sábado, 25 de fevereiro de 2012

Jazz, blues e companhia

Passei o feriado do carnaval em Garanhuns para curtir além do frio, a quinta edição do Garanhuns Jazz Festival, homenageando Jehovah da Gaita. Levei uma garrafa de vinho tinto argentino para me fazer companhia e ouvi muita mistura de jazz, batucada, repente, blues, frevo, maracatu e baião,  com improviso de sax, muita farra e emoção e o contato bastante intimista com feras como Atiba Taylor, circulando pela rua e sentado bem próximo a mim. Durante o dia havia oficinas musicais no Centro Cultural e às 16 horas, concertos na Igreja do Seminário São José com a participação de Marcell Powell (RJ), Big Joe Manfra (RJ) e Jefferson Gonçalves (RJ), Donny Nichilo  e especial de Russel Ferrante(USA), Duo Maggiore (PE).
A partir das 20h, acontecia na Praça Guadalajara, o show das feras. Difícil dizer o que mais gostei, não poderia deixar de mencionar Tony Gordon, Izzy Gordon (SP), Alexandre Santiago & Dose Dupla (PE), Projeto Batuque (GUS-PE), Artur Menezes (CE) na noite da guitarrada, acompanhado de um time de músicos de vários Estados, tocando o blues tradicional de Chicago, o mago saxofonista Bob Mintzer e o Karl Dixon (USA) que arrebentou no último dia. Nos intervalos dos shows, havia apresentações de repentistas locais que deram o recado na dose certa.
Como o período era de feriado (?), a cidade estava deserta, quase não havia moradores circulando – seria um protesto silencioso? – restaurantes fechados, não sei como consegui sobreviver. Só havia farmácias abertas, ainda encontrei um supermercado e a padaria, que foram a minha salvação. Conheci três pessoas de Recife que estavam hospedadas no mesmo hotel, Dulce, Márcio e Monteiro, nos encontrávamos sempre no café da manhã. Só fiquei até o final no último dia em que fui acompanhada de Dulce, foi uma noite bem legal, regada a vinho e frios.
Vale salientar algumas ressalvas pela pouca segurança, via-se apenas na Praça, nas ruas próximas não se via nenhum policial. O hotel ficava duas ruas depois, andava tiritando de frio e com as noias de cidade grande, embora a tranqüilidade aparente do lugar não permitisse tanto. Poucos banheiros químicos, fedorentos e insuportáveis; os quiosques de comida e bebidas caríssimos, o que salvava eram as barracas de moradores fora da grade de proteção que vendiam de tudo a preços normais.Percebi várias placas do governo federal para  reforma dos equipamentos culturais da cidade, as praças estão sendo restauradas, o parque dos eucaliptos está lindo com uma conservada pista de Cooper, biblioteca, brinquedos e outros; no parque foi construído um banheiro bem organizado e os canteiros estão sendo restaurados. A cidade está com uma aparência mais conservada e limpa, do que da última vez em que lá estive, há um ano atrás.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Hoje acordei ao contrário. Fui à uma consulta que supus estava marcada, meu nome não estava na relação, mas afirmei que já estava marcada desde muito tempo. Quando cheguei em casa havia um recado de mudança de data, ou seja, passaria da sexta para a quinta-feira. Como se não bastasse, fui trabalhar toda organizada e havia uma pessoa me substituindo, por ter chegado primeiro do que eu. Fiquei indignada, mas não briguei com ninguém, ficava me repetindo que precisava ficar calma, não sei se consegui, embora desde que cheguei  tenha consumido muitas guloseimas sem respostas. Acho que ganhei apenas algumas gramas a mais na cintura.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Ontem perdemos o grande guru da sedução. Mas quem pensa que o Wando é só calcinha, veja esse mixtape do DJ Machintal com as pedras do cara:ow.ly/8YCat
Vejam destaque do dj440 que está em todas, divulgando o melhor da música brasileira.
http://www.dj440.com.br/

Juniani Marzani

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Morreu Wislawa Szymborska - nobel da literatura (1923-2012)

Wislawa Szymborska destacou-se por uma poesia cheia de humor





A poetisa polaca Wislawa Szymborska, Prémio Nobel da Literatura em 1996, morreu hoje, aos 88 anos, informou o seu secretário pessoal, citado pela agência noticiosa polaca PAP.


