sábado, 28 de agosto de 2010

Faz tempo estava pensando em fazer uma arrumação em cASa. Adoro fazer isso, separar, jogar fora ou fazer doações. Diminui o pó, tudo fica mais leve, bem resolvido, além de ser uma atitude ecológica e politicamente correta.Outro dia, fiz isso. Pretendia doar às vitimas das enchentes e até levei umas peças para o posto de arrecadação do Derby.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Gente, está acontecendo muito agito na cidade e como sinto não poder participar de todos, pelo menos fica a memória.


8º Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz

O 8º Festival Recifense de Literatura – A Letra e a Voz, que acontece de 22 a 29 de agosto, conta com a participação da produtora Nós Pós, responsável pela curadoria e produção de um versátil recital performático com a presença de grandes nomes na literatura contemporânea, dia 27/09/2010 a partir das 20h30, na Rua da Moeda.

Leia mais e veja a programação completa do Festival em nospos.blogspot.com.

Recital performático Nós Pós
Dia 27/09/2010 - 20h30
Rua da Moeda - Recife Antigo
Aberto ao público


Projeto Engolindo Sapos - parte III

A produtora Nós Pós apresenta, dia 01/09/2010, a terceira edição do projeto Engolindo Sapos, no Espaço Pasárgada, às 19h30. O evento fecha a trilogia de diálogos sob o tema "Os contemporâneos e suas misturas - experiências e experimentos". O bate papo - que terá um momento de participação do público - desta vez será com Marcelo Sena, bacharel em Comunicação Social, habilitação Jornalismo, bailarino, coreógrafo, professor de dança e músico, fundador e diretor da companhia de dança Cia. Etc.; Renata Pimentel, Doutora em Teoria da Literatura, que dedica-se a pesquisas nas áreas de literatura, com ênfase em brasileira e latinoamericana, crítica textual, teoria literária, dramaturgia e tem trabalhos, também, ligados à área de dança; e o jornalista, poeta e compositor Marco Polo (ex-Ave Sangria e atualmente editor da revista Continete Multicultural).

Na ocasião a Cia. Etc.estará comercializando a Coletânea 10 Anos, composta pelo livro Pele e Ossos, que contém textos produzidos por Giorrdani Gorki (Kiran), José W Junior e Marcelo Sena durante a Pesquisa Prática Pele e Ossos e o DVD do projeto de 10 anos da Cia. Etc. (contemplado pelo Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2007), que reúne o registro audiovisual dos três espetáculos apresentados no projeto: Silêncio (2004), Corpo-Massa: Pele e Ossos (2007) e Imagens Não Explodidas (2008), do documentário Dança Aí! e de três produções de videodanças: Súbito (2009), Sobre (2009) e Maxixe (2010).

Saiba mais sobre a Coletânea 10 Anos, da Cia. Etc. em nospos.blogspot.com.

O projeto Engolindo Sapos tem apoio da Fundarpe e UBE-PE.

Projeto Engolindo Sapos - parte III
Dia 01/09/2010 (quarta-feira) - 19h30
Espaço Pasárgada (Rua da União, 263 - Boa Vsita)
Entrada gratuita



Sarau da Independência

O evento, que conta com a presença de grandes figuras como Alan Sales e Adiel Luna, acontecerá dias 06 (a partir das 19h) e 07 (a partir de 11h), no Pátio de Santa Cruz e Mercado da Boa Vista respectivamente.
A produtora Nós Pós levará os poetas Israel Lira, Jorge do Improviso, Roberto Queiroz e os escritores Jhonatan Sodré e Cláudia Trevisan para o Mercado, a partir das 13h.

Sarau da Independência
Dia 07/09/2010 (terça-feira) - 13h
Mercado da Boa Vista
Aberto ao público

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

PCR promove seminário que discute a sustentabilidade e ampliação das bibliotecas
24 ago
Técnicos da Secult e FCCR informaram que o acervo das unidades comunitárias está sempre aumentando e se renovando, já que o número de doações aumenta cada vez mais
Por Jamille Coelho

Sustentabilidade nas Bibliotecas Públicas e Escolares foi um dos temas de discussão do Seminário Literatura em Rede, promovido pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e Fundação de Cultura da Cidade do Recife (FCCR). O encontro, que aconteceu na manhã desta terça-feira (24), no auditório do Centro de Educação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), integra a oitava edição do Festival Recifense de Literatura “A Letra e a Voz”, que foi aberto, oficialmente, no último dia 22 e segue até o próximo domingo (29).

