terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Poemas de Flávio Magalhães (1962 Sertânia/PE)

Conheci o poeta Flávio quando fazia zine. Agora tive a grata surpresa de encontrá-lo no portal Interpoética:

Nascimento de Narciso
Quando nasci
Mil mulheres nuas
Em forma de Lua
Amamentavam-me
Para eu não chorar.
Nuvens negras
Mataram o dia
Enquanto a noite
Dilacerava meu fígado...

(Somente o lago tem alma...)
Mil calidoscópios
Decifram, embelezam-me
O Infinito tem
 gosto de
Laranja azeda...

Epígrafe 
Naquele momento pensei
Morrer seria o melhor
Remédio,só assim
Poderia te seguir
Para sempre...

Cena
Telegrafo delírios
Preciso de utopias
Varanda do impossível
Retrata o real amargo
Extermino a dor
Da partida
Girafas andam de patins
Decolo imagens
Para o verso final...



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