Arnaldo Jabor, em sua coluna no JC de hoje (29/06/10, traz uma reflexão sobre as enchentes de Pernambuco e Alagoas, intitulada "Os Homens criaram este Haiti aqui",da qual extraí um trecho a seguir:
"(...)A realidade (se é que isso existe no País) é que a tragédia fixa, silenciosa, invisível se transformou numa tragédia bruta e retumbante. Só isso aconteceu no Nordeste.
Resta-nos a impotência diante do fato consumado e um sentimento nobre, mas que chega sempre depois da desgraça: a solidariedade.
O que é a solidariedade? Como sentir a dor dos outros? Sou solidário aqui ou apenas faço meu artigo semanal? Por que me comovo? Será que me comovo mesmo, será que me imagino ali na lama, procurando pedaços de comida no lixo e aí me purifico com minha indignação impotente? Como posso saber o que sente um homem-gabiru, faminto, analfabeto, que só é procurado pelos poderosos sacanas para se "laranja" em roubalheiras para a cumbuca das oligarquias? Como posso saber da alma de um desgraçado limpando um pedaço de pão no lodo para dar para o filho bebê, com seu sofrimento mudo, enquanto os culpados dizem "que horror" nos prédios de luxo nas praias de Pajuçara e Boa Viagem ou se escondem nos cabides de emprego de Brasília? Como se sentem os homens sofridos que vemos chorando na TV, sob o som de gritos da Copa do Mundo, uivos de vuvuzelas e patetas pulando de alegria patriótica?
Os diques e os açudes que se romperam são os diques rompidos da mentira política sistemática. Então, pode ser que a história se mova um pouco e que a consciência de nosso absurdo aumente. Mas, isto...só por um tempo...Depois, novas catástrofes voltarão a se armar..."
(Jornal do Commercio/Caderno C- Arnaldo Jabor, 29/06/2010)
terça-feira, 29 de junho de 2010
domingo, 27 de junho de 2010

Da lama ao caos
A água expulsou quem vivia ali
Cobriu de lama a fome
O sonho,a esperança
A cidade e seus filhos
Cenário de abandono e desamparo
O Haiti é aqui.
Os heróis da resistência
Estão por todos os lados
Dos escombros, do que restou
Na escuridão a vigia
Do pouco que sobrou
A África está aqui.
Vidas secas destruídas
Asfalto e concreto armados
Um mundo de lama
Vence o olhar
Virou entulho o lugar
E a cidadania aniquilada.
Fotos de Alcione Ferreira(Diario de Pernambuco -27/06/2010)
terça-feira, 22 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010

José Saramago nos deixou às 12:30 desta sexta-feira, 18/06 (horário local, 7:30 em Brasília), aos 87 anos. Único escritor da língua portuguesa ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1998, Saramago, ateu, comunista militante, defensor ideológico de causas humanitárias – gritava contra a injustiça, globalização e pobreza - foi um homem à frente do seu tempo. Deixou uma vasta obra literária (romances, peças teatrais, contos, poemas), dos quais destaco: Memorial do Convento (1982); O Ano da morte de Ricardo Reis (1984); O Evangelho segundo Jesus Cristo (1991); Ensaio sobre a Cegueira (1995) e o último, Caim (2009).
Alguns dizem que ele não gostava do Brasil e de brasileiros, porém, ao saber da sua eleição como Sócio Correspondente da ABL comentou: “Eis-me portanto acadêmico no País que mais amo depois do meu, o Brasil. É como estar em casa”.
Os trechos abaixo foram extraídos do blog “Outros cadernos de Saramago”(http://caderno.josesaramago.org)
Minutos, dias
“Todos os dias têm a sua história, um só minuto levaria anos a contar, o mínimo gesto, o descasque miudinho duma palavra, duma sílaba, dum som, para já não falar dos pensamentos, que é coisa de muito estofo, pensar no que se pensa, ou pensou, ou está pensando, e que pensamento é esse que pensa o outro pensamento, não acabaríamos nunca mais.”
Fonte: “Levantando do Chão” (Editora Caminho, 14ª ed., p. 59)
Catorze de Junho
“Cerremos esta porta Devagar, devagar, as roupas caiam/como de si mesmos se despiam deuses,/E nós o somos, por tão humanos sermos./ É quanto nos foi dado:nada./Não digamos palavras, suspiremos apenas/Porque o tempo nos olha./Alguém terá criado antes de ti o sol,/E a lua, e o cometa, o negro espaço,/As estrelas infinitas./Se juntos, o que faremos? O mundo seja,/como um barco no mar, ou pão na mesa/Ou rumoroso leito./Não se afastou o tempo. Assiste e quer./E já pergunta o seu olhar agudo/À primeira palavra que dizemos: /Tudo.”