De acordo com a gerente geral de Literatura e Editoração da FCCR e coordenadora geral do Festival, Heloísa Arcoverde, o seminário é extremamente importante porque envolve a formação do leitor e discute questões relacionadas à necessidade de políticas públicas voltadas para as bibliotecas estaduais, municipais, comunitárias e escolares.

“O seminário ajuda os governos e a sociedade a se envolver e lutar pela sustentabilidade das bibliotecas. Outro papel importante da discussão é ampliar e estabelecer novas parcerias, como é o caso da que temos com a UFPE”, explicou. Segundo Heloísa, a Secretaria de Cultura e FCCR atualmente conta com duas bibliotecas de bairro – a Biblioteca Popular de Casa Amarela e a de Afogados. Cada uma das unidades possui em média 12 mil títulos de todas as áreas do conhecimento e recebe mais de 30 mil usuários por ano, somando um total de 60 mil usuários nos dois espaços.

“Este ano, o Recife ganhará mais uma biblioteca que será erguida no Bairro do Zumbi. Até o final da gestão João da Costa, a previsão é de que sejam construídas mais duas – essas três novas unidades são fruto de uma parceria com o Ministério da Cultura -; com isso, teremos cinco ao todo. Nas escolas da rede temos um total de 112 bibliotecas para os alunos realizarem suas pesquisas”, declarou a gerente.

Durante o seminário, as palestras foram ministradas por Marcos Galindo, Lourival Pereira Pinto, Celly de Brito e Edilene Silva. “O mote da discussão foi em torno da criação de políticas públicas para o setor, o que pode ser feito para dar sustentabilidade às bibliotecas e o que o Departamento de Ciências da Informação da Universidade pode fazer para melhorar a situação destes espaços através de pesquisas e programas de extensão”, disse o professor Galindo.

Já o professor Lourival Pereira enfatizou a necessidade da valorização dos profissionais da área de biblioteconomia e a importância das bibliotecas comunitárias, que hoje se mostra como uma forte tendência. “Atualmente, ainda existe uma forte desigualdade cultural e nós da Universidade, estamos trabalhando para diminuir o distanciamento entre o povo e o acadêmico. Um excelente caminho para isso é fortalecer e incentivar as bibliotecas comunitárias que estão em expansão”, declarou.

De acordo com a professora Edilene Silva, a sociedade também é responsável pela consolidação da sustentabilidade destes espaços de leitura e pesquisa. “Não podemos, simplesmente, apontar o dedo para o governo e culpá-lo quando temos três dedos apontando para nós. É necessário que haja uma reflexão sobre o que compete ao governo e à sociedade”, disse.

Para a gerente operacional de Bibliotecas da Fundação de Cultura, Tereza Marinho, o acervo nos centros de leitura e pesquisa municipais está sempre aumentando e se renovando já que o número de doações aumenta cada vez mais. “Muita gente nos procura para doar livros e periódicos. Este é um ato muito relevante porque ajuda no incentivo à leitura. Quanto mais títulos tivermos, melhor. Vale lembrar que, nas bibliotecas trabalhamos o conceito cultural com um calendário anual extenso e cheio de atividades voltadas para todos os públicos, desde a criança às pessoas da boa idade. Durante os 12 meses do ano, desenvolvemos ações de incentivo à leitura; valorização da cultura local; entretenimento; valorização dos profissionais que trabalham nos espaços, entre outras”, acrescentou Tereza.

Os interessados em fazer doações podem ligar para (81) 3355.3112 (Biblioteca de Afogados) e (81) 3355.3130 (Biblioteca de Casa Amarela). Nesta quarta-feira (25) diversos temas relacionados à leitura serão discutidos das 8h30 às 14h, na Biblioteca Popular de Afogados.





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domingo, 22 de agosto de 2010

Teatro do Parque comemora aniversário com programação especial
O equipamento cultural festeja seus 95 anos, exibindo sucessos em 16mm e concerto com a Banda Sinfônica; a entrada é de graça


Da Redação do pe360graus.com

Na próxima terça (24), o Teatro do Parque completa 95 anos de existência. Para celebrar a data, uma programação especial: de 23 a 27 de agosto haverá exibição de filmes e um concerto especial com a Banda Sinfônica da Cidade do Recife.

