terça-feira, 29 de novembro de 2011


(Photography by Matt Wisniewski)

Não sei o que me deu de me perder, achei que conhecia o lugar, achei que já havia estado lá... me enganei. Andei tanto, suei e como já era muito tarde, fui direto pra cadeira da minha terapeuta, disputar mais um round.

sábado, 26 de novembro de 2011

Tô meio sem paciência, abusada com tudo e todos. Sacudi a poeira da estante, guardei papéis e corri para o ponto do ônibus. Estou meio preguiçosa até pra pensar.

"Se for perder a paciência, perca com calma" (Beatriz Lino)
Já ouvi esta frase... um tanto inusitada, mas enfim, não sei se é possível ter calma nesse caso. Perde-se e pronto.

sábado, 19 de novembro de 2011

Primeiro clipe póstumo de Amy Winehouse é divulgado


Divulgação
Capa do disco póstumo de Amy WinehouseDE SÃO PAULO
A canção "Our Day Will Come" foi escolhida para registrar o primeiro clipe póstumo de Amy Winehouse. O vídeo reúne momentos de shows, cenas de videoclipes e fotografias da cantora inglesa.

Cover do grupo Ruby and The Romantics, a música é faixa do "Lioness: Hidden Treasures", álbum formado por gravações deixadas pela cantora retrabalhadas pelos produtores Mark Ronson e Salaam Remi, que será lançado em 5 de dezembro.

Entre as doze faixas do disco póstumo estão composições inéditas, como "Between The Cheats", e versões para músicas de outros artistas, entre elas uma gravação de "The Girl From Ipanema" --registrada durante as sessões para o álbum de estreia da cantora. Também estão no disco versões alternativas para sucessos como "Tears Dry On Their Own".

Na Inglaterra, uma libra de cada cópia vendida será destinada à Fundação Amy Winehouse, criada pela família da artista para ajudar jovens com problemas.
Amy Winehouse morreu em julho deste ano. Em outubro, foi revelado que a morte da cantora foi causada por intoxicação por excesso de álcool.
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=CxYRbzGi8Rg

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Passei um dia feriado mesmo. Tava a fim de nada. Mergulhei nos livros, terminei um que estava no final, iniciei outro, fiz sudoku, naveguei um pouco. Entre um intervalo e outro, tomei um banho e deixei seja lá o que for, escorrer pelo esgoto. Nada como uma faxina. Salva.

domingo, 13 de novembro de 2011

Sobre o livro "Viagem à India", por Gonçalo M. Tavares – Bem, nunca fui à Índia. Este livro é uma viagem totalmente imaginária. Fica em suspenso a hipótese de não ser uma viagem real do protagonista, Bloom, mas de ser uma viagem imaginária, quase um sonho. O que me parece relevante nessa relação com o Oriente é que todos nós, ocidentais, temos quase instintivamente a ideia que o Oriente é assim uma espécie de lado metafísico e espiritual, enquanto o Ocidente será mais o lado materialista. E é um pouco esta ilusão de que no Oriente o espírito está em todo o lado que está na base da viagem do protagonista.
- Bloom, o anti-herói do livro, acaba por descobrir um mundo relativamente igual em todo o lado.
G.M.T. – Sim, vai encontrando o mesmo. E o que me parece que está a acontecer na relação entre o Ocidente e o Oriente é um pouco isso. Alguns ocidentais vão para o Oriente à espera de encontrar o espírito e, por outro lado, alguns orientais vêm para o Ocidente para encontrar a matéria. É um pouco esse conflito que está na base do livro.


