sábado, 24 de setembro de 2011

O roteiro de hoje, intitulado "Murais e esculturas de Abelardo da Hora nos parques e praças do Recife" foi memorável. Visitamos seu ateliê  na Rua do Sossego e várias obras espalhadas pela cidade.

"Faço a minha arte respondendo a uma necessidade vital. Como quem ama ou sofre, se alegra ou se revolta, aprova ou denuncia e verbera.[...]Reflexo da convivência social e fixação de elementos sedimentados pela cultura da humanidade no seu itinerário histórico-social. Tenho compromissos fundamentais com a cultura brasileira e com o povo da minha terra.
A minha arte é feita dos meus sentimentos e de meus pensamentos: nunca os separo. A marca mais forte do meu trabalho tem sido entretanto o sofrimento e a solidariedade. A tônica, é o amor: o amor pela vida, que se manifesta também pela repulsa violenta contra a fome e a miséria, contra todos os tipos de brutalidades, contra a opressão e a exploração. Arte pela vida em favor da vida. Às vezes grito violentamente nos ouvidos dos brutos e dos antropoides monstruosos que forjam as guerras e as discriminações. Mas às vezes canto: as vitórias da minha gente, o amor da minha gente, as belezas da vida.
Não faço arte para os colegas verem nem para os críticos. Faço arte para mim e para a minha gente. Acho que o grande apelo atual da humanidade é a paz, o entendimento, a solidariedade e o amor enfim. Pretendo que a minha arte seja mais uma voz a reforçar esse apelo."













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