Com sessão nesta segunda-feira (23), às 19h, o curta "Acrobatas no Centro da Cidade do Recife" é uma produção do cinema mudo, da década de 30. Na sequência, às 19h15, é a vez de "Aitaré da Praia" (1925), dos diretores Gentil Roriz e Ary Severo. O filme conta a história de Aitaré, que namora Cora, uma moça da aldeia. Numa viagem de jangada, ele salva o rico coronel Felipe Rosa e sua filha. De volta à cidade grande, Cora e Aitaré se desentendem. Cinco anos mais tarde, o motivo será esclarecido.

Na terça-feira (24), serão três sessões especiais. Na primeira, às 16h, será exibida a animação japonesa "Férias de Verão com Côo" (2007), do diretor Kejjchi Hara. O filme conta a história de Koichi, um adolescente solitário que encontra um Kappa (criatura do folclore japonês) adormecido há mais de 200 anos. O bicho, chamado Côo, recebe muito amor da família de Koichi, mas algo sai errado e o mundo inteiro toma conhecimento da criatura. A animação recebeu diversos prêmios internacionais.

Na segunda sessão, às 19h, é a vez de "Pernambuco e sua Exposição de 1924", documentário da produtora Aurora-Film, que resgata a história do Ciclo do Recife - cinema mudo regionalista, que durou cerca de nove anos. Reuniu inúmeros jovens, de diversas categorias profissionais, que dividiam o tempo entre a profissão e a arte de fazer cinema.

Encerrando a noite da terça, às 19h15, o drama "O Canto do Mar" (1954), drama do diretor Alberto Cavalcanti. No elenco, Margarida Cardoso, Cacilda Lanuza, Aurora Duarte e Antonio Martineli. Retirantes da seca foram para o litoral, primeira etapa da migração em direção ao sul, encontrando uma sina de loucura, miséria, traições e desesperança da qual o menino-protagonista deseja escapar.

Já na quarta (24), o público assiste gratuitamente à Banda Sinfônica do Recife, às 20h. Regida pelo maestro Nenéu Liberalquino, a BSCR homenageia o Teatro com um repertório diversificado. Song without Words "I'll love my love" e Fantasia on the "Dargason", de Gustav Holst; Ponteio, de Edu Lobo; e Somewhere in Time, de John Barry são algumas das obras que integram o programa do concerto. "Iremos apresentar ainda, 'A Dança do Fogo do balé El amor Brujo', de Manuel de Falla, e um Medley de Elvis Presley", conta o maestro Nenéu.

Na quinta (26) e sexta-feira (27), o Cinema do Parque volta a exibir, na sua programação normal, o longa nacional "Segurança Nacional" (2009), do diretor Roberto Carminati. No elenco, Thiago Lacerda, Ângela Vieira, Milton Gonçalves, Marcio Rosario, Gracindo Júnior, Ailton Graça e Sheila Melo.

O governo brasileiro lidera um grupo de países da América Latina na tentativa de combate aos cartéis de drogas. Em resposta, no entanto, os traficantes iniciam uma série de ataques às cidades brasileiras e aos recursos naturais dessas localidades. E o primeiro alvo é a Floresta Amazônica. As sessões serão às 14h30, às 16h40 e às 19h. O ingresso custa R$ 1,00 (preço único).

HISTÓRIA
Em 24 de agosto de 1915, o Teatro do Parque entra em cena com a apresentação da Companhia Portuguesa de Operetas e Revistas. As companhias brasileiras de Vicente Celestino e Alda Garrido, além das primeiras peças de Samuel Campelo e Valdemar de Oliveira também foram destaques da pauta histórica. As exibições do cinema mudo eram acompanhadas por músicos como o maestro e compositor Nelson Ferreira. No período de 1929 a 1959, o grupo Luiz Severiano Ribeiro arrendou o teatro e lançou filmes da Disney e as chanchadas brasileiras.