 - Há aqui um certo desencanto por aquilo em que se transformou a viagem enquanto experiência, neste mundo dos aeroportos e da globalização?
G.M.T. – Sim… Nunca tinha pensado directamente sobre a questão da viagem, do aeroporto, mas há um pouco isso. Esta viagem apesar de tudo recupera a ideia da viagem enquanto percurso. Não viagem enquanto destino, porque Bloom sai de Lisboa no canto I e só chega no canto VII à Índia. Faz uma viagem estranha, por Paris, Londres… E o que é importante é mesmo o percurso. Só nesse aspecto é uma viagem antiga, porque as contemporâneas são aquelas em que se procura atingir o destino o mais rapidamente possível. Aqui Bloom atrasa-se, não vai pelo caminho mais recto. Interessa-lhe aprender – é uma viagem de aprendizagem.

sábado, 12 de novembro de 2011

11/11/2011

“Publicar livro é secundário", diz Gonçalo M. Tavares na

 Fliporto 2011

Escrever é a tarefa essencial para escritor que integra painel no domingo.
Ele já recebeu os mais importantes prêmios em língua portuguesa.

Luna MarkmanDo G1 PE
Gonçalo M. Tavares na Fliporto 2011 (Foto: Luna Markman/G1)Escritor Gonçalo M. Tavares na Fliporto 2011
(Foto: Luna Markman/G1)
Para Gonçalo M. Tavares o escritor tem que se preocupar apenas em ler e escrever e ponto final. “Publicar é algo secundário. O escritor tem que ler muito e escrever muito para só depois pensar em editar a obra. Críticas e prêmios não têm muita importância”, comentou o poeta português, convidado da 7° Edição da Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto). O evento começou nesta sexta-feira (11) e segue até a próxima terça (15), em Olinda.
A conversa com o escritor e professor universitário foi na pousada onde ele está hospedado no Sítio Histórico, apenas três horas depois de uma maratona de aviões e aeroportos entre Lisboa e Recife. A cara de sono e a roupa amassada eram os sinais. Mas o papo flui. Assim como as dezenas de livros já criados por ele, um atrás do outro. Até agora, 14 foram lançados. Hoje com 42 anos, ele esperou passar dos 30 para mostrá-los ao mundo.
“Sempre tive em mente que era preciso ler muito para me sentir preparado. Comecei na juventude, com obras clássicas. Entre os 20 e 30 anos, escrevi dezena de livros. Achava, e ainda acho, que eles precisam passar pela crítica do tempo para mostrarem seu valor. Eles têm que me vencer pelo cansaço para eu sentir que não há nada mais a ser retocado”, explicou. E foi justamente pelo legado do francês Albert Camus, um dos mais representativos do século 20, que ele começou a incursão pelo mundo da literatura. Hoje, é Gonçalo uma das referências de sua geração em Portugal.
O poeta sente mesmo prazer na escrita. “Quando faço 20 páginas no dia, me sinto realizado”, brinca. Por isso, a publicação acaba sendo apenas uma consequência, não o fim. É essa a mensagem que ele vai passar ao público que estiver presente no painel “Como e por que sou escrito”, quando dividirá a mesa com Fernando Baéz, às 10h, do domingo (13), durante o congresso literário. “É preciso sentir a necessidade orgânica de escrever para virar escritor. É algo que surge naturalmente”, falou.
O bairro
Gonçalo é o autor da série de livros “O bairro”, pela qual já saíram dez títulos. O primeiro foi “O Senhor Valéry”, em 2002. Segundo, este é um projeto de vida. “Criei um bairro imaginário utópico, onde moram personagens que homenageiam escritores e artistas que admiro. Não está definido nem no tempo, nem no espaço, mas seria um lugar que eu gostaria de visitar”, brinca. Pelo menos 40 romances já estão definidos, entre eles, os inspirados na escritora Virgínia Woolf e na coreógrafa Pina Bausch. A escritora Clarisse Linspector também deverá ser lembrada.
Apesar da “curta” carreira editoral, ele já recebeu os mais importantes prêmios em língua portuguesa. Seus livros deram origem a peças de teatro, objetos artísticos, vídeos de arte, ópera, entre outras produções. A obra já foi traduzida em mais de 32 países. O último livro lançado foi “Uma Viagem à Índia” (2010).