Fonte: Poesia Completa (Editora Alfaguara, pags. 636/637)
“No dia seguinte ninguém morreu” (trecho de “Intermitências da morte, 2005)
Como disse Eduardo Galeano: “ele foi embora, mas ficou entre nós”.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
CRONOBIOGRAMA FEMININO !!..
1 aos 5 anos:
A mulher não tem a mínima idéia do que ela seja.
5 aos 10 anos:
Sabe que é diferente dos meninos, mas não entende porquê.
10 aos 15 anos:
Sabe exatamente por que é diferente, e começa a tirar proveito disso.
25 aos 30 anos:
Nessa fase formam 5 grupos distintos:
G1
As que casaram
por dinheiro
G2
As que casaram
por amor
G3
As que não casaram
G4
As que simplesmente casaram
G5
As inteligentes
G1: descobrem que dinheiro não é tudo na vida, sentem falta de uma paixão..
G2: descobrem que paixão não é tudo na vida, sentem falta do dinheiro.
G3: não importa o dinheiro e a paixão, sentem falta mesmo é de um homem .
G4: não entendem por que casaram.
G5: descobrem que ter inteligência não é tudo na vida.
30 aos 35 anos:
Sabe exatamente onde errou e tinge o cabelo de loiro. Vai para academia.
35 aos 40 anos:
Procura ajuda espiritual.
.
40 aos 45 anos:
Abandona a ajuda espiritual e procura ajuda médica, com analistas e cirurgiões plásticos.
45 aos 50 anos:
Graças aos cirurgiões sua bunda e barriga voltaram ao normal, seus peitos ficaram melhores do que eram e explode uma paixão pelo seu analista.
Após os 50 anos
FINALMENTE SE DESCOBRE, SE ACEITA E COMEÇA A VIVER !!!!
...Mas, aí vêm a osteoporose e o reumatismo e fode tudo.
Autor - Luiz Fernando Verissimo
1 aos 5 anos:
A mulher não tem a mínima idéia do que ela seja.
5 aos 10 anos:
Sabe que é diferente dos meninos, mas não entende porquê.
10 aos 15 anos:
Sabe exatamente por que é diferente, e começa a tirar proveito disso.
25 aos 30 anos:
Nessa fase formam 5 grupos distintos:
G1
As que casaram
por dinheiro
G2
As que casaram
por amor
G3
As que não casaram
G4
As que simplesmente casaram
G5
As inteligentes
G1: descobrem que dinheiro não é tudo na vida, sentem falta de uma paixão..
G2: descobrem que paixão não é tudo na vida, sentem falta do dinheiro.
G3: não importa o dinheiro e a paixão, sentem falta mesmo é de um homem .
G4: não entendem por que casaram.
G5: descobrem que ter inteligência não é tudo na vida.
30 aos 35 anos:
Sabe exatamente onde errou e tinge o cabelo de loiro. Vai para academia.
35 aos 40 anos:
Procura ajuda espiritual.
.
40 aos 45 anos:
Abandona a ajuda espiritual e procura ajuda médica, com analistas e cirurgiões plásticos.
45 aos 50 anos:
Graças aos cirurgiões sua bunda e barriga voltaram ao normal, seus peitos ficaram melhores do que eram e explode uma paixão pelo seu analista.
Após os 50 anos
FINALMENTE SE DESCOBRE, SE ACEITA E COMEÇA A VIVER !!!!
...Mas, aí vêm a osteoporose e o reumatismo e fode tudo.
Autor - Luiz Fernando Verissimo
sábado, 5 de junho de 2010
Estive ausente durante dias e nem sei por onde me buscar. Horas sem dormir, até fiz várias tentativas: rezei, coloquei música como consolo, fiz meditação, tomei maracujina, apelei para tudo o que estava ao alcance, só não lembrei de contar ovelhas (ou carneirinhos?), talvez por trauma de infância - havia uma que me perseguia toda manhã logo que eu aparecia à porta de casa para comprar o pão. A danada me perseguia na ida e na volta. É duro envelhecer por falta de sono, noites maldormidas, seja por qual motivo for. Fiz até um poema:
Exercício para Insônia
Pinça:
sentada
eleva as mãos para cima
esticando o corpo
depois abaixa.
Gafanhoto:
deitada de bruços
estica a perna direita
solta a rspiração.
Depois faz com
perna esquerda.
Relaxa
Com as duas pernas
Relaxa.
Repete.
Exercício para Insônia
Pinça:
sentada
eleva as mãos para cima
esticando o corpo
depois abaixa.
Gafanhoto:
deitada de bruços
estica a perna direita
solta a rspiração.
Depois faz com
perna esquerda.
Relaxa
Com as duas pernas
Relaxa.
Repete.
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