segunda-feira, 7 de outubro de 2013

BIENAL DO LIVRO

A briga pelo poder entre a Andelivros X Cia. de Eventos X governo estadual, tem dividido opiniões nesta IX Bienal Internacional do Livro de Pernambuco. Os realizadores criticam a falta de apoio institucional (leia-se ausência de concessão de bônus educativo para professores), os expositores lamentam os prejuízo  e reclamam da demora para pagamento das prefeituras, enquanto os consumidores reclamam da falta de opções (livros caros, poucos lançamentos e poucos expositores, principalmente para adultos). Há um certo vazio em meio aos stands, embora possamos encontrar de tudo um pouco, de doces caseiros a brinquedos populares, de bijus, bolsas e roupas a cachaça...
Admiro o empenho de se tradicionalizar o calendário do estado com um evento que originalmente está ligado com a política pública de incentivo à leitura, porém, acho que não pode ficar atrelada ao apoio institucional de governos, seja estadual ou municipal, de repasse de bônus educativo para professores utilizarem na compra de livros. Por outro lado, quando nos detemos nos patrocinadores, vimos participações importantes como a Petrobrás, Lei de Incentivo à Cultura, BNDES, Ministério da Cultura e apoios de instituições como a OI, Rede Globo, Angola, Isto É, Fundação Joaquim Nabuco, entre outras. Se não há interesse capitalista como os realizadores comentam, por que será que houve cobrança de entrada na última edição (e haveria também nesta), ocasionando uma revolução de protesto nas redes sociais, o que levou a Cia. de Eventos a voltar atrás e colocar uma nota informando que apesar de tudo, a Bienal terá acesso livre e gratuito?

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