Em 1959, o prefeito Pelópidas Silveira desapropriou, reformou e reinaugurou o espaço com a temporada da peça Onde Canta o Sabiá, com direção de Hermilo Borba Filho. Em 1973, um convênio entre a gestão municipal e o Instituto Nacional de Cinema, foi transformado no primeiro cinema educativo permanente no Brasil. A pauta continua disponível para temporadas de artes cênicas, música e exposições no jardim e hall do prédio.

SERVIÇO
Programação especial de aniversário do Cine-Teatro do Parque
Entrada gratuita

Segunda-feira (23)
19h - Acrobatas no Centro da Cidade do Recife
19h15 - Aitaré da Praia

Terça-feira (24)
16h - Férias de Verão em com Côo
19h - Pernambuco e sua Exposição de 1924
19h15 - O Canto do Mar

Programação normal do Cinema do Parque
Ingresso: R$ 1,00

Quarta-feira (25)
Concerto com a Banda Sinfônica da Cidade do Recife
Às 20h
Entrada gratuita

Segurança Nacional
Quinta (26) e sexta-feira (27)
14h30, 16h40 e 19h

sábado, 21 de agosto de 2010

COTIDIANO
Pernambuco - 21.08.10 - Atualizado ás 23:15:05

Internacional
Fotografia leva 700 pessoas a tirarem a roupa na França

700 pessoas tiraram a roupa para o fotógrafo Spencer Tunick
700 pessoas tiraram a roupa para o fotógrafo Spencer Tunick
Foto: Spencer Tunick

O fotógrafo americano Spencer Tunick, conhecido por seus retratos de nus em massa, escolheu para seu mais recente trabalho a cidade francesa de Aurillac, onde 700 pessoas tiraram a roupa e cobriram o rosto com guarda-chuvas.

Coincidindo com a realização do Festival de Teatro de Rua de Aurillac, Tunick quis homenagear o artista belga René Magritte e seus célebres guarda-chuvas pretos sobre a areia, informa hoje o jornal "Le Parisien".

Na manhã desta sexta-feira, 2 mil voluntários compareceram ao local da fotografia, uma montanha de onde se pode ver a cidade.

Somente 700 desses voluntários, entre homens e mulheres, foram selecionados. Por ordem do fotógrafo, os rostos não são vistos na imagem, apenas os guarda-chuvas que os cobrem.

Spencer Tunick (Nova York, 1967) é conhecido no mundo todo por suas fotos de nus coletivos.

Desde 1994, realizou mais de 75 trabalhos desse tipo, sendo o maior deles com 18 mil pessoas, em 2007, na praça do Zócalo (praça central) da capital mexicana.

Fonte: EFE
Bibliotecas do Grande Recife pedem socorro

Publicado em 18.08.2010, às 11h45
Do Jornal do Commercio

Foi lançado o Movimento em Defesa da Rede de Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana do Recife
Foto: Alexandre Belém/ JC Imagem

Oito bibliotecas comunitárias, localizadas no Recife, em Olinda e Jaboatão dos Guararapes precisam de ajuda. Vazamentos e infiltrações nas paredes e telhados, mofo, rachaduras e falta de estantes para livros são alguns dos problemas enfrentados pelas instituições. Na tentativa de resolver os problemas, foi lançado o Movimento em Defesa da Rede de Bibliotecas Comunitárias da Região Metropolitana do Recife.

“Precisamos de recursos para manutenção das bibliotecas. A maioria sobrevive de doações e por isso tem dificuldade para pagar as contas. Fazemos um trabalho importante de sensibilizar as comunidades para a importância das bibliotecas. Lamentamos porque nem sempre conseguimos oferecer uma infraestrutura legal”, observa o coordenador de Comunicação da Rede de Bibliotecas Comunitárias, Primo Rodrigues.

O movimento está aberto a contribuições em dinheiro (depósito na Caixa Econômica Federal, conta corrente 544-5, agência 2193, operação 003). Também a doações de equipamentos e móveis (computadores, impressoras, estantes, cadeiras, mesas) ou propostas de trabalho voluntário. “Qualquer ajuda é bem-vinda”, ressalta Primo. Quem quiser também pode doar livros, principalmente títulos infantis. Paradidáticos não são necessários. Amanhã, escritores e blogueiros, como Homero Fonseca e Samarone Lima, farão um coro virtual. Publicarão, em seus sites e blogs, textos estimulando a população a ajudar as bibliotecas.

