gicélia, bibliotecária da instituição.
No último dia, foi nos dado um mote para criar uma história. A minha foi sobre um relojoeiro “a moda antiga” que adora misturar as engrenagens redondas de seus relógios e inventar desenhos para seus mostradores. Vejam como ficou:

Há muito tempo atrás, quando ainda não existia pressa, quando o despertador era o canto do galo, quando o sol marcava a passagem do tempo, havia um relojoeiro que inventava desenhos para os mostradores.
Quando amanhecia, ele esticava o corpo no alto, até alcançar as últimas gotas de orvalho. Às nove horas, quando o sol escaldante zunia pelo caminho, o homem retorcia o corpo se protegendo do calor. Ao meio dia, quando as forças diminuíam, aspirava néctar, fluidos e fertilidade. A tarde caminhava para o final, o tempo esfriava e soprava um vento leve.
O homem sabia que o tempo não tropeça, não para, o tempo urge e foge pelas mãos. Ele sabia e um brilho iluminava todo seu ser.
Lá em cima, a lua anunciava a noite, trazendo consigo mistérios, poder e o aquecimento das estrelas.
Todo dia era o fim do mundo. Todo dia era um novo começo, até o dia em que o céu cair e as estrelas pararem de brilhar.

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