Desordem |
por Samarone Lima Aqui, na minha desordem eu fico. Entrelaço as pernas neste rumo que as veias deram. Tracei planos demais, combati entorpecido risquei tanto os mapas que as ruas ficaram escuras as casas cegas. Já não há santidade, nem tesouro nem pedras esquecidas para colar às lembranças. Respiro em voz baixa na esteira de algo submerso que não sei o nome. Como o pó intacto sob as águas como o ruído da manhã que não sabe de si. Mas lembro meu nome plantado na boca de minha mãe naquela noite. Ali, eu haveria de ser de estender um legado, a febre do combatente novo. Aqui, na minha desordem, eu fico. Ficar, esta forma de seguir despojando os grãos. Aurora, 27/07/2011 Do livro A praça azul & Tempo de vidro, a ser publicado em breve pela Editora Paés. |
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