sexta-feira, 24 de setembro de 2010



A primavera chegou, mas aqui em Recife é verão mesmo, com o sol tinindo, queimando até os miolos. Não gosto muito dessa quenthura toda, mas é um clima que mexe com os sentidos. Lembra aquela música "quando chega o verão/ é um desasossego dentro do meu coração/quem ama sofre/quem não ama sofre mais/sofre a menina/sofre o rapaz/sofre a menina/sofre o rapaz..."

sábado, 18 de setembro de 2010

Estou concorrendo a ingressos para o show dessa grande diva que é Maria Bethânia...

Em 2009, Bethânia colocou no mercado dois discos: “Encanteria” e “Tua”. O repertório do show é fruto desses últimos álbuns, que foram gravados entre março e junho do ano passado. O primeiro trabalho da cantora traz um repertório de canções de amor; já o segundo de celebração e festa. Nas gravações, Bethânia ganhou a companhia de três vozes ilustres. Gilberto Gil e Caetano Veloso dividiram com ela os vocais em Saudade Dela (Roberto Mendes e Nizaldo Costa) em homenagem a Dona Edith do Prato, que faleceu no início do ano. Já Lenine gravou Saudade, primeira parceria de Chico César e Moska, feita especialmente para ela.

Amor, festa e devoção são o mote destes dois trabalhos. “São palavras que me dão norte e que têm como subtexto a fé, a esperança e a caridade, características fortes em minha mãe”, explica Bethânia – que dedica o show à Dona Canô. “Isso explica a energia e o seu espírito para com a vida, os seus 102 anos. Tudo isso são aprendizados para mim. Só agora consigo traduzir em música, intenção e gesto tudo que ela representa para mim”, comenta Bethânia.

Com direção e cenário de Bia Lessa e roteiro da própria Bethânia, em parceria com Fauzi Arap, no show predomina o repertório destes CDs ao lado de canções já conhecidas de Chico Buarque, Milton Nascimento e Vinicius de Moraes, entre outros, – algumas inéditas na sua voz. Lauro Escorel, premiado diretor de fotografia de cinema, assina a iluminação do show.

Matéria do site www.novabrasilfm.com.br

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Estive pensando em ausências, nas minhas e dos outros para comigo. Até que ponto estou presente na vida das pessoas com as quais convivo, sem que a ausência se instale? Encontrei um poema do Drummond tão convincente, que estou trazendo para ilustrar, vejam:

Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.

Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Dia da independência, protestos no Grito dos Excluídos, sarau no Mercado da Boa Vista. Saí meio forçada para me encontrar com Claudênia e Elizabeth que já havia ligado milhares de vezes. Dei uma passada meteórica, alguns minutos, apenas para dar o ar da graça. Encontrei Paulo André, um amigo que não via há muito tempo, vi outras caras conhecidas, mas não estava com clima, era demais fingir contentamento. Achei melhor sair com meu amigo, procurar algo para fazer lá fora, ir ao cinema, até tentei... achei melhor esperar o ônibus e voltar para casa, era muito cedo ainda para qualquer outra coisa. Encontrei um texto de Paulo Coelho bem apropriado, vejam:

A Lição da Borboleta

"Um homem estava observando, horas a fio, uma borboleta
esforçando-se para sair do casulo. Ela conseguiu fazer um pequeno buraco, mas seu corpo era grande demais para passar por ali. Depois de muito tempo, ela pareceu ter perdido as forças, e ficou imóvel.O homem, então, decidiu ajudar a borboleta; com uma tesoura, abriu o restante do casulo, e libertando-a imediatamente. Mas seu corpo estava murcho e era pequeno e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observá-la, esperando que, a qualquer momento, suas asas dela se abrissem e ela levantasse vôo. Mas nada disso aconteceu; na verdade, a borboleta passou o resto da sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas, incapaz de voar. O que o homem - em sua gentileza e vontade de ajudar - não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço necessário à borboleta para passar através da pequena abertura, foi o modo escolhido pela natureza para exercitá-la e fortalecer suas asas.Algumas vezes, um esforço extra é justamente o que nos prepara para o próximo obstáculo a ser enfrentado. Quem se recusa a fazer este esforço, ou quem tem uma ajuda errada, termina sem condições de vencer a batalha seguinte, e jamais consegue voar até o seu destino".

Paulo Coelho

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

90 CLASSICOS PARA APRESSADINHOS


Com texto de Thomas Wengelewski e traço de Henrik Lange, o livro 90 Livros Clássicos Para Apressadinhos é uma boa saída para quem deseja ficar por dentro das maiores obras literárias já publicadas, mas não tem muito tempo ou paciência para leitura.

Veja o resultado de alguns clássicos em quadrinhos.

O título resume publicações como Romeu e Julieta, de William Shakespeare, Drácula, de Bram Stoker, e até a Bíblia em apenas quatro quadrinhos. O resultado, claro, não chega perto das obras originais, mas é divertido e autêntico.

O sueco Henrik Lange começou a publicar seus quadrinhos na década de 1990, mas se tornou mundialmente conhecido quando começou a série 90 Clássicos, que disseca as principais obras-primas da literatura em apenas quatro quadrinhos sintéticos. O livro, lançado em 25 de junho no Brasil, é a sua primeira obra traduzida no país. Lange também produziu, no mesmo estilo, 90 Filmes Clássicos para Apressadinhos, que deve chegar às lojas breve.

90 Livros Clássicos Para Apressadinhos
Henrik Lange e Thomas Wengelewski
Grupo Editorial Record/Galera
Preço: R$ 26,90 (192 páginas)

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Encontrei um poema do Affonso Romano de Sant'Anna com um tom nostálgico, que nos remete à reflexão, a valorizar muito as singelezas de tudo que nos cerca, antes de perdê-las...

Despedida
Affonso Romano de Sant'Anna


Começo a olhar as coisas
como quem, se despedindo, se
surpreende
com a singularidade
que cada coisa tem
de ser e estar.
Um beija-flor no entardecer
desta montanha
a meio metro de mim, tão
íntimo,
essas flores às quatro horas da
tarde, tão cúmplices,
a umidade da grama na sola
dos pés, as estrelas
daqui a pouco, que intimidade
tenho com as estrelas
quanto mais habito a noite!
Nada mais é gratuito, tudo é
ritual
Começo a amar as coisas
com o desprendimento que só
têm os que amando tudo o que
perderam
já não mentem.
Entrei em gozo de licença prêmio da rede estadual durante um mes. Já estou pensando em todos os lugares que gostaria de conhecer, de ir, como o polo cultural da Rua do Lima, os quais irei relacionar agora:
1- NAVE, espaço para jovens e é bom ir arrumadinha. Fica no número 210.
2- Banquete, oferece almoço de segunda a sábado e funciona no Nº 195
3- Para não cair totalmente na boemia, é bom passar pela Igreja Nossa Senhora da Piedade.
4- Tem ainda o famoso Quintal do Lima, Nº 100
5- Acre, é loja, restaurante e palco para shows, abrindo diariamente das 10h às 22h
6- Espaço MUDA,Nº 280 (ao lado da TV Jornal), funciona de terça a domingo das 18h à 1h,
sexta e sábado, das 18h às 2h e no domingo, de acordo com a programação