Michal Rusinek disse que a escritora morreu "tranquilamente durante o sono", em casa, na cidade de Cracóvia. O Comité do Nobel considerou-a o "Mozart da poesia", a mulher que misturou a elegância da linguagem com "a fúria de Beethoven".

Além do Nobel da Literatura, em 1996, a poetisa foi galardoada com o Prémio Goethe, em 1991, e com o Herder, em 1995.

A poetisa Wislawa Szymborska, nascida em Kornik, oeste da Polónia, morreu ontem na Crocávia, de cancro. A autora, que se destacou por uma poesia mesclada de emoção, ironia, metafísica e quotidiano, e pela habilidade em usar trocadilhos, publicou o seu primeiro poema em 1945 num jornal local.

Considerada um mito na Polónia, só obteve reconhecimento internacional depois de receber o prémio Nobel da Literatura 1996, que lhe foi atribuído pela "irônica precisão" ao retratar a realidade humana.

Autora de uma dezena de livros de poesia, em maio de 2007 juntou-se aos intelectuais polacos que acusaram a direita conservadora dos irmãos gêmeos Lech e Jaroslaw Kaczynski (então Presidente da República e primeiro-ministro, respetivamente) de "não compreenderem" a democracia e "tentarem enfraquecer e renegar instituições de um Estado democrático como os tribunais independentes e os media livres".

Em 1975, ainda sob o regime comunista, Wislawa Szymborska juntou-se ao movimento de intelectuais que protestaram contra a decisão do Partido Comunista Polaco de inscrever na Constituição a cláusula de "aliança eterna" com a União Soviética.

A sua obra, que está traduzida em português, é considerada memorável. Wislawa Szymborska publicou o seu último livro, "Aqui", em 2009.

As três palavras mais estranhas 


Quando pronuncio a palavra Futuro,
a primeira sílaba já pertence ao passado.
Quando pronuncio a palavra Silêncio,
destruo-o.
Quando pronuncio a palavra Nada,
crio algo que não cabe em nenhum não-ser.



O TERRORISTA, ELE OBSERVA

A bomba explodirá no bar às treze e vinte.
Agora são apenas treze e dezesseis.
Alguns terão ainda tempo para entrar;
alguns, para sair.
O terrorista já está do outro lado da rua.
A distância o protege de qualquer perigo.
E, bom, é como assistir a um filme.
Uma mulher de casaco amarelo, ela entra.
Um homem de óculos escuros, ele sai.
Jovens de jeans, eles conversam
Treze e dezessete e quatro segundos.
Aquele mais baixo, ele se salvou, sai de lambreta.
E aquele mais alto, ele entra.
Treze e dezessete e quarenta segundos.
A moça ali, ela tem uma fita verde no cabelo.
Mas o ônibus a encobre de repente.
Treze e dezoito.
A moça sumiu.
Era tola o bastante para entrar, ou não?
Saberemos quando retirarem os corpos. Treze e dezenove.
Ninguém mais parece entrar.
Um careca obeso, no entanto, está saindo.
Procura algo nos bolsos e
às treze e dezenove e cinqüenta segundos
ele volta para pegar suas malditas luvas. São treze e vinte.
O tempo, como se arrasta
É agora.
Ainda não.
Sim, agora.
A bomba, ela explode.

Tradução: Nelson Ascher
(Versão realizada a partir da versão inglesa de Adam Czerniawski e da
norte-americana de Magnus J. Krynski e Robert A. Maguire)

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Sempre que começa um novo ano, faço uma avaliação do anterior e analiso as metas que me propus realizar. Até agora não senti vontade de fazer isso, já começou o segundo mês e ainda tenho dúvidas sobre o que fazer, aliás, estou tão confusa, tão disfocada, mudo de opinião o tempo todo, sempre em busca do que seja melhor pra mim.