No Recife, a rede é formada por bibliotecas em Brasília Teimosa, Coque, Ilha do Retiro e Alto José Bonifácio. Em Olinda, os espaços comunitários funcionam em Peixinhos, Ouro Preto e no Bairro Novo. Em Jaboatão, há uma em Piedade.

A diversão das estudantes Luciana Shirleide, 12 anos, e Ingrid Alice, 11, é visitar, diariamente, a Biblioteca Popular do Coque. Passam tardes lá, lendo ou ouvindo histórias contadas pela coordenadora do espaço, Maria Betânia Nascimento. Também mexem no único computador do lugar, que mesmo sem acesso à internet, é disputado pela garotada.

“Gosto de ler poesia. Depois, copio as que mais gosto. Já enchi quase a metade de um caderno”, conta Luciana, aluna da 5ª série do ensino fundamental da Escola Municipal Costa Porto. “A gente se distrai quando fica na biblioteca. Acho bom”, diz Ingrid Alice. Questionadas sobre o que precisa melhorar, elas sugerem mais iluminação, computador com internet e mais espaço para as atividades.

“Perdemos bastante livros nas últimas chuvas, pois o telhado tem infiltração. A parte elétrica está comprometida. O muro também. O prédio é alugado e precisa de reforma”, observa Maria Betânia, guardiã do lugar, que convoca voluntários para ajudá-la. São cerca de 3.500 livros. A frequência diária fica entre 30 e 40 visitantes.

Na Biblioteca Comunitária Amigos da Leitura, no Alto José Bonifácio, faltam estantes, mesas, cadeiras, computadores. “Conseguimos aprovar um projeto no Funcultura, que vai custear aluguel do prédio e os salários. Mas precisamos de dinheiro para manutenção”, explica o coordenador Fábio Rodrigues. Provisoriamente, a biblioteca está no edifício da associação de moradores, mas em setembro deve mudar-se para um galpão que será reformado.

domingo, 15 de agosto de 2010

Para você se agendar:

Passeios pelas praças de Burle Marx, organizados pela Secretaria de Turismo do Recife. Dias 21 e 28/08, saindo da Praça do Arsenal às 14h. Levar 2 quilos de alimentos. Vagas limitadas. Contatos: 3355-8409

Lançamento do livro de poemas dedicado a Erickson Luna. Mercado da Boa Vista. Dia 28/08, 10h.

Festival Recifense de Literatura A Letra e a Voz, no período de 22 a 30/08.

VI Festa Literária Internacional de Pernambuco, que vai acontecer em Olinda, de 12 a 15/11.

E para quem anda atrás de preciosidades para ouvir, acesse o site www.umquetenha.org. Oferece um riquíssimo acervo de artistas de todo o tempo da música brasileira. Aproveite para baixar todas, inclusive projetos quentinhos de três jovens cantoras: Nina Becker, Sílvia Machete e Tulipa Ruíz.

sábado, 14 de agosto de 2010

Pessoal, durante os dias de 2 a 13 de agosto, estive junto de uma galera muito legal, participando do curso "Videoarte:Introdução a uma linguagem artística", realizado na Fundaj/Derby.Foi ministrado pela professora Maria do Carmo Nino e mediadores da instituição, que tinha como objetivo fornecer uma introdução à história da videoarte e aos cruzamentos desta com outra linguagem de destaque na arte contemporânea: a performance. A seguir, um texto escrito por Carlinhos, o plantador de sonhos.


Houston, have we a problem?
Carlos Lima

Por uma arte livre de rótulos surgiu na década de 1960 com desejo de renovação a videarte. No início meio tímida sem entender muito bem quais eram seus códigos, teve seus partidários que lutaram pelo seu estatuto, se é que podemos falar de um estatuto para ela. Hoje, 50 anos depois, ainda somos incapazes de definições objetivas sobre tal linguagem, como se ela fosse "in-gavetável". Pudemos perceber que propor uma introdução a esta linguagem artística é só a ponta de um iceberg de proporções colossais, capaz de criar em nós possibilidades de infinitos desdobramentos e nos tornar mais críticos e sensíveis às mídias que cada vez mais, tornam-se presentes em nosso dia a dia.

Mais conscientes dos nossos limites, nos exploramos e exploramos o outro e neste exercício percebemos que o nosso corpo vai além da nossa pele e invade a paisagem até se fundir no corpo do outro. Constuimos conceitos, corremos, compartilhamos energias que nos fizeram subir, descer, explodir, nos leiloamos e descobrimos que a carne mais barata do mercado afinal de contas não é a carne negra e que ideias custam caro,mas afinal,"a quem posso perguntar o que vim fazer neste planeta?"

Realizamos ações que falavam sobre nós a fim de desatar nós. Mergulhamos nas performances para comer com os olhos e com as mãos, dançar e marchar, roubar, vender,plantar sonhos, dizer o indizível e dar sentido a isso, perceber a solidão, orar, gostar de flores, acreditar numa arte livre dela mesma. Mergulhamos! E agora que sabemos respirar embaixo d'água, chegou a hora de explorar esse oceano.

domingo, 8 de agosto de 2010

MIRÓ 5.0

por Raimundo de Moraes

Uma vez numa mesa de bar eu disse: Miró é um dos grandes poetas que surgiram no Recife nessas últimas décadas (a idade e a experiência vão nos permitindo fazer comentários enxeridos desse tipo). E uma pessoa disse: é verdade, ele tá na moda.

Eu não sei se o meu interlocutor entendeu o que eu quis dizer, ou só levou pro lado midiático da coisa. Alguém pode estar na moda e ser um blefe, uma porcaria.

O que não é o caso. Se as performances de João Flávio Cordeiro da Silva – que entrou para a eternidade da Poesia com o nome de Miró – fossem só uma porção de mogangas, como diz o matuto, acho que nem eu estaria aqui escrevendo este textinho e nem as plateias Brasis afora continuariam a aplaudir. A gente já estaria de saco cheio.

Mas o cabra da Muribeca completa 50 anos neste mês de agosto cuspindo fogo e escrevendo bem. Cacete, é muito bom ouvi-lo recitar, dizendo que Deus está pedalando numa bicicleta (e num outro poema ele pergunta se Deus é daltônico) e que o beija-flor está beijando flores artificiais que a mãe comprou na feira... E que o amor é um crime perfeito. E que merece um tiro quem inventou a bala. O cotidiano nos flagra e nos bate na cara nessa poesia que denuncia as contradições e as angústias daquilo que poderia ser e não é, daquilo que é mas que não poderia ser.

O poeta da Muribeca está na moda, sim, minha gente. Já virou filme, virou tese de mestrado, virou página de revista e de jornais. Não sei se vai virar marca de calcinha com poemas ilustrados pr’alguma gostosona usar e dizer: a poesia de Miró me toca profundamente... Mas o melhor de tudo isso é que ele conseguiu o que muita gente sonha: viver honestamente da arte que faz. Mascate dos livros, grande performático, figura da vez.

Neste mês de agosto ele completa 50 anos e, claro, com livro novo. O lançamento de Quase crônico é um acontecimento pra agitar a cidade e empolgar fãs-leitores. Vem com versos fortes, aquela dor aguda de tocar/mostrar mazelas, cenários e personagens que vemos por aí, personagens que somos, fragmentos de uma urbanidade violenta e que pactuamos ou no medo ou na indiferença.

Não dá pra escrever sobre esse Quase crônico sem citar por inteiro pelo menos um dos seus melhores poemas:



Deus não inventou nada
Quem inventou foi o Homem
Óculos escuros
Calça jeans de marca
Celular que filma
Enquanto o ladrão fica lhe filmando
Deus não inventou nada
Quem inventou foi o Homem
Essa urgência louca de ter um carro
E essa agonia besta de ter de brigar por causa de um time
Deus não inventou nada
Deus só jogou um monte de gente aqui dentro
E fez como Pilatos
Lavou as mãos
Só não sei com que sabão



Então, o que dizer mais? Vamos ler Mestre Miró, ler e aplaudir.



Quase crônico
Edição do Autor, 35 págs.
R$ 10

Lançamento
06 de agosto de 2010 às 19h
Fundação Joaquim Nabuco – Derby
Rua Henrique Dias, 609 - Derby - Recife
Mais sobre os bastidores do livro, clique aqui:

http://www.youtube.com/watch?v=HlF9tiN6q_4
Texto colado do